segunda-feira, 31 de março de 2008

Golos

Para quem gosta de futebol,
E mesmo para quem não gosta,
Vale a pena acrescentar este
site aos Favoritos

5 000

Faz hoje precisamente 2 meses que atingimos 1 000 visitas.
Dois meses passaram, e já ultrapassámos 5 000.
Aceitam-se palpites - Quando chegaremos às 10 000?

A mim não me enganas tu - II

Continuando o raciocínio da Ruah:
Taxa de Inflação anual - cerca de 4%
Antecipação do anúncio da nova taxa do IVA relativamente à sua entrada em vigor - 3 meses
Taxa de Inflação para o período referido anteriormente - cerca de 1%
Resultado prático para o Zé, da descida do IVA:
Preço de um bem em 31 de Março - 121€ (100€ + 21% IVA)
Preço de um bem em 1 de Julho - 121.2€ (100€ +1% inflação + 20% IVA)
Resultado prático da medida - ZERO

So cool!


A Monocle, bíblia do hip de Tyler Brûlé, atribui um notável 23º lugar no seu índice de qualidade de vida ao nosso leite Vigor. Obviamente, sinto um certo orgulho de saber que a élite do mundo, se ainda não bebe, gostaria de beber leite Vigor. Esta menção transformou o velhinho Vigor no Dom Perignon dos leites. Agora, passo a transcrever a legenda que acompanha a bela e apelativa garrafa: "Old-school Portuguese milk brand, Vigor, makes us wish we were back in class. Instead of milk, people ask for Vigor in cafés, and the quart-measure bottles come with different coloured tops depending on variety."

A Monocle viu mais do que nós vemos e sabe mais do que sabemos, não me lembro de nos últimos anos ouvir pedir Vigor num café, não sabia do código de cor das tampas (julgava que era só para os iogurtes da marca), mas não interessa, é preciso alguma fantasia para consolidar os mitos, se Brûlé decidiu tornar o Vigor numa lenda, ainda bem!

É um Vigor fresco, de tampa verde, se faz favor! Trés chic!

A MIM NÃO ME ENGANAS TU


Facto nº 1: a pensar em tempo de eleições, Sócrates desceu o IVA em 1%.

Facto nº 2: desde o início do seu mandato, o imposto sobre combustíveis subiu 20%.


Conclusão...

Outro que se passou

Será que alguém me pode explicar qual é a língua que se fala na Madeira?

Cuidado!


Alerta vermellho no Distrito de Aveiro! Eles andem aí....

Free Zimbabwe


Robert Mugabe, ditador saguinário, policia de todos os passos do cidadão, pode ter sido hoje "despedido" pelo povo que acorreu às urnas. O déspota que garantia o respeito pelos resultados eleitorais, independentemente de quem fosse o vencedor, já fala em golpe de estado! De quem, se o processo foi controlado pelo próprio e pelos seus? Os observadores internacionais, com Rice à cabeça, falam de fraudes diversas sempre prepertadas pelos apaniguados do ditador; se ainda assim perde, que desculpa dará ao mundo agora? Que terão a dizer os cumplices que sempre o desculpabilizaram?

Aguardamos as cenas dos próximos capítulos...

domingo, 30 de março de 2008

A Caixa de Pandora



"Quando Zeus descobriu que Prometeu tinha conseguido roubar, para dar aos mortais, uma centelha do fogo que ele, Zeus, lhes proibira, o velho quase explodiu de raiva. Os deuses raramente o tinham visto tão furioso. A fúria durou vários dias e ninguém ousava aproximar-se dele. A ferver de raiva, decidiu enviar aos homens uma grande calamidade disfarçada de prenda excepcional. Assim, ordenou a Hefesto, o deus ferreiro, que modelasse uma bela mulher em argila. A deusa Atena ensinou-a a coser e a tecer e vestiu-a com roupas maravilhosas. A deusa Afrodite dotou-a de encantos que deslumbravam os homens e os faziam arder de desejo. Quanto a Hermes, deus dos comerciantes e dos ladrões, ensinou-a a mentir sem pestanejar, e a usar de ardis e manhas. O nome desta criatura sedutora era Pandora, que significa «aquela que possui todos os dons». Sedento de vingança, Zeus decidiu dá-la em casamento ao irmão louco de Prometeu. Foi em vão que este avisou o irmão que tivesse cuidado com as prendas dos deuses. Ao ver aquela rainha da beleza, o irmão, cheio de alegria, atirou-se àquela que lhe fora oferecida em casamento, e que, para além disso ainda trazia uma caixa cheia de prendas de todos os deuses do Olimpo. Um dia, Pandora levantou a tampa da caixa e saltaram lá de dentro as doenças, a solidão, a injustiça, a crueldade e a morte. E foi assim que os sofrimentos se espalharam pela terra."

É assombroso constatar os vários paralelismos existentes entre este mito grego de Pandora e a história de Adão e Eva e da maçã da arvore do conhecimento.
Ambos respondem inequivocamente á questão universal do sofrimento e da morte.
Em ambos, a humanidade foi castigada por querer e almejar o conhecimento: Prometeu roubou o fogo aos deuses, e o fogo é, simbolicamente, um poder de conhecimento, de evolução e de progresso. Adão e Eva sucumbiram á tentação de querer ser e saber tanto como Deus.
Ambas as histórias registam a consequente fúria e o castigo divinos: o sofrimento, a dor e a morte.
E, em ambos os mitos, o sofrimento e morte entram no mundo pela perfídia da mulher, num caso ensinada pelos deuses para praticar o mal, e noutro caso, incitada pelo Maligno disfarçado de serpente.
No mito de Pandora, os deuses dotam a mulher de beleza, encanto, inteligência e esperteza, e artes manuais, ou seja, dotaram-na de superlativas qualidades. Só que, esses dotes nunca são como tal classificados, mas sim como atributos do Mal. Em ambas as histórias o homem não alcança tais virtudes, antes lhes sucumbe.
É sabido como a tradição judaico-cristã sempre responsabilizou Eva – e nela toda a mulher - pelo pecado original, erigindo Adão em vítima de engano e das tentações da Mulher.
Ao longo dos séculos, a mulher foi penalizada pelo estigma da culpa no pecado original, e as suas qualidades embaciadas pela privação de conhecimento, pelo maior desgaste fisico e envelhecimento mais rápido.
Durante séculos, a sociedade hierarquizou o homem e a mulher e estabeleceu diferenças de género baseadas no mito de Pandora e da maçã do paraíso.
Hoje em dia, fruto de recente evolução de mentalidades, a mulher já não se vê privada de ir á escola e á universidade, e adquiriu em paridade os mesmos direitos cívicos. Graças aos avanços da Medicina, em particular na assistência médica e medicamentosa, a mulher ganhou qualidade de vida. Pense-se como, nos seus aspectos básicos e essenciais, é substancialmente diferente a vida de uma mulher de hoje, e de uma mulher (mesmo rica e educada) dos séculos XVIII ou XIX, sobretudo no acesso á educação, na possibilidade de trabalhar e de viver independente do pai ou do marido, no controlo dos nascimentos, no parto sem dor, etc…
Nos nossos dias, também a Igreja realça que o Homem e a Mulher foram criados á imagem e semelhança de Deus, iguais essa semelhança e iguais em dignidade e direitos, e desvaloriza a história da maçã e da responsabilidade de Eva.

O que resta hoje do mito da caixa de Pandora e da maçã de Eva ?
Demasiado: as doenças, a solidão, a injustiça, a crueldade, os sofrimentos e a morte espalhadas pelo mundo em resultado da ambição e da soberba da humanidade.

Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto.
E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
Cecília Meireles

GRITO

Arre, que tanto é muito pouco!

Arre, que tanto é muito pouco!
Arre, que tanta besta é muito pouca gente!
Arre, que o Portugal que se vê é só isto!
Deixem ver o Portugal que não deixam ver!
Deixem que se veja, que esse é que é Portugal!
Pronto.

Agora começa o Manifesto:Arre! Arre!
Oiçam bem:
ARRRRRE!

Alvaro de Campos, Obra Poética

Hoje no Douro


De forma concisa, em fim de noite tranquilo, algumas dicas que não posso egoísticamente guardar. Disse-me a P. a meio da tarde: "ai eu estive quase morta no deserto, e o Douro aqui tão perto!"

Dica 1: Desligar o ar condicionado e abrir a janela do carro; o cheiro é inebriante. Diferente do perfume do Alentejo, a variedade de plantas, árvores e terra contaminam o ar com cheiros sempre diferentes e sempre bons.

Dica 2: Andar devagar. A intensidade e variedade da paisagem exigem tempo e atenção. Vale a pena.

Dica 3: Ver préviamente quais as quintas abertas e visitáveis. São em demasia as que prometem e não cumprem. Nota muito positiva para a Quinta do Panascal (não se deixem influenciar pelo nome!:-)), de lá trouxemos uma bela garrafa de Bin 27... Ah pois é!

Dica 4: Vintage House. Só vendo. Mesmo!

Dica 5: Vintage House. A sério!

Dica 6: Cêpa Torta em Alijó. Um oásis. Cosmopolita qb, excelente comida e optimo serviço. Carpaccio de polvo, divino. Trouxas de peixe em massa fina com batata salteada, deliciosas. Perdiz com mousse de castanhas, de caír para o lado. Mil folhas de maçã com amêndoa torrada, de chorar por mais. A acompanhar, Fragulho branco de 2005 muito interessante, Cancella Velha Reserva Tinto poderoso e Favaios vizinho a fechar. A regressar em breve!

Dica 7: A Pousada Barão de Forrester, onde estamos agora, é bastante agradável se ignorarmos a dica 4 e 5...

Amanhã vamos experimentar o D.O.C. em cima do rio, parece que é a chave de ouro que fecha esta incursão...

sábado, 29 de março de 2008

Alguém os entende? Talvez...

Com a serenidade e a tranquilidade que o foram caracterizando ao longo dos incontáveis anos que o vamos observando na cena política portuguesa, o Dr. Jaime Gama, certamente naquele seu estilo bonacheirão e de voz arrastada, elogiou ontem Alberto João Jardim pela sua "obra ímpar".
Isto aconteceu na Madeira - pois claro - na abertura do Congresso Nacional da ANAFRE e pode ser lido em detalhe aqui, no SOL.

Muito pouco tempo antes, um tal Prof. João Carlos Gouveia (para quem não conhece, como eu, é o chefe da banda do PS Madeira), tinha acusado o Dr. Jardim de ser, ele próprio o terrorista máximo e o "dono" da FLAMA (Frente de Libertação da Madeira); o resultado foi este.
Se lerem a notícia do Sol com alguma atenção, não muita, o Dr. Gama desfaz-se em elogios rasgados ao espírito democrático, à capacidade de inovação, à vontade de ir mais longe, ao querer e, sobretudo, à democracia que se vive naquele arquipélago, factores que permitiram que Jardim construísse "obra ímpar".
Algo nunca visto no PS, actual e antigo, permito-me dizer, até pelo que podemos constatar nesta notícia.

O Prof. Gouveia, coitado, esse insiste e reforça a tese do terrorismo, das bombas, da falta de democracia, no querer silenciar os adversários políticos pela força e acaba condenado.
Em que ficamos? Quem mandou quem dizer o quê? Para mim é óbvio...
E o que é certo e sabido é que o Prof. pode preparar tranquilamente o regresso à escolinha, ou mesmo pedir destacamento para uma escola do "contenete", que lá, talvez não tenha grande futuro. O PS Madeira engoliu ontem o grande sapo da vida dele, e o Eng. Sócrates caminha aos SSS e ao sabor do oportunismo eleitoral, lançando os peões quando se lhe afigura oportuno e útil.
E a culpa não será do Dr. Jardim, nem da FLAMA.
Quem os manda não olhar para o calendário de vez em quando? Distraem-se com o fogo de artifício e depois dá nisto...

É realmente extraordinário, falando seriamente, verificar e constatar a verdadeira pirueta que um homem como Jaime Gama consegue fazer, quando valores meramente eleitoralistas estão em causa; ele que sempre se bateu contra a falta de democracia, nomeadamente na Madeira...
Actualização, a 30.Março.2008: a ler atentamente a reacção do PS Madeira às "simpáticas" palavras do Dr. Gama para com o Dr. Jardim; até lhe relembraram que o célebre título de "Bokassa da Madeira" foi ele próprio que lho conferiu, nos idos de 1992...
Absolutamente sem comentários!
Obrigado R. pelo convite para fazer parte dessa "equipa".
Tentarei estar à altura do que tenho lido, o que, confesso, considero bastante difícil.
Abraço.


Não estou pensando em nada
E essa coisa central, que é coisa nenhuma,
É-me agradável como o ar da noite,
Fresco em contraste com o verão quente do dia.

Não estou pensando em nada, e que bom!
Pensar em nada
É ter alma própria e inteira.
Pensar em nada
É viver intimamenteo fluxo e refluxo da vida...

Não estou pensando em nada.
Só, como se me tivesse encostado mal
Uma dor nas costas, ou num lado das costas,
Há um amargo de boca na minha alma:
É que, no fim de contas,
Não estou pensando em nada,
Mas realmente em nada...

Álvaro de Campos

sexta-feira, 28 de março de 2008

Eleições EUA - Cartoons da Semana











Just divorced!


Confesso que, das duas vezes que estive em Vegas, pensei em recasar-me segundo o rito local. Hesitei das duas vezes quanto ao local, se num voo de helicóptero é do mais fashion possível, o rigor kitsch da capela do Elvis é transcendente; com tanta hesitação, adiamos e ficamos com mais um pretexto para regressar. Entre a panóplia de modelos que Vegas oferece, há um que faria as delícias da esquerdalha lusa: é um drive-in em que se entra de carro (claro!), pára-se num primeiro postigo onde um oficial nos casa sem precisarmos de desligar o motor, é-nos entregue uma certidão e já está! Quem quiser, pode parar num segundo quiosque um pouco adiante e divorciar-se, saindo do pequeno parque de estacionamento divorciado da mulher com quem se tinha casado uns 45 segundos antes! Fascinante para um "Vegas wedding"! É que há os casamentos e há os "Vegas weddings" e toda a gente sabe disso, transformar uma coisa na outra é que nunca passou pela cabeça de ninguém, até agora.

Sem que haja um movimento social real que o exija, Sócrates e sus muchachos, para agradar ao fracturante BE e aos Vitais e Câncios da vida, dando um arzinho de Zapatero, decide criar o "Tuga divorce". O "Tuga divorce" é a concessãozinha rasca a uma esquerda pateta que prefere chatear a Igreja com um golpe na família, do que lutar por mais pão na mesa do proletariado. Quando ouvi ontem a deputada Helena Pinto dizer que o divórcio rápido, simples e unilateral se justifica, por exemplo, porque o amor também acaba, fiquei esclarecido. Pelo menos, que se tenha de soprar o balão antes de assinar, ou haverá muita noite de copos de fim imprevisível... Até os mais desatentos já perceberam que a cruzada contra a vida, a familia e a ordem social que conhecemos, é uma cruzada tenaz, permanente e que tem encontrado sucesso nos paises da Europa governados por gente fraca, sem estrutura moral e ética definida. Vide a triste Ibéria dos nossos dias, com benefício da dúvida para o Rei de Espanha.

Tanto disparate e estupidez com coisas sérias, já cansa. Até quando teremos de aturar isto?
For as long as I please; or for as long as my mood says so.
See you around, any place, anywhere.


Eu é que sou o perzidente da cambra...

Lembram-se?
Eu também. E de alguns outros "8x3" originais e assinados, como este, por artistas, personalidades e intelectuais (como este), aquando das Autárquicas intercalares para a Câmara de Lisboa.

O Zé andava num virote, ele era entrevista, ele era comício, arruada, sardinhada, arraial, colóquio (sim, o Zé também sabe coloquiar), apadrinhado ao mais alto nível, garantindo que fazia falta como charneira e pêndulo da democracia na autarquia da capital.

E hoje? Por onde anda o Zé?
Depois da célebre tirada de que o empréstimo para saneamento financeiro vai para a frente com ou sem a autorização do Tribunal de Contas, reveladora de uma argúcia e de um profundo conhecimento da matéria em causa, o Zé sai-se com esta : prioritário mesmo é uma Wind Parade.
Seja como for, doa a quem doer, o projecto é meu, está pronto, vai para a frente, quer queiram quer não. Nós cá não precisamos da Oposição para nada; o Costa assina, melhor, despacha e pronto; está feito e montada a tenda.

Verdadeiro exemplo de democracia em acção, aliás, na senda do que deve vir a aprender e a cristalizar desde pequenino. Pena é que haja outros, esses sim, mais pequeninos, que ainda vão atrás destes exemplos.

Uma coisa é certa e garantida: por tudo o que já fez e continua a fazer por Lisboa, o Zé ficará na história (triste, mas história) da Capital.

E não haver uma rabanadazita de vento mais forte que o leve...

E eu, sou o melhor quarterback de Portugal!

Ele há cá tipos com uma lata!

quinta-feira, 27 de março de 2008

Ainda a Bela e o Presidente ......

Há um precedente interessante. Quando JFK aterrou em França em 1961, gracejou: «Sou o homem que acompanhou Jackie Kennedy a Paris.» Este era precisamente o objectivo de Sarkozy quando decidiu enfarpelar a sua fantástica Madame Bruni-Sarkozy num estilo Dior-retro anos 60– se bem que com aquela boina ela parecia um bocadino uma hospedeira do ar…..


Sois uns copistas

Gosto muito desta expressão SOIS, usada mais para os lados do Porto.
Copistas no sentido de copiadores e não de copofónicos.
Começa um cidadão a publicar uns sinónimos e zás, ei-los a fazer o mesmo.
O meu amigo Zé das Enguias está perdoado, pois partilhamos as ideias e principalmente os lucros que os direitos de autor deste blog vierem a dar...
Mas a Covinhas, francamente...
Tenho de defender os meus direitos.

Ambiente

Sinto electricidade no ar. As trovoadas costumam ser em Maio, mas este ano parece que chegaram mais cedo.
Mas se começar a faiscar, nada como usar as fantásticas sapatilhas do post anterior.
Além da sola em borracha, que dá sempre jeito para fazer as descargas eléctricas, são fabulosas, principalmente para todos os que passam a vida a queixarem-se de dores nos pés!

All Star Band Aid


Gosto do PRIBERAM!

Segredo, do Lat. Secretu
(entre várias definições, escolhi estas…)


s. m.,
o que se diz ao ouvido de alguém;
confidência;discrição;

- profissional: sigilo a que estão obrigadas certas pessoas no exercício da sua profissão ou mister, tais como advogados, médicos, confessores, etc. ;

loc. adv.,
em -: particularmente.

CONFIANÇA (also by...PRIBERAM)

Confiança, do Lat. Confidentia

s. f.,
segurança e bom conceito que se faz de alguém;

crédito;

pop.,

atrevimento;audácia;insolência;
abuso de -: atitude abusiva tomada perante uma posição ou situação;

Eis o que deveria ter acontecido na aula do Carolina Michaelis....

Malta de Esquerda


Estes pseudo-esquerdistas são o máximo.

Ideias


Sugestões para aproveitar a descida do IVA! Obrigado, sr. engenheiro! Se é que o posso tratar assim...

LX


A obrigação chama à responsabilidade, voltei para o hotel a horas decentes para trabalhar ainda qualquer coisa e começar o dia de amanhã de cabeça fresca. Lá fora a cidade sedutora, molhada por uma chuva fugaz, continua viva, pulsante, e continuará. Lembro-me do Sérgio Godinho, "A noite é cega, as sombras de Lisboa, são da cidade branca a escura face. Lisboa é mãe solteira, amou como se fosse a mais indefesa, Princesa, que as trevas algum dia coroaram."

Bem... vou voltar ao trabalho.

quarta-feira, 26 de março de 2008

"O porco tornou-se sujo apenas depois de entrar em contacto com o homem. Em estado selvagem é um animal muito limpo."
Pierre Loti, "Quelques aspects du vertige mondial"

A Bela e o Estadista (reparem como ela mudou de nome...)


Dizem que o homem é demagogo, populista, hiperactivo, inconsequente, que não tem estratégia aparente, enfim, que chegou onde chegou sem saber muito bem como e a que título.

Para mim, é simplesmente um dos grandes líderes da actualidade; que me desculpem a honestidade e a franqueza, mas gosto sinceramente do Senhor e da forma como lida com as "vozes de burro" ou com as contrariedades e revezes que se lhe atravessam no caminho.

Senão reparem no detalhe: pouco tempo depois de um resultado desfavorável nas "autárquicas" francesas, aí está ele nas bocas do mundo, impecável na pose de estado, imperturbável no estilo, inflexível a defender os interesses do seu país e o seu país integrado na Europa e a liderar. Como todos pensavam que não fosse capaz de liderar.

E assim percorre o seu caminho de grande líder, um líder como a França talvez já não visse desde De Gaulle (mais uma vez, esta é só a minha opinião...).

O Reino Unido recebe-o nesta altura com "pompa e circunstância", a ele e à sua fantástica mulher, convertida em primeira dama (mas sempre fantástica!), para um misto de verdadeiro marketing político e "ora vamos então discutir o que realmente interessa". Gordon Brown deve estar com a cabeça em água, ele e o batalhão de assessores...

Se tivesse nascido francês, teria orgulho em Nicolas Sarkozy.



Pois são....


"São coisas que acontecem", afirmou em Jerusalém o vice de Bush, Dick Cheney, comentando a notícia de que 4000 soldados americanos pagaram até agora com a vida a "grande vitória estratégica" (Bush dixit) da invasão e ocupação do Iraque.
Com a guerra do Iraque, as acções de Cheney na Halliburton subiram entretanto de 241 498 dólares em 2004 para mais de oito milhões de dólares em 2005 (mais de 3000%). São igualmente "coisas que acontecem".

Psicologia de pacotilha....

O Departamento de Investigação e Acção Penal do Ministério Público do Porto iniciou diligências no sentido de "apurar as responsabilidades" do incidente ocorrido na semana passada numa aula de francês no liceu Carolina Michaëlis, em que a professora foi agarrada, sacudida e brutalizada por uma aluna de 15 anos, a quem retirara o telemóvel, cujo uso é proibido durante as aulas.
Porém, essa mesma aluna só poderá vir ser alvo de um "inquérito tutelar educativo" no Tribunal de Familia e Menores do Porto, que é um processo que visa "educar para o Direito": isto é, através de medidas tutelares educativas - por exemplo, acompanhamento educativo por técnicos credenciados para que a menor apreenda normas de conduta.
Parece anedota… a penalização máxima a aplicar a uma rapariga de 15 anos que agride fisicamente a professora durante a aula é um "acompanhamento educativo para que apreenda normas de conduta" ??
Mas e por que não há-de ser trabalho comunitário adequado, como por exemplo, lavar a louça na cantina da escola, limpar os WC, auxiliar nos trabalhos das casas que acolhem crianças em risco ?

Hoje, o senhor secretário de Estado da Educação anunciou que as escolas com problemas graves de indisciplina podem apresentar ao Ministério da Educação uma proposta para a contratação de técnicos como psicólogos e mediadores de conflitos. Imagino que serão bons técnicos como aquela senhora psicóloga que foi á televisão afirmar que a reação de revolta da sobredita aluna do Carolina Michaëlis foi justificada "porque o telemóvel é um prolongamento do braço e do corpo" e é uma "ofensa grave" retirar-lho….

Quando é que os políticos descem á terra e se dão conta de que esta pseudo psicologia de pacotilha não serve a ninguém ?
Para quando as turmas mais pequenas, chumbos no fim do ano para os cábulas, expulsão da escola para os insubordinados reincidentes, e trabalho comunitário adequado para menores delinquentes ?

terça-feira, 25 de março de 2008

dinner with barack


Make a donation to Barack Obama's campaign in any amount between now and 11:59 pm EDT on Monday, March 31st, and you could join Barack and three other supporters for an intimate dinner for five.


Gostei da ideia ...

Dicionário Online

Broeiro = Grosseiro
Grosseiro = Tosco = De má qualidade = Mal acabado
Grosseiro = Mal educado = Incivil
Tosco = Que não é lapidado nem polido = Grosseiro = Mal Feito
Incivil = Que não tem civilidade = Descortês = Indelicado
Chega. Penso que o terei caracterizado bem

A Hale Berry, por exemplo...









Sou leitor do Público, vejo com regularidade a actualização da página on-line para as últimas novidades. O que nunca é novidade no Público on-line é a cara de Vital Moreira sobre uma qualquer citação, ora pretensiosa, ora facciosa, ora estridente, ora desavergonhada, nunca interessante. Nem a citação, nem a cara que a precede. Fico aborrecido, já passei a fase em que, benevolente, o comparava ao Avô Cantigas, depois a Andy Warhol, por fim, dado o deprimente bigode, a uma qualquer velhinha do interior profundo. Se o Público tem o compromisso militante de lá pôr as patacoadas do jacobino professor, que o faça sob um retrato, por exemplo, da Hale Berry. É que a estética é determinante nos dias de hoje e o bom gosto foi-o sempre.

Este tipo não tem andado por cá nos últimos anos

Ao ler esta notícia da TSF fiquei com a certeza que quem proferiu estas declarações tem estado ausente do país real nos últimos anos.
Se o Eng. Pinto de Sousa se tivesse mantido na Serra da Estrela a fazer projectos, talvez tivesse uma opinião bastante diferente desta.
Isto está mesmo entregue à bicharada!

Acima da média

De acordo com a notícia do Jornal de Negócios Online, há alguns indicadores em que Portugal se encontra acima ou perto da média europeia. Ainda bem, não podemos estar sempre no fim das listas.
Só é pena que estes indicadores tenham pouco a ver com o nível de desenvolvimento do país ou até, e aqui sim com alguma surpresa, com o nosso nível fiscal.
Os indicadores em causa são o preço da gasolina sem chumbo (5º lugar) e o do gasóleo (3º lugar), ambos antes de impostos.
E se estes valores se referem a preços antes de impostos, ou compramos mal o petróleo, ou os custos de transformação são demasiado elevados ou então, as margens praticadas pela Galp são excessivas.

O PÃO NOSSO DE CADA DIA


No mundo dito rico, o pão é um alimento quase banal que é olhado, frequentemente, como um inimigo da silhueta. No entanto, para muitas pessoas, pelo mundo fora, o pão é uma questão de sobrevivência.

Teologicamente falando: apesar de se referir que "nem só de pão vive o homem", pede-se "o pão nosso de cada dia nos dai hoje". Hoje, o PAM ( Programa Alimentar Mundial, da ONU) veio pedir uma ajuda extraordinário com o objectivo de comprar alimentos para satisfazer as necessidades humanitárias urgentes. Só este ano, o PAM tenciona alimentar 73 milhões de pessoas, incluindo nada menos do que três milhões por dia no Darfur. Mas, para o fazer, precisa de mais 500 milhões dólares, só para cobrir a subida dos preços dos bens alimentares.

Nos últimos tempos, o preço dos alimentos de base - trigo, milho, arroz - atingiu níveis sem precedentes, tendo chegado a aumentar 50%. As reservas alimentares mundiais encontram-se nos níveis mais baixos de sempre. Esta situação, criou um novo rosto da fome, que afecta cada vez mais comunidades que antes estavam protegidas dela. E, como é inevitável, são os mil milhões mais carenciados, aqueles que vivem com um dólar ou menos por dia, os mais duramente afectados.

Quais são as causas do aumento dos preços dos produtos alimentares?

As causas vão desde o aumento da procura em grandes economias, como a Índia e a China, a fenómenos ligados às alterações climáticas, como furacões, cheias e secas que destruíram colheitas em muitas partes do mundo. Também os elevados preços do petróleo aumentaram o custo do transporte dos produtos alimentares. Mas, ironia das ironias, num mundo cada vez mais preocupado com o aquecimento global, o uso crescente de produtos alimentares para a produção de biocombustíveis veio reduzir a quantidade de alimentos disponíveis para os seres humanos.

Os efeitos sentem-se por todo o lado: nós, sentimos-mo-los na diminuição do nosso poder de compra, mas outros sentem-nos de forma mais profunda. No Cairo, pelo menos quatro pessoas morreram em conflitos provocados pela falta de pão, que tem originado enormes filas e revoltas populares junto às padarias da capital do Egipto. A escassez de pão teve início há cerca de um ano, quando disparou o preço dos cereais no mercado mundial.

Esta situação é um desafio para governantes de todo o mundo. Se o preço dos alimentos continuar a subir, poderemos estar perante uma tragédia humanitária de porporções inimagináveis.

segunda-feira, 24 de março de 2008

DEUS EXISTE


Acredito sinceramente que fé e ciência não se opõe, antes, complementam-se. Aliás, podem ser poderosos aliados na descoberta do mundo que nos rodeia. Felizmente, cada vez mais, a ciência procura indagar os caminhos de Deus e a fé não vê a ciência como algo de demoníaco, contraditório e oposto aos dogmas e doutrina da Igreja.

Na vigília pascal, o cardeal-patriarca de Lisboa , a propósito dos 150 anos de Darwin, disse que evolucionismo e do criacionismo não são teses opostas.

Afinal parece que, racionalmente, recorrendo à ciência, é possivel provar a existência de Deus. Quem o fez foi o teólogo e Astrofísico polaco Michael Heller que sustenta a possibilidade de comprovar matemáticamente a existência de Deus. Com a sua tese, ele venceu um dos mais conceituados prémios internacionais de investigação: o prémio Templeton.

Os trabalhos mais recentes de Heller abordam a questão da origem do universo debruçando-se sobre aspectos avançados da teoria geral da relatividade, de mecânica quântica e de geografia não-comutativa."Ao questionar (a causalidade primeira) não estamos apenas a falar de uma causa como qualquer outra. Estamos a perguntar sobre a raiz de todas as possíveis causas", disse este teólogo, astrofísico e filósofo.

Heller rejeita a idéia de que religião e ciência são contraditórias. "A ciência dá-nos o Conhecimento, e a religião dá-nos o Sentido. Ambos são pré-requisitos para uma existência decente".

DGCI ameaça os noivos...


É noticia do PÚBLICO de hoje que a Direcção Geral de Impostos está a enviar cartas a contribuintes recém-casados solicitando que, ao abrigo do dever de colaboração com a administração fiscal, respondam a um extenso questionário sobre pormenores do seu casamento, incluindo: o número de convidados adultos e crianças para o copo-de-água e quanto foi o valor cobrado por cada um deles; se o vestido de noiva, por exemplo, foi oferecido e, se sim, por quem, e quanto pagou o oferente, ou se existiu, ou não, outro casamento ou outro evento no mesmo dia e lugar que o seu. O ofício conclui alertando "para o facto de a falta de envio das informações solicitadas, dentro do prazo fixado, ser considerada contra-ordenação fiscal punível com coima nos termos do artigo 117.º do Regime Geral das Infracções Tributárias" – entre os 100 e os 2.500 €uros.
Entretanto, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Carlos Lobo, já veio reconhecer publicamente que aqueles pedidos de informação a contribuintes recém-casados exigidos por algumas direcções distritais de Finanças são "excessivos" e que vão ser "corrigidos".
O governante "não nega que houve algum abuso" nos pedidos de informação relativos aos custos de festas de casamento, acrescentando que nesses pedidos "faltou acrescentar" que a informação "era de ordem facultativa", assegurando que os contribuintes que não prestarem essa informação não serão punidos com coimas pelos serviços que lidera.

Falta agora o Senhor secretário de Estado dos Assuntos Fiscais informar qual a penalização que, certamente, não deixará de aplicar aos directores de finanças que, mentirosamente, redigiram aquelas cartas "excessivas" e "abusivas" ?!! ……

Remetendo para o meu post de há tempos sobre a discriminação do casamento, pergunto ainda – Mesmo sem coimas, o que é que o Fisco tem a ver com o casamento e com a festa particular que é uma boda ?
A que título anda o Fisco a averiguar nomes dos nubentes para lhes dirigir semelhantes interrogatórios ?
Pelo mesmo princípio, o Fisco poderá também dirigir a cada um nós, pelo aniversário natalício, um pedido de informação sobre a festa de aniversário que celebramos: quem fez o bolo, quanto custou e como foi pago ? a roupa do aniversariante, onde comprou, e quem pagou ? e as prendas, quanto custou cada uma e quem foram os oferentes ?
E, por este caminho, não tarda, os herdeiros de pessoas falecidas serão alvo de interrogatórios cerrados sobre os serviços prestados pela funerária, em detalhe…

Diga-se o que disser, não está em causa o dever de colaboração com a Administração Fiscal. Está em causa apenas o direito á reserva sobre a intimidade da vida privada, e o direito de defesa contra os excessos e abusos do fisco.
A césar o que é de césar, e a nós o que é íntimo e pessoal, e, por isso mesmo, só nosso.

Beira-Mar


O gin tónico acabou, o prazo para entrega de candidaturas aos órgãos sociais também, e o resultado das candidaturas foi igual ao do copo de gin - vazio.
É muito fácil estar de fora a fazer críticas aos que, no momento próprio, assumiram uma candidatura e ganharam legitimamente as eleições. Mesmo que muitas delas sejam justas e fundamentadas. Porque a direcção do Beira-Mar cometeu muitos erros. Mas também teve os seus momentos bem positivos e que não devem ser esquecidos.
E nem tudo aquilo que aconteceu ao longo dos últimos três anos foi culpa dos actuais dirigentes. Este último caso da indemnização a pagar por causa da transferência do Levato, deve ser um dos exemplos da apregoada gestão exemplar do Eng. Mano Nunes. E, para um clube que está sem dinheiro, ter de pagar 90.000€ não previstos, também não ajuda.
Desconheço em absoluto o que se irá passar no futuro mas espero que todos os que por aí têm andado a manifestar as suas críticas em blogs, tertúlias e comentários avulsos, se assumam e provem que são capazes de fazer melhor.

A chama olimpica iniciou hoje a jornada até Pequim


A chama olímpica começou hoje a sua jornada a partir de Atenas, berço dos Jogos, até Pequim, onde chegará em Agosto para a cerimónia de abertura dos Jogos Olimpicos de 2008.
Apesar dos recentes motins e da violenta repressão chinesa sobre os tibetanos, a tocha olimpica deverá atravessar o Tibete em direcção a Pequim. É bem provável que durante este percurso se assista ao recrudescimento da controvérsia. Os activistas dos direitos humanos já anunciaram manifestações de protesto contra a China, e em defesa do Tibete, a levar a efeito ao longo de todo o percurso da chama olímpica.
Já veremos.

Eleanor Powell e Fred Astaire


dançando "Begin the Beguine" de Cole Porter no filme Melodia da Broadway, de 1940.

Como diz Frank Sinatra no áudio sobreposto, "nunca mais se verá algo assim".

Excesso de velocidade

Quando um governante incita através de uma entrevista, que o cidadão não cumpra com as leis em vigor, está tudo dito quanto à categoria - ou falta dela - que têm essas pessoas.
Na revista Tabu que faz parte do semanário Sol da semana passada, integrada numa extensa informação sobre o futuro do TGV em Portugal, estava (página 62) uma entrevista com a Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, na qual esta nossa governante dizia que o TGV irá concorrer com o automóvel no percurso Lisboa - Porto, devido ao tempo que ambas demoram (demorarão), e que, de automóvel, as a distância entre as duas cidades demora duas horas e meia a percorrer.
Como não costumo fazer este percurso, socorri-me das ferramentas disponíveis na internet para verificar a distância entre a Avenida dos Aliados no Porto e a Praça Marquês de Pombal em Lisboa e o tempo necessário para a percorrer.
Com o Google Maps, a distância a percorrer é de 318 km e o tempo necessário para efectuar o percurso é de 3 horas.
O Via Michelin, dá-nos para o mesmo percurso 315 km e 3 horas e 17 minutos para o percorrer.
Presume-se que nenhuma das simulações inclua as sempre presentes obras na A1, as fantásticas corridas entre camiões TIR em que o da esquerda circula a uma velocidade 0,1 km/h superior ao da direita e a paragem para chichi e café, que são as condições normais nestes percursos.
Agora 2 horas e 30 minutos para percorrer 315 km, mesmo sem obras, trânsito ou paragens, dá uma média de 126 km/h.
Se a velocidade máxima autorizada é de 120 km/h, está-se mesmo a ver que para se seguir a indicação da senhora Secretária do Estado, só mesmo em excesso de velocidade, ou então, utilizando um daqueles BMW's ou Mercedes pretos, com luzinhas azuis por detrás da grelha e conduzido por um motorista que faça parte dos corpos policiais.
Enfim, é gente deste calibre que nos governa.




Liberdade


Noticia de hoje em alguns orgãos de informação: 200 jovens de uma escola secundária de Peniche fazem peregrinação a pé a Fátima. Ainda há boas notícias.

Fiquei feliz ao ver a reportagem, essencialmente, pela revelação de liberdade e maturidade que cada um dos jovens entrevistados nos transmitiu. Honestamente, a menifestação de fé destes jovens, como católico que sou, não me foi indiferente, tocou-me de forma muito particular. Mas, o que pode e deve tocar todos, é a liberdade, a honestidade franca de ver jovens de diferentes aparências e estilos a dizer: "viemos pela fé que sentimos", "caminhamos para Maria", "procuramos crescer na nossa fé". Não é um grupo de betos ou de beatos, não são meninos cinzentos e deprimentes, são duzentos jovens do seu tempo, há escuteiros e há a malta do brinco, do piercing e eventualmente do tatoo, pelo meio, todas as "tribos" que não me atrevo a identificar.

Dizia o reporter estarrecido, "estes jovens prescindiram da viagem de finalistas para participar na peregrinação". Não é de facto comum que os jovens deixem uma semana em Lloret del Mar, oportunidade para todos os excessos, sexo desenfreado, drogas acessíveis, alcool de manhã á noite, por uma peregrinação a pé, acompanhados pelos professores, para no fim da caminhada, onde só o espirito se pode inebriar, encontrar a Mãe de Cristo. Que fará andar estes jovens? O que motivará a sua renúncia voluntária à massificação acéfala das viagens de finalistas? Porque procuram de forma tão empenhada o aprofundamento da sua espiritualidade numa sociedade cada vez mais individualista e laicizada?

Dos jovens, fica-nos a lição profunda de uma incomum afirmação de liberdade, da rejeição dos estereotipos e do politicamente correcto, acima de tudo, da capacidade de nos momentos críticos ter a coragem de escolher o mais importante em detrimento do mais fácil.

Dos professores, fica-nos o exemplo do que deve ser o educador, aquele que caminha ao lado do jovem que progride e se constroi. Estamos em tempo de "pausa lectiva" e estes professores prescindiram do seu tempo de descanso para acompanhar os alunos na sua caminhada de fé. Fazem-no há 15 anos e falam de amizade e amor aos alunos. Fazem-no, é bom sublinhar, num contexto de escola pública negacionista de manifestações de fé e espiritualidade. Não é nada fácil.

Geração rasca, professores desinteressados? Nem sempre, felizmente!

domingo, 23 de março de 2008

PÁSCOA 2008


"Deus ressuscitou-O ao terceiro dia, e permitiu-Lhe manifestar-Se, não a todo o Povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus" (Act. 10,40-41).
Embora não seja fácil arrancar completamente do coração humano a esperança na vida depois da morte, há em todos os tempos, homens e mulheres que vivem como se a vida acabasse na morte, o que altera profundamente o sentido da vida, a maneira como se vive.
A morte e ressurreição de Cristo, porque retira à morte do seu sentido dramático de fim de vida, e volta a dar-lhe o sentido de uma passagem para uma vida plena e definitiva. Como diz Paulo aos Coríntios: "Se Cristo não ressuscitou dos mortos, a vossa fé é vã" (1Cor. 15).

sábado, 22 de março de 2008

Pequenos prazeres


Em fim de semana de Páscoa com chuva e vento, aproveitamos uma breve aberta que a nortada proporciona, para da janela do Palma sonhar um bocadinho o verão que há-de vir.
Na mesa, os filetes dourados com o mítico arroz de tomate, precedem uns pézinhos de coentrada que com ímpia sedução traem a minha longa dieta. No copo, um alvarinho cruzado com trajadura, desaparece, acho que em vapor, dados os seus 11,5... Sobremesa nem pensar! Cafézinho, e um gelado para a Francisca. Não será o Moledo finíssimo do velho Dr. Homem, mas nada mal, para um improviso em dia de chuva.

Rumo à Dignidade


Quando aconteceu o 25 de Abril eu estava entre os 6 e os 7 anos. Foi uma altura de emoção e fascínio e até os exageros e perseguições do prec eram vividos com o espirito de aventura próprio da idade. Lá em casa, era o evoluir das discussões políticas que passaram do sonho da social democracia nórdica para uma urgente democracia, qualquer uma que evitasse uma passagem directa da ditadura bafienta para o comunismo assassino e opressor. Havia livros que circulavam entre todos, menos os mais novos, sem idade nem compreensão para a dimensão do "caso". Lembro-me perfeitamente das capas, títulos e autores: o célebre e espesso Gulag de Soljenitsin, a Entrevista com a História de Oriana Fallaci, os 4Ismos de Ebenstein, o incontornável Portugal e o Futuro de António Spinola e o Rumo à Dignidade de Galvão de Melo. Este último era um livro de pequena dimensão, capa verde escura e grafismo sóbrio a dourado escuro. Vi-o hoje quando soube, atrasado, da morte de Galvão de Melo. Despertou-se-me a memória viva da RTP a preto e branco e de Galvão de Melo na Assembleia, combativo, polémico destemido; bons tempos.
Galvão de Melo era, à altura, um porto de esperança, fiel aos seus principios, nunca se deixou vender aos sedutores ventos vermelhos de Moscovo que tanta gente corromperam. Lembro-me de ouvir discordâncias quanto a algumas das suas ideias, mas mais marcante foi o respeito que a sua rectidão de caracter sempre inspirou. O seu pequeno livro, que li mais tarde, como todos os outros que citei, é testemunho disso mesmo e espelho de uma forma de vida conscientemente escolhida. A sua vida pública é reflexo desse espirito idependente e provocador; não há muitos homens assim.

Portugal, os portugueses e a democracía devem-lhe uma justa homenagem.

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo...



Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer,
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
Alberto Caeiro
in
O Guadardor de Rebanhos

sexta-feira, 21 de março de 2008

IRAQUE 5 ANOS DEPOIS



Ontem, 20 de Março, completaram-se 5 anos sobre a invasão do Iraque, liderada pelas forças norte-americanas.
A administração Bush disse que a guerra custaria 50 mil milhões de dólares. Na realidade, é esse o montante que os EUA gastam actualmente no Iraque a cada três meses. Para se ter a noção das proporções, diga-se que um sexto deste valor permitiria aos EUA pôr de pé um sistema de Segurança Social robusto para os próximos 50 anos, sem reduzir benefícios nem aumentar as contribuições.
Até agora, a guerra só teve dois vencedores: as petrolíferas e os fornecedores militares. O preço das acções da Halliburton, empresa de serviços petrolíferos presidida por Dick Cheney antes deste assumir o cargo de vice-presidente, dispararam. A especulação também tem contribuído para aumentar os custos de guerra. E o recurso a fornecedores privados – norte americanos, claro - ajuda a encarecer a factura.
Quando há tanta gente a sofrer no Iraque, falar sobre custos económicos pode parecer algo desumano. Tal como focalizar a questão nos EUA pode parecer injusto na medida em que o país partiu para a guerra violando a lei internacional. Mas os custos económicos são enormes e vão muito além dos gastos orçamentais.
São já milhares os mutilados de guerra. Estima-se que os EUA tenham de atribuir pensões de invalidez a 40% dos 1,65 milhões de soldados que já serviram no Iraque. Além disso, foram diagnosticadas perturbações de 'stress' pós-traumático em 52 mil veteranos que entretanto regressaram ao país.
Mas é a sociedade iraquiana que continua a pagar a maior factura. Metade dos médicos iraquianos foram mortos ou abandonaram o país, a taxa de desemprego ronda os 25% e, cinco anos depois de a guerra começar, Bagdade continua a ter electricidade menos de oito horas por dia. Dos 28 milhões que constituem a população iraquiana, 4 milhões são deslocados e 2 milhões fugiram do país.
A violência do conflito banalizou a morte aos olhos dos ocidentais: quando se noticia que a explosão de uma bomba matou 25 pessoas, são poucos os que ainda prestam atenção. No entanto, estudos estatísticos sobre a taxa de mortalidade antes e depois da invasão são esclarecedores: de 450 mil mortes nos primeiros 40 meses de guerra (incluindo 150 mil mortes violentas) atingiu-se recentemente as 600 mil.
Os EUA - e o mundo - vão pagar a factura nas próximas décadas. O ónus vai recair sobre as gerações futuras.