Noticia de hoje em alguns orgãos de informação: 200 jovens de uma escola secundária de Peniche fazem peregrinação a pé a Fátima. Ainda há boas notícias.
Fiquei feliz ao ver a reportagem, essencialmente, pela revelação de liberdade e maturidade que cada um dos jovens entrevistados nos transmitiu. Honestamente, a menifestação de fé destes jovens, como católico que sou, não me foi indiferente, tocou-me de forma muito particular. Mas, o que pode e deve tocar todos, é a liberdade, a honestidade franca de ver jovens de diferentes aparências e estilos a dizer: "viemos pela fé que sentimos", "caminhamos para Maria", "procuramos crescer na nossa fé". Não é um grupo de betos ou de beatos, não são meninos cinzentos e deprimentes, são duzentos jovens do seu tempo, há escuteiros e há a malta do brinco, do piercing e eventualmente do tatoo, pelo meio, todas as "tribos" que não me atrevo a identificar.
Dizia o reporter estarrecido, "estes jovens prescindiram da viagem de finalistas para participar na peregrinação". Não é de facto comum que os jovens deixem uma semana em Lloret del Mar, oportunidade para todos os excessos, sexo desenfreado, drogas acessíveis, alcool de manhã á noite, por uma peregrinação a pé, acompanhados pelos professores, para no fim da caminhada, onde só o espirito se pode inebriar, encontrar a Mãe de Cristo. Que fará andar estes jovens? O que motivará a sua renúncia voluntária à massificação acéfala das viagens de finalistas? Porque procuram de forma tão empenhada o aprofundamento da sua espiritualidade numa sociedade cada vez mais individualista e laicizada?
Dos jovens, fica-nos a lição profunda de uma incomum afirmação de liberdade, da rejeição dos estereotipos e do politicamente correcto, acima de tudo, da capacidade de nos momentos críticos ter a coragem de escolher o mais importante em detrimento do mais fácil.
Dos professores, fica-nos o exemplo do que deve ser o educador, aquele que caminha ao lado do jovem que progride e se constroi. Estamos em tempo de "pausa lectiva" e estes professores prescindiram do seu tempo de descanso para acompanhar os alunos na sua caminhada de fé. Fazem-no há 15 anos e falam de amizade e amor aos alunos. Fazem-no, é bom sublinhar, num contexto de escola pública negacionista de manifestações de fé e espiritualidade. Não é nada fácil.
Geração rasca, professores desinteressados? Nem sempre, felizmente!
1 comentário:
XXIII Peregrinação a Fátima a Pé!
A MELHOR!
A melhor experiência da minha vida!
A melhor Família a meu lado! A dos Alunos de Moral da ESP!
XXV em 2010?!
VAMOS, pois claro!
Maria espera por nós!
SEMPRE Escola Secundária de Peniche!
Gostei do post. =)
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