quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Cortes na Despesa

A propósito da despesa pública e da imperiosa necessidade de a reduzir, parece-me que cada um de nós conhecerá casos de desperdícios e de verbas inutilmente gastas pelo Estado.
Se o Estado aceitasse receber e analisar sugestões de cortes e posteriormente pô-las em prática, provavelmente a descida da despesa ultrapassaria em muito aquilo que é necessário ao reequilíbrio das contas.
Deixo aqui duas sugestões - acabar de imediato com toda a publicidade paga de todo e qualquer organismo público (como a que neste momento está a ser feita em outdoors a propósito das novas oportunidades) e acabar de imediato com o transporte de funcionários públicos para instalações do Estado em veículo do Estado, quando isso ocorra devido a deslocalização dentro de um concelho.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Relvados

Eu sei que a época futebolística está a começar e que os relvados, dos futebóis, devem estar todos em excelente estado.
Mas não é desses que aqui venho falar.
Nos últimos dias tem havido umas notícias sobre o estado do relvado do Rossio.
Que foi a FARAV que estragou o relvado, diz o presidente Barbosa.
Os Amigos d'Avenida nada dizem e limitam-se a publicar fotografias.
Que o relvado está feio, é um facto. Mas que já estava assim antes da FARAV também é verdade. Como o presidente Barbosa não foi à inauguração, não o poder comprovar.
Agora, o que eu não sabia, é que a FARAV tinha tido uma extensão nos relvados envolventes da Universidade.


Pelo menos é o que parece ao ver esta fotografia.
Qual terá sido a grande carga que aqueles relvados tiveram de suportar nos últimos dias para se apresentarem neste estado?
Pode ser que algum especialista aqui traga explicações para o sucedido.
Até lá, pode ser que chova e caiam umas cacimbadas para ajudar à recuperação dos espaços verdes.

domingo, 18 de julho de 2010

Portugal no seu melhor - 4


O verdadeiro taxista.
O nome da sociedade é fantástico -ALEGRIA VELOZ TÁXIS LDA.
Este é o verdadeiro espírito da classe!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo


Diz-nos a sabedoria popular que se apanha mais depressa um mentiroso do que um coxo.
Foi com esse sentimento que eu fiquei ao ouvir ontem a conferência de imprensa do Ministro Lacão e do Secretário de Estado Campos logo após o chumbo dos chips de matrícula.
Dizia, entre outras coisas, o Secretário de Estado, que tinha sido feito um grande investimento para ser possível cobrar as portagens através dos chips e que isso tinha de ser levado em conta.
Ora, segundo esta notícia do JN de Julho do ano passado, o MOPTC dizia que a montagem dos pórticos era da responsabilidade dos concessionários.
Aqui chegado, deixei de perceber.
A responsabilidade da instalação dos pórticos, segundo o Governo, foi dos concessionários mas, menos de um ano passado, o mesmo Governo vem dizer que foi feito um grande investimento nos pórticos...
Mas, desde quando, compete ao Governo preocupar-se com os investimentos que as empresas privadas fazem?
O Governo vai passar a preocupar-se com todos os investimentos de todas as empresas privadas, ou apenas com os investimentos de algumas delas?
E se são apenas algumas, qual o critério para serem essas as eleitas?
Ainda na mesma conferência de imprensa, tentou o Secretário de Estado fazer um número bacoco de magia ao mostrar um identificador da Via Verde e um do DEM (pomposo nome dado ao chip) dizendo que eram exactamente iguais, razão pela qual não percebia as objecções colocadas à utilização do DEM.
Infelizmente o Blogger não tem nenhuma ferramenta associada para fazer desenhos, pois, se a tivesse, eu faria aqui um bonequinho para explicar ao Secretário de Estado Campos a diferença entre os dois.
Mas, mesmo sem bonequinho, passo a explicar.
Nas auto-estradas e nos parques de estacionamento onde se pode utilizar a Via Verde há uma opção de não o fazer, optando pelo pagamento manual. Ou seja, mesmo tendo Via Verde e circulando numa via apta para utilizar a Via Verde, temos sempre a opção de a não utilizar, evitando assim os registos nos sistemas da Via Verde e dos bancos relativamente à nossa passagem em determinada estrada.
Com o DEM isso não acontece. Não existe a opção de não o utilizar. Ou, existindo a hipótese de nos mandarem a conta para casa através de fotografia da matrícula, continua a não existir confidencialidade.
Será que isto é assim tão difícil de compreender?
Concluindo, a história das portagens nas SCUT foi mal pensada desde o início, e o Governo nunca aceitou que o sistema que pretende instalar põe em causa valores fundamentais da privacidade de cada um. Teimosia qb com habitualmente.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Manter as aparências.

Segundo a DECO, na hora de cortar despesas, as famílias portuguesas preferem reduzir na alimentação e nos medicamentos, para aguentar os gastos mais supérfluos como os telemóveis ou a televisão por cabo.....

Vivemos para TER e não para SER.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Inglês técnico

Não bastou aos governos PS transformar o ICEP em AICEP.
Deve ser muito mais chique um atendimento telefónico do tipo "AICEP, bom dia..." do que se fosse "ICEP, bom dia..."
Agora, resolveram, segundo esta notícia, transformar as SCUT (que ainda o são) em SCAUT, Sem Custos para Alguns UTilizadores.
O que mais se irá seguir?

Insider Trading? Não, que ideia....

Zeinal Bava jurou no Parlamento que só 4 pessoas sabiam do negócio da compra da TVI, até porque a empresa estava obrigada a cumprir as regras das bolsas de Nova Iorque e de Lisboa.
No entanto, segundo o DN uma análise às escutas telefónicas mostra que, pelo menos, 14 pessoas estavam "informalmente" a par do negócio. A 21 de Junho de 2009, Rui Pedro Soares conta a Armando Vara que o acordo com a Prisa está fechado. E muito antes, a 28 de Maio, a PJ interceptou uma conversa telefónica entre Paulo Penedos, consultor jurídico da PT e Américo Thomatti, presidente do Tagus Park na qual o primeiro diz textualmente: «Zeinal já arranjou maneira de, não dizendo que não ao Sócrates, fazer a operação em termos que ele nunca aparece.»

Verdade inconveniente, mas tão verdadeira...

A escritora Rita Ferro publicou no Expresso deste fim de semana uma carta aberta à família Espírito Santo, na qual adverte que «O que se ouve neste momento, tanto nas salas como na rua, é que a força deste Governo advém da retaguarda que o GES lhe assegura para acautelar negócios que vão cavando a nossa sepultura.».

Vale tudo no "trabalho de Deus" ....

Joseph E. Stiglitz, Prémio Nobel Economia em 2001 afirma que passados 3 anos desde o início da crise financeira "A maioria das pessoas responsáveis pelos erros - na Reserva Federal, no Tesouro norte-americano, no Banco de Inglaterra ou na Financial Services Authority, na Comissão Europeia ou no Banco Central Europeu, bem como nos vários bancos - não admitiram as suas falhas."
Não obstante, "Nas complexas questões económicas a confiança é depositada geralmente nos banqueiros (afinal de contas, se fazem tanto dinheiro, alguma coisa devem saber!) e para os reguladores que, muitas vezes (mas nem sempre), são provenientes do sector dos mercados. Mas os acontecimentos dos últimos anos mostraram que os banqueiros continuam a fazer dinheiro, mesmo quando afectam a economia e impõem fortes perdas às suas próprias firmas.
Os banqueiros têm fortes desafios pela frente do ponto de vista ético. Cabe agora a um tribunal decidir se o comportamento do Goldman Sachs - que apostou contra produtos que criou - foi ilegal. Mas o banco já foi julgado na praça pública, que já emitiu o seu veredicto quanto à importante questão da ética por trás desse comportamento.
O facto de o CEO do Goldman achar que estava a fazer o "trabalho de Deus" ao colocar a sua firma a vender a descoberto produtos à vista que criara, ou a lançar rumores difamatórios sobre um país do qual era conselheiro, sugere que existe todo um universo paralelo com morais e valores diferentes."

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Há dias com notícias assim

Afinal não é apenas em Portugal que a justiça é lenta. Outros países sofrem do mesmo mal.

E se Constâncio tivesse feito mesmo tudo quanto devia? Com que estado de consiência sairia do BdP?

Está-se mesmo a ver que partilhar a lida da casa fica para depois. Ainda devem estar a negociar quem vai ser a dona-de-casa.

domingo, 23 de maio de 2010

Bandeira


Se há coisa que me irrita são bandeiras esfarrapadas.
Demonstram desmazelo e desrespeito pelos símbolos que representam.
Nos hotéis é frequente ver-se esse mau exemplo.
Mas, num edifício público, como a fotografia demonstra, é inadmissível. Para mais, quando esse edifício é uma escola de ensino básico, está visto que o mau exemplo facilmente se passa aos alunos. Ainda pr cima, em dia de luto municipal, ninguém percebe se a bandeira está a meia haste ou mal hasteada.
Será que não há na Escola da Glória alguém responsável que corrija isto?

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O ESTADO É O PRIMEIRO A DISCRIMINAR:

A nossa filha deficiente frequenta uma escola de educação especial onde pagamos uma propina quase equivalente ao salário mínimo nacional. Por lei teria direito a um subsídio de Educação Especial mas, apesar de ter apresentado a documentação necessária em Set. de 2009, até ao momento não recebemos qualquer resposta (não, sim, quanto?). Depois de esperar, pacientemente, fui hoje à Segurança Social que me informou que os subsídios de educação Especial estavam muito atrasados. Depois de questionados informaram-me que eram as ÚNICAS prestações sociais em atraso e que por ex. o Rendimento Social de Inserção era atribuído quase automaticamente!... Explicação…os deficientes não votam.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Não percebi #2

Alguém do Governo disse que foi necessário adjudicar o TGV para que não se perdessem os fundos comunitários previstos para esse fim.
Mas, se esses fundos não pagam a totalidade da obra (pagam 40% ou 50% ou até mesmo 70%), quem paga o resto?
Ou será que não é para pagar?

Não percebi #1

Alguém do Governo afirmou que só avançavam as obras públicas já adjudicadas.
Alguém do Governo mandou cancelar o concurso para a 3ª travessia do Tejo e fazer um novo.
Será que o alguém nº2 não percebeu o que disse o alguém nº1?
Ou será que o que o alguém nº1 disse não é para cumprir?

O Estado, esse mau gestor

As medidas constantes do PEC, do PEC 2 e sabe-se lá mais quais são defendidas pelos que nos governam como a forma encontrada para a redução do défice. Cerca de 1% de aumento na receita e outro tanto de redução da despesa.
Sou, por princípio, contra o agravamento da carga fiscal, pois entendo que o Estado e todas as suas “filiais” (Institutos, Empresas Públicas, Entidades Regionais e Autarquias) gerem mal os seus recursos, não havendo grande preocupação com o aumento da receita que não seja proveniente de taxas e de impostos e também, em muitos casos, não havendo nenhuma preocupação com o preço a que se adquirem bens e serviços necessários para o seu funcionamento.
É pois muito mais fácil aumentar os impostos, atirando para cima de cada cidadão e empresa a responsabilidade por algo que o Estado deveria fazer.
Relativamente ao aumento dos impostos e a ser difícil que o mesmo não ocorra em 2010 devido aos compromissos assumidos pelo Governo, há contudo algumas situações que me ocorrem e que não me parecem ter qualquer justificação.
Ao nível do IRC, qual a razão pela qual só as empresas com lucros acima de 2 milhões de Euros pagam a nova taxa de 2,5%? Porque não, se todos temos de nos sacrificar, arranjar uma escala progressiva a culminar nos 2,5%? Ou será que alguém acha que uma PME com lucros de 10 000€, por exemplo, veria posta em causa a sua sobrevivência se tivesse de pagar 1% de imposto especial – 100€ – calculado sobre aquele valor?
Em termos de IVA, não seria preferível aumentar 2% na taxa normal, 1% na intermédia e manter inalterada a reduzida, aproveitando para dela retirar as coca-colas e outros produtos cuja inclusão neste escalão não faz qualquer sentido?
Quanto ao IRS, parece-me consensual que os escalões mais baixos deveriam manter a isenção (os que já a têm) e criar uma taxa inferior a 1% para os 2 escalões seguintes.
Mas o Estado devia aproveitar para conseguir receita noutros aspectos.
Dou o exemplo do que se passa em Aveiro na questão do estacionamento. A PSP deixou de fiscalizar e multar as viaturas mal estacionadas. Não sei o que se passa noutras cidades mas, se o exemplo de Aveiro for seguido a nível nacional, certamente que são muitas as receitas que o Estado deixa de encaixar.
Também na venda de produtos e serviços o Estado devia ser mais lesto a procurar angariar receita.
Dou outro exemplo de Aveiro.
No quartel da Guarda Fiscal estão parados e a apodrecer há muitos meses, aparentemente por obsolescência, uma série de jipes que pertenceram à GNR. Será que os praticantes de todo-o-terreno não teriam tido interesse em comprar aqueles jipes antes de eles ficarem podres e não valerem nada?
Quanto aos cortes na despesa, aí parece-me que cada um de nós consegue facilmente apontar casos em que o Estado gasta demasiado ou gasta mal, paga caro e desperdiça sem sentido.
Quanto se pouparia se a iluminação nos edifícios públicos fosse desligada fora das horas de serviço?
Quanto se pouparia se o Estado pagasse o preço justo pelos produtos que adquire, os quais normalmente são onerados contando já com o atraso no seu pagamento?
Quanto se pouparia se muitas das obras públicas fossem feitas com qualidade evitando posteriores custos de manutenção absurdos?
Apetece-me quase, e já que está tão em moda, criar uma petição ou um grupo no Facebook onde cada Português pudesse dar um contributo de redução da despesa pública.
Haja coragem para ir por este caminho, coragem para cortar com privilégios sem sentido, coragem para cortar com gastos desnecessários, coragem para cortar com nomeações de amigos, coragem para fazer um Portugal com futuro.
Infelizmente, coragem para tudo isto é algo que não podemos esperar de quem nos governa.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Música do dia

Remodelação governamental

Alguém sabe para quando está marcada a conferência de imprensa a anunciar a remodelação governamental?
E quais são os nomes que o PSD indica para o governo de coligação?

Lucros

"As PME's não são tributadas, pois o aumento de 2.5% no IRC apenas incide sobre as empresas com lucro tributável superior a 2 milhões de euros", disse o Eng. Pinto de Sousa esta tarde.
O que eu gostava mesmo era de ter, em Portugal, uma PME com lucros tributáveis de 1,95 milhões de euros...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Campeonato 2010/2011 sem SLB

A acreditar nas notícias, na próxima época o SLB não vai ter equipa.
Todos os jogadores são cobiçados, pretendidos, estão debaixo de olho, etc. etc.
Alguns vão mesmo ter de fazer o sacrifício e jogar em 2 ou 3 equipas na mesma época, naturalmente em simultâneo.
Assim se fazem notícias. Assim se vende papel.
Eu já desisti de comprar jornais desportivos. Via internet temos a informação muito mais actualizada e muito mais barata, mesmo que a maior parte dela não seja verdadeira, mas, pelo menos, o preço que pagamos é o adequado ao produto que nos tentam impingir.

sábado, 8 de maio de 2010

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Retrato do País que temos

Está um indivíduo a ser entrevistado. Em cima da mesa estão os gravadores que registam a conversa. À frente do entrevistado, os entrevistadores. E, por trás destes, também de frente para o entrevistado, o operador de câmara e a respectiva máquina, colocada certamente no seu tripé.
O entrevistado não gosta das perguntas que lhe fazem, levanta-se, e os gravadores, supreendemente, por força de um estranho magnetismo, são atraídos para o seu bolso das calças.
Neste argumento que não serve para um reles filme de um qualquer obscuro festival algures numa cidade desconhecida, há algo que me escapa.
O entrevistado não reparou que estava a ser filmado? Julgava que a câmara não captava som?
Parece-me que a atitude que tomou demonstra que ou ele é uma pessoa básica, tão básica, que só por engano pode ocupar o cargo que ocupa, ou então a falta de argumentos para refutar as perguntas que lhe fizeram o desorientou de tal modo, que parece demonstrar que afinal a razão sobre essas questões que lhe foram colocadas não está do lado dele.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Obra verdadeiramente útil...

Em Beja gastaram-se uns milhões de euros para transformar a base áerea em aeroporto.
A obra aparentemente está acabada, e já há algum tempo, a julgar pelas fotos datadas de Setembro último.
Mas no respectivo site, quando se procura a calendarização, temos direito a uma página em branco.
Temos aliás direito a um pedaço de prosa que reflecte bem a desorientação de quem nos governa:
"As obras de construção do Aeroporto de Beja, estão agora em fase de conclusão, não existindo para já uma data para a infra-estrutura aeroportuária começar a operar"!
Entretanto, continua-se a falar no novo aeroporto de Lisboa e nos respectivos milhões.
Pergunta, quem não percebe nada disto, se não faria sentido fazer rapidamente a ligação de Beja por autoestrada em direcção à A2 (a Norte e a Sul), e utilizar esta infraestrutura, que está pronta, para voos charter, low cost e de carga, servindo Lisboa e o Algarve, evitando-se assim mais despesa pública.
Como diz o anúncio, poder podia, mas não era a mesma coisa...