sexta-feira, 28 de março de 2008

Just divorced!


Confesso que, das duas vezes que estive em Vegas, pensei em recasar-me segundo o rito local. Hesitei das duas vezes quanto ao local, se num voo de helicóptero é do mais fashion possível, o rigor kitsch da capela do Elvis é transcendente; com tanta hesitação, adiamos e ficamos com mais um pretexto para regressar. Entre a panóplia de modelos que Vegas oferece, há um que faria as delícias da esquerdalha lusa: é um drive-in em que se entra de carro (claro!), pára-se num primeiro postigo onde um oficial nos casa sem precisarmos de desligar o motor, é-nos entregue uma certidão e já está! Quem quiser, pode parar num segundo quiosque um pouco adiante e divorciar-se, saindo do pequeno parque de estacionamento divorciado da mulher com quem se tinha casado uns 45 segundos antes! Fascinante para um "Vegas wedding"! É que há os casamentos e há os "Vegas weddings" e toda a gente sabe disso, transformar uma coisa na outra é que nunca passou pela cabeça de ninguém, até agora.

Sem que haja um movimento social real que o exija, Sócrates e sus muchachos, para agradar ao fracturante BE e aos Vitais e Câncios da vida, dando um arzinho de Zapatero, decide criar o "Tuga divorce". O "Tuga divorce" é a concessãozinha rasca a uma esquerda pateta que prefere chatear a Igreja com um golpe na família, do que lutar por mais pão na mesa do proletariado. Quando ouvi ontem a deputada Helena Pinto dizer que o divórcio rápido, simples e unilateral se justifica, por exemplo, porque o amor também acaba, fiquei esclarecido. Pelo menos, que se tenha de soprar o balão antes de assinar, ou haverá muita noite de copos de fim imprevisível... Até os mais desatentos já perceberam que a cruzada contra a vida, a familia e a ordem social que conhecemos, é uma cruzada tenaz, permanente e que tem encontrado sucesso nos paises da Europa governados por gente fraca, sem estrutura moral e ética definida. Vide a triste Ibéria dos nossos dias, com benefício da dúvida para o Rei de Espanha.

Tanto disparate e estupidez com coisas sérias, já cansa. Até quando teremos de aturar isto?

1 comentário:

Anónimo disse...

3 ideias me sugere o texto:
- a mensagem que o estado mais uma vez d� n�o � do da responsabilidade, mas sim a da superficialidade, do facilitismo
- andamos sempre na cauda com o provincianismo de ambicionarmos ser vanguardistas descurando na aten�o da experi�ncia de outros que muitos dissabores nos poderia poupar
- que enquanto a politica se fizer com o objectivo s�mente de servir os interesses partid�rios e pessoais, mal continuar� a ir o pa�s.
PG