terça-feira, 29 de abril de 2008

REN


A propósito da eleição para Administrador da REN do nosso conterrâneo Dr. Fernando Rocha Andrade, andei a dar uma vista de olhos no site desta empresa e encontrei esta composição dos órgãos sociais, ainda anterior à eleição ontem ocorrida.
Alguém me saberá explicar quem é a Helena? Que tem 15 anos e está na Administração desde 1999, eleita portanto para este cargo com 6 anos de idade.
E a Helena não tem direito a, pelo menos, 1 apelido? No meio de nomes tão sonantes e pomposos, fica mal simplesmente Helena.
E o cargo que a Helena desempenha? 5655656? Mas afinal o que é isto? Cargos secretos numa empresa cotada em Bolsa?
Tenho ideia de que a CMVM costuma atribuir um prémio à empresa cotada que presta melhores informações aos accionistas.
Com informação desta, a REN não o irá ganhar de certeza.

Causa deles?


Há um blog víperino, chamado Causa Nossa, cantinho de despudorada maledicência e desbragado panfletarismo. Curiosamente, apresenta uma lista de autores onde pontuam alguns nomes credíveis como Luís Osório; depois, desenrola-se a página e verifica-se que os únicos escribas de serviço são Ana Gomes e Vital Moreira. Onde estão os outros? É fácil perceber que não queiram os seus posts neste verdadeiro barraco da blogosfera, mas o nome continua lá senhores! Eu sei, bater em Ana Gomes e Vital Moreira é fácil, conquista simpatias e proporciona uma permanente produção, sem grande esforço mental e de sucesso assegurado. Mas, de quando em vez, podemos fazer uma concessão à facilidade e dizer de nossa justiça.

Os cinco (5!) posts de AG, fracturados e seguidos, sobre Paulo Portas, mereciam, não só pelo conteudo, mas pela concepção, uma análise psiquiátrica. Nos Estados Unidos, Portas conseguiria uma providência cautelar que obrigaria Ana Gomes a manter de si uma distância mínima de 500 metros. Os amigos de Ana Gomes (terá algum?) deviam pôr os olhos no pai de Amy Winehouse, se o tratamento implicar alguma radicalidade, que assim seja. Os comportamentos obcessivos-compulsivos podem evoluir positivamente se devidamente enquadrados e controlados, este Causa Nossa não ajuda nada. É pena. Em paralelo com este lado negro, Ana Gomes aparece a defender causas que me merecem a maior simpatia; nota-se que, numa aparente bipolaridade, Ana Gomes tanto pratica a calúnia infame e gratuita como defende a causa mais nobre. Lamentávelmente, o mal que faz é bem maior que o bem que diz defender; com a visibilidade que lhe vão dando, acaba por ser um estorvo e um factor contraproducente na defesa de causas como os oprimidos de Africa, do Tibete e outros sem voz neste mundo cão. A coisa é mesmo séria; seria tão bom separar Jekyll de Hyde...
P.s.: Por motivos que se prendem com a estética do blog, evitamos postar fotografias de Ana Gomes

L.A.


Estes é que eram os tempos! Se, ao menos, lhe tivessem dito...

Yosemite


Ansel Adams, a fotografar em cima da sua station no Yosemite National Park em 1942. Continuam a ser muitos os que ainda hoje visitam o parque na esperança de o fotografar como Adams o fez. Yosemite, nome indigena deste colosso rochoso e verde, parte, para muitos obrigatória, da expedição californiana. Sem mais palavras para não distrair da magnífica fotografia.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Obviamente

Depois do que ouvi, mais não digo.

As minhas músicas - 3





Seconds Out dos Genesis, a primeira grande obra do grupo após a saída de Peter Gabriel.
Mais do que uma música, é o duplo LP, como se dizia na altura, que merece ser integralmente ouvido.
Ficam aqui First of Fifth e The Carpet Crawlers (música obrigatória em todas as festas de garagem e sótão no final dos anos 70 e inícios de 80).

Moscavide Techno


Depois de ter declarado que o combate ao carjacking não passa por reforço de policiamento, mas pelas novas tecnologias, é fácil adivinhar qual a solução que o ministro Rui Pereira encontrará para a esquadra de Mosacavide. O polícia de serviço que aguentou com a invasão dos 15 ou 20 delinquentes, estava só na esquadra e estava muito bem, o que lhe falta não é apoio de outros agentes, é tecnologia!

domingo, 27 de abril de 2008

Acordo Ortográfico


Se estivermos a utilizar o Word da Microsoft e procurarmos utilizar um idioma diferente do nosso, encontramos o seguinte:


  • Alemão (Alemanha, Áustria, Suiça, Liechenstein, Luxemburgo)

  • Espanhol (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Espanha, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Perú, Porto Rico, República Dominica, Uruguai, Venezuela)

  • Francês (Bélgica, Camarões, Canadá, Costa do Marfim, França, Haiti, Índias Ocidentais, Luxemburgo, Mali, Marrocos, Mónaco, República Democrática do Congo, Reunião, Senegal, Suiça)

  • Inglês (África do Sul, Austrália, Belize, Canadá, Caraíbas, Estados Unidos, Hong-Kong, Índia, Indonésia, Irlanda, Jamaica, Malásia, Nova Zelândia, Reino Unido, República das Filipinas, Singapura, Trindade e Tobago, Zimbabué)

  • Português (Brasil, Portugal)

Desta listagem nota-se perfeitamente, na minha opinião, que a Língua Portuguesa é a que mais necessita de uniformização. Coitados dos falantes de Alemão, Espanhol, Francês ou Inglês. Devem ter mesmo muito dificuldade em entenderem-se.
Mas há mais um aspecto que eu não percebo. Todos sabemos e muitos de nós já tivemos essa experiência que um dos problemas de comunicação entre Portugueses e Brasileiros existe sobretudo na forma oral, principalmente na dificuldade que por vezes existe nalguns Brasileiros em entenderem os Portugueses.
Sempre gostava de saber como é que os eruditos e os pensantes da nossa língua irão resolver este problema. Ou será que isto não é um problema e o problema existe apenas na forma como escrevemos?

sexta-feira, 25 de abril de 2008



Sento-me e inspiro bem fundo porque, em viagem, o tempo pertence-me. Não tenho pressa. Não tenho pressa de nada. Nem de chegar nem de conhecer.
Não tenho pressa porque o tempo pertence-me.
Sonho que o tempo é meu, imagino o mundo que se abre para eu descobrir, as ruas que vou pisar, as cores e as montanhas que vou sentir. Imagino tudo o que quero ser, o que desejo conhecer, o que gostaria de ter e estaria disposta a dar.
Sonho com este tempo que me pertence, e isso é o melhor das viagens. Desta viagem que me poderá levar mais além do destino. Deixo-me levar e sinto o vento que me acaricia o rosto. Abandono-me e posso tocar as nuvens.o céu rodeia-me.
Viajar com o tempo como única e melhor bagagem porque o tempo não se esquece nunca. O demais, os sonhos incluídos, espera sempre.


Quando partires em direcção a Ítaca, que a tua jornada seja longa
repleta de aventuras, plena de conhecimento.

Não temas Laestrigones e Ciclopes nem o furioso Poseidon,
não irás encontrá-los durante o caminho,
se o pensamento estiver elevado,
se a emoção jamais abandonar o teu corpo e o teu espírito.
Laestrigones e Cíclopes e o furioso Poseidon
não estarão no teu caminho se não os levares na tua alma,
se a tua alma não os colocar diante dos teus passos.

Espero que a tua estrada seja longa.
Que sejam muitas as manhãs de Verão,
e que o prazer de ver os primeiros portos
te traga uma alegria nunca vista.
Procura visitar os empórios da Fenícia e recolhe o que há de melhor.
Vai às cidades do Egipto, e aprende com um povo que tem tanto a ensinar.

Não percas Ítaca de vista, pois chegar lá é o teu destino.
Mas não apresses os teus passos;
é melhor que a jornada demore muitos anos
e que o teu barco só ancore na ilha
quando já estiveres enriquecido com o que aprendeste pelo caminho.

Não esperes que Ítaca te dê mais riquezas.
Ítaca já te deu uma bela viagem,
sem Ítaca, jamais terias partido.
Ela já te deu tudo e nada mais te pode dar.

Se no fim achares que Ítaca é pobre,
não penses que ela te enganou,
porque te tornaste num sábio,
viveste uma vida intensa,
e é este o significado de Ítaca.

Konstantino Kavafis
(1863-1933)

A3

O ainda secretário-geral do PSD vai ter de encomendar umas resmas de papel A3 para imprimir os boletins de voto. E, a continuar assim com novos candidatos todos os dias, sempre é melhor ficar com umas folhas de cartolina A2 de reserva.

MITOS


Pedro Santana Lopes confirmou hoje a candidatura à liderança do seu PPD/PSD. Digo confirmou porque Luís Delgado já a tinha anunciado há dois dias na SIC Notícias. O processo foi mais reflectido do que aparenta, o teste de Delgado, um indefectível muito próximo de Lopes, visou colher reacções e marcar território, essencialmente, dar um sinal a um Jardim em delírio.
Se é verdade que PSL não consegue virar as costas a um bom desafio, esta candidatura é muito mais do que isso; goste-se ou não, PSL é de uma resiliência notável. Vamos a factos.
PSL, na altura apelidado de pára-quedista, ganhou a câmara e transformou a face da Figueira da Foz, contra tudo e contra todos.
PSL, na altura acusado de exagerada audácia, ganhou a câmara da capital, recuperando-a para o seu partido e para a direita.
PSL, na altura acusado de leviandade, deixou entre as gentes da cultura real mais saudades do que qualquer outro governante da área.
PSL chegou a Primeiro-Ministro nas piores condições, condicionado pelo trânsfuga Barroso, contra os interesses políticos pessoais de Cavaco e com a antipatia notória de Sampaio. Barroso quis condicionar o futuro provocando um governo de legitimidade reduzida. Cavaco quis o PSD fora do seu caminho para Belém, teria de "matar o enteado" se quisesse ser presidente; assim fez. Sampaio, em final de mandato, esperava apenas a queda de Ferro para deixar o governo ao seu PS; assim foi. PSL não aguentou a pressão, não brilhou no cargo.
Vale a pena, ainda assim, fazer um exercício honesto e compará-lo a José Sócrates: tivesse Santana feito um décimo ou aparecido em apenas um dos "casos" de Sócrates e seria certamente crucificado.
Pedro Santana Lopes comete muitos erros, contudo, tem também qualidades inegáveis; dá a cara nos momentos difíceis, não nega que tem contas a ajustar com o passado recente e vai á luta, eu respeito pessoas assim.
Do outro lado, o mito de Ferreira Leite. O mito convém a todos os que, aguardando por 2011, se escondem hoje atrás da sua candidatura. Se transpusermos a analogia Santana/Sócrates para Ferreira Leite/Teixeira dos Santos, estamos conversados. A mesma imprensa e opinião publicada que diabolizou Santana, tratou de mitificar Ferreira Leite. Ninguém é bom só porque Pacheco Pereira o diz, Ferreira Leite foi, de facto, uma governante sem rasgo, um bluff com rosto esfíngico; votos, legitimidade popular, nunca os teve até hoje. Estas poucas linhas chegam para falar de Ferreira Leite, todos dizem que tem uma imagem sólida de mulher séria, é bom, mas manifestamente insuficiente.
Todo este exercício de análise é desapaixonado, a garantia é a mais séria: eu não votarei PSD em circunstância alguma, é uma questão inultrapassável, como se diz agora, um problema de pele.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Cartoons da semana....






Um passo no caminho certo



A proposta do Ministro Vieira da Silva relativa á alteração das contribuições para a Segurança Social a cargo das empresas merece aplauso: reduzir os descontos feitos sobre os contratos sem termo e aumentar os dos contratos a prazo é jogar bem e justamente.
Ao descer em um ponto percentual a taxa social única para os trabalhadores com contrato sem termo, no fim do mês a maioria das empresas passará a pagar um pouco menos à Segurança Social. Em contrapartida, as contribuições relativas aos contratos a prazo serão agravadas em três pontos percentuais.
Quando uma empresa precisa de um trabalhador efectivo e opta por um contrato a prazo está a contornar a lei, escapando-se a assumir o seu risco. Ora, a diminuição do risco implica – deve implicar – uma redução do retorno ou um aumento do preço: são as regras da economia de mercado.
Aqui pode estar pois um contributo relevante para combater a precariedade laboral, levando as empresas a fazer contas.
Portanto, a discriminação anunciada faz sentido: este estímulo aos contratos sem prazo alivia de forma correcta – com benefícios e penalizações – a tendência crescente para a precariedade e consequente perda de qualidade das relações laborais. O país precisa de melhor emprego, não apenas de mais emprego. Neste sentido, o caminho proposto parece equilibrado e politicamente realista.
Em tempos, o próprio Cavaco Silva defendera uma solução semelhante: em vez de recomendar a baixa do IRC, sugeriu este caminho para aumentar a competitividade da economia.

Há pessoas que não sabem estar caladas...



Ontem, no Conselho Nacional, Jardim explicou que seria candidato a líder se Manuela Ferreira Leite desistisse. Mas, como isso não está previsto, decidiu declarar o seu apoio a Santana. Há pessoas que não sabem estar caladas....

Há pessoas que não percebem quando estão a mais....


"Estou mais uma vez disponível para o combate." - Pedro Santana Lopes anunciou ontem aos conselheiros nacionais do PSD que está, efectivamente, de regresso.
Há pessoas que não percebem quando estão a mais.....

As minhas músicas - 2

Aqui está um rapaz que teve um disco muito tocado no início dos anos 80, Frampton Comes Alive e cujas músicas continuam hoje a ser das minhas preferidas.
Como o fim de semana é grande, aqui fica em dose dupla, a versão original (cabeluda) e a versão actual (careca) e a prova de quem sabe nunca esquece.




Obras de Santa Engrácia


Já repararam há quantos meses anda a Brisa (ou algum empreiteiro a mando dela) a alargar a portagem de saída da A1 em Estarreja?
Nós bem sabemos que quando a dimensão da portagem estiver mais de acordo com o volume de tráfego, as receitas tenderão a descer ainda mais no troço Estarreja - Porto, até porque quanto a portajar as SCUT's, parece-me que já estamos muito perto das eleições para que se tome uma medida tão impopular...
Mas será que ninguém fiscaliza os concessionários das auto-estradas e os obriga a fazer as obras devidas a uma velocidade normal?

Com muito carinho!


Sobre Alberto João Jardim, "Marco António lembrou que é uma pessoa que deve ser “acarinhada” e “é importante que se sinta acarinhado”"! Será a cabeleireira de Marco António que lhe dá estas dicas tão sensíveis? Um primor de carisma, elegância e, acima de tudo, inteligência, este Marco António de Fânzeres! Depois disto, pouco mais há a dizer sobre o PSD.

Dias de liberdade


Sem grandes palavras, porque amanhã é quinta-feira e ao final da tarde deverei estar a abrir as janelas do carro para sentir o cheirinho único do Alentejo. Se o meteo.pt e o weather.com não se enganarem, vai ser um super fim de semana no Algarve! Que bem que faz uma dosezinha de hedonismo com conta peso e medida. Calções de banho na mala, expectativa de uns mergulhos e uns Partagas na charuteira. Assim se comemora a liberdade! De maravilla!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Parabéns!


Parabéns Diogo! Tu de chegada e eu de partida, quase... Aproveita bem os ultimos 30's! Para o ano acaba amigo! Depois, juntas-te aos quarentões de charme; como podes ver, optimismo não falta! Abraço.

Morte Ecológica


Isto, de ser de ser ecológico deve começar na altura do nosso nascimento e continuar após a nossa morte. É que, segundo recentes estudos, a nossa morte é pouco ecológica. Parece que já há soluções à vista, mas eu tenho uma que é revolucionária: NÃO MORRER!
Somos postos dentro de caixões, transportados e enterrados. Diz-se que o corpo repousa em paz, mas as mentes verdadeiramente ambientalistas devem rebolar na campa se prestarem atenção ao seu redor. Os tecidos de poliéster que rodeiam as pessoas dificultam a decomposição do corpo; a madeira não é a mais apropriada para se degradar e os vernizes sintéticos que a cobrem são poluentes. A decomposição dos corpos e os caixões são a maior fonte dos males: “Os caixões não são constituídos por substâncias inertes. Com o tempo vão libertando componentes como os metais”. A Servilusa, a empresa que gere mais agências funerárias em Portugal, empenhou-se em “matar” metade do problema. Desde Março de 2007 que tem uma larga oferta de caixões ecológicos. Nestes caixões os vernizes sintéticos são substituídos por aquosos, os tecidos são feitos a partir de fibras naturais, estudaram-se as madeiras para se utilizar as que se degradam mais rapidamente, os caixões articulam-se sem precisar de dobradiças e as abas de metal são retiradas antes de a urna ser enterrada. Desta forma, os caixões já podem ser "verdes" sem perderem tradição, beleza ou cerimónia.
Por isso, da próxima vez que alguém calcular a sua pegada ecológica não se pode esquecer: na hora da morte, caixão ecológico ou não?
E, se quiserem ser enterrados com estilo comprem um caixão da CRAZY COFFINS.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Billary 2008


Faltam poucas horas para sabermos o resultado das primárias na Pennsylvania. A obstinação de Billary em não aceitar a evidência dos factos pode perdurar, ainda que o resultado de hoje lhe possa dizer para parar já. Sou apreciador da resistência e da resiliência em política, tenho, ao mesmo tempo, dificuldade em respeitar os que arrogantemente ignoram os acontecimentos sacrificando todos à sua vaidade pessoal. O drama de Billary é o sindrome fatal dos que têm do poder uma ideia de direito adquirido e irrevogável; é-lhe intolerável que Obama seja o preferido, o que melhor performance tem tido. Na cabeça de Billary, Obama não tem esse direito, pura e simplesmente. Assim, Billary continuará na corrida para, de acordo com a sua mundivisão, repor a ordem natural das coisas e permitir aos democratas corrigir este erro grosseiro. Há em todo o mundo gente assim, do democrata Soares ao ditador Mugabe. O tempo, a dependência do exercício do poder, as cortes de aduladores que se vão formando, o isolamento do dia a dia comum, são fatais para o homem político; até em ditadura, o compromisso, o elo de confiança e identificação com o povo são fundamentais. Não perceber isto é letal.

Do outro lado, Barack Obama é o contrário de tudo isto, é um homem próximo, "in tune", que arrasta consigo uma multidão de gente diversa e empenhada, gente nova na política, em sintonia com um líder inspirador. Também nós deste lado do mar nos sentimos contagiados, seduzidos e com vontade de gritar: YES WE CAN!

Passarinhos


Na política aveirense anda muita gente de cabeça no ar... Não, não é nada do que estão a pensar.
É apenas porque, com a quantidade de aves que por aí andam, é mesmo preciso estar de cabeça no ar para ver se recebemos algum sinal do céu.
Tudo começou com a eleição de um Capão para vereador.
Vai daí, como os outros partidos têm pessoas muito invejosas, também eles decidiram dedicar parte do seu tempo à ornitologia.
Seguiu-se o líder concelhio do PS, que passou a divulgar no seu blog as suas conversas com uma andorinha.
Nos últimos tempos a andorinha desapareceu. Veremos se regressa quando o clima melhorar.
Agora é o líder concelhio do PSD que chama garnizé ao líder concelhio do CDS.
Só falta mesmo saber qual a ave que virá a calhar ao PSD.
Não será certamente uma ave de grande porte. Logo, águias e cegonhas estão excluídas. Ave de rapina, também não. Ave de rapina não é quem quer mas sim quem o sabe ser.
Parece-me mesmo que só lhe restará ser da famílias das gaivotas. Oco por dentro, borra tudo por onde passa e não se lhe vislumbram grandes rasgos.
Para que o panorama aviário fique completo, só falta mesmo que a águia Vitória venha viver para Aveiro, prestando serviços ao Beira-Mar por empréstimo do Benfica.

BEWARE!!


Enquanto, andamos distraídos a assistir à luta fratricida, dentro do PSD, de certeza que o Sócrates anda a fazer das suas.

E agora, para algo completamente diferente...


"É preciso um equilíbrio (...) para não gastarmos tempo de mais, porque o partido está numa situação em que tem de arrumar [a situação] bem e o mais depressa possível. Não podemos deixar que se arraste o tempo. Em Junho queremos estar todos a apoiar solidariamente a selecção nacional de futebol", no Campeonato da Europa.
Ribau Esteves, à Lusa.

Tudo isto, na companhia da gaja boa como o milho que, entretanto, teve de se namorar... É do Ribau!

Porque amanhã é 23...

Canção do Semeador

Na terra negra da vida,
Pousio do desespero,
É que o Poeta semeia
Poemas de confiança.
O Poeta é uma criança
Que devaneia.

Mas todo o semeador
Semeia contra o presente.
Semeia como vidente
A seara do futuro,
Sem saber se o chão é duro
E lhe recebe a semente.
Miguel Torga, in “O Poeta”

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Just because



Há dias assim, em que nos sentimos gratos. Muito gratos, mesmo. Atentos ao que é realmente importante. Pequenos mas, ainda assim, dignos dos cuidados de Deus. Obrigado.

Analogias


Não percebo qual é a admiração que por aí anda quando miúdos usam os seus telemóveis para fazer fotografias e filmes em WC's e balneários.
O que diriam essas pessoas se soubessem que há professores universitários que fazem exactamente o mesmo?
Os fins é que serão diferentes.
Enquanto os miúdos o farão devido à irreverência e maluquice própria da idade, já no segundo caso, fica à consideração de cada procurar adivinhar a causa do problema.

A internet e os blogues tornaram-se no paradigma da liberdade de opinião e num expoente da democracia. O opinion making transferiu-se da imprensa para a blogosfera - evidentemente, salvas as devidas distâncias de notoriedade e influência entre jornalistas e comentadores conhecidos e o bloguer desconhecido e anónimo.
Mas, o simples facto de um qualquer blog estar tão acessível quanto um jornal on line veio estabelecer um paralelismo inédito entre o acesso á opinião do simples cidadão anónimo e o jornalismo "a sério". Mesmo que a divulgação e as visitas sejam (e são) incomparáveis em numeros, o facto de uns e outros serem igualmente acessíveis e disponíveis é , só por si, assinalável. E, isso é um corolário fantástico da tecnologia, mas sobretudo da liberdade de expressão ; é também uma manifestação assinalável do crescente interesse do cidadão anónimo na res publica, nas suas várias vertentes desde a cultural até á política, e vice versa.
Hoje, quando acedemos á internet tanto podemos ir ler a edição on line de um jornal de grande tiragem, como podemos ir ler os inumeros blogs de cidadãos mais ou menos anónimos, recheados de artigos de críticas e perspectivas pessoais sobre a actualidade, a economia e as mais diversas amenidades e fait-divers. E atrevo-me a dizer que, tal como eu, a grande maioria dos "internautas" faz ambas as coisas, e tanto lê interessadamente o site do jornal como os blogs anónimos, que vai seleccionando e adicionando aos seus "favoritos" para futuras visitas periódicas.
Até os jornais começaram a transcrever habitualmente artigos da blogosfera sobre a actualidade, e elegem blogs "da semana", promovendo e incentivando a sua divulgação - mesmo quando são blogues de autores anónimos ou sob pseudónimos. Isso é mais um sinal de que, cada vez mais, a opinião do comum dos mortais manifestada na blogosfera interessa, marca e por isso tem relevância.
Na minha perspectiva de "bloguer" escrevo com intenção e vontade de expressar a minha perspectiva pessoal, ás vezes contra a corrente, outra vezes sem originalidades, mas sem pretensões de mudar o mundo. Mas é a minha visão, a minha forma de interpretar ou sentir a realidade, e tenho a ilusão e o gosto de a partilhar pensando que talvez possa fazer algum eco em quem lê - "sentir, sinta quem lê!". Mas, confesso que foi com muita surpresa, primeiro, e com imensa satisfação, depois, que li o comentário da Laurinda Alves (sim, da Laurinda Alves !!!!) ao post da Ruah neste blog. É gratificante saber que a ilustre autora de uma prosa cativante visitou este blog e que talvez volte a passar por cá. E não deixo de me surpreender quando vejo aquele quadradinho ali á direita ilustrando a proveniência dos visitantes deste blog, que diz que há quem nos visite do lado lá do Atlântico e do Pacífico .... O feed back faz-me sentir que estas nossas impressões que aqui partilhamos foram um bocadinho mais além do nosso horizonte.....

domingo, 20 de abril de 2008

Futebol


Palavra proibida por estes lados nos próximos dias.
Decretei, está decretado.

O PSD na encruzilhada



Escassos dias depois da desistência (que, espero seja definitiva) de Luis Filipe Menezes, já 4 candidatos ou pré candidatos se perfilam para a corrida á nova liderança do PSD: Pedro Passos Coelho, Patinha Antão, José Pedro Aguiar Branco, e o empresário Neto da Silva.
Tantos já são demasiados…
Se, por um lado, é bom que se apresentem candidatos á liderança – no plural - convenhamos que, no actual circunstancialismo, 4 já são demais.
Demasiados, porque neste momento da vida interna do PSD e do Partido enquanto oposição, será indispensável um largo consenso na eleição e no apoio do novo líder do PSD. E esse consenso e apoio indispensáveis são incompatíveis com tantas sub-divisões internas.
Pedro Passos Coelho apresentou-se para marcar posição, mas vê-se bem que não é este o seu momento e a sua hora. É apenas uma reserva, um lugar marcado para futuro. O Advogado Aguiar Branco avançou com coragem apressada e quiçá precipitada, por antecipação. Nas palavras caústicas do ex-Bastonário José Miguel Júdice, Aguiar Branco apresenta-se "tremendo de coragem, e depois não avança por excesso de prudência" …. ou coisa que o valha.
Quanto a Neto da Silva e Patinha Antão, parece que não são propriamente candidatos, mas antes testas de ferro menezistas com a missão de minar Aguiar Branco ou Cadilhe, caso estes avancem.
Seja como for, repito que são demasiados.
Demasiados sobretudo porque, em minha opinião de não-militante, falta ainda aparecer o candidato mais desejado, o mais credível e capaz de uma verdadeira Restauração: Manuela Ferreira Leite.
Que os outros me perdoem a franqueza, mas só Manuela Ferreira Leite tem a popularidade e o carisma, credibilidade e a firmeza indispensáveis á liderança como-deve-ser do PSD.
Só Manuela Ferreira Leite apresenta, neste momento, a capacidade de gerar e congregar um debate político de ideias, alternativas e novas orientações na economia, finanças, fiscalidade, na saúde, na educação. A experiência política de Manuela Ferreira Leite fala por si, e demonstra á evidência a sua grande capacidade técnica, a personalidade forte, a firmeza e inteligência prática.
Só Manuela Ferreira Leite poderá dar ao PSD uma liderança forte capaz de congregar os militantes e os apoiantes, de fazer uma oposição substancial ao Governo, com novas ideias correctas e fundamentadas, marcando a diferença e mostrando ao País que melhor é possível.

ERA UMA VEZ NA AMÉRICA...


O Papa Bento XVI iniciou, no passado dia 15 de Abril, a sua primeira visita oficial aos Estados Unidos da América (EUA), viagem ensombrada pelo escândalo da pedofilia. O escândalo de padres pedófilos nos Estados Unidos estalou em 2002, em Boston, trazendo a público o comportamento de sacerdotes que, ao longo de várias décadas, abusaram sexualmente de crianças e adolescentes. Este escândalo custou à Igreja, muito mais do que os 2 biliões pagos para ressarciar as vítimas; custou a confiança e o respeito, que o Papa espera restaurar.
Parece que a Igreja Católica tem a intenção de avançar com uma reforma das leis canónicas, para penalizar os prelados que abusem sexualmente de menores. Acho muito bem. Crimes tão hediondos devem ser punidos tanto pela lei civil como pela lei eclesiástica. Um padre que cometa tais crimes deixa de ter qualquer autoridade moral ou religiosa para continuar a exercer a sua profissão.
Na terça-feira passada, Bento XVI admitiu a "vergonha" que sentia pelo escândalo e garantiu que a Igreja Católica "fará todo o possível" para sarar as feridas causadas nas vítimas desses crimes.
Como Papa, o actual líder católico adoptou uma postura mais rígida a respeito dos abusos do que o seu antecessor,o Papa João Paulo II, que já estava envelhecido e fragilizado quando os escândalos estouraram.

Diz-se que Bento XVI nutre muita admiração pelo povo americano, que começou no pós II Guerra Mundial, pelo facto dos EUA terem adoptado uma politica de reconciliação e de perdão relativamente à Alemanha , em vez de uma política de vingança, defendida por Estaline. O que também é admirável neste povo é que, seja qual for a religião que professa, Deus está na sua boca e no seu coração, sem vergonhas ou pruridos porque Ele , simplesmente, faz parte das suas vidas. Senti esta especial ligação a Deus, logo na primeira hora em que pisei solo norte- americano. Ainda hoje, quando relembro esse episódio, fico emocionada.

A visita papal teve um sucesso sem precedentes: “O Papa tocou o coração dos americanos e suscitou uma resposta de estima e de entusiasmo”. Vários factores contribuíram para este sucesso, a começar pelo pedido de desculpas a todas as vítimas de pedofilia e o facto de ter recebido privadamente algumas delas.
O Pe. Frederico Lombardi apontou que “o Papa «apanhou o espírito» da América”, referindo a cultura do país que nasce “da procura pela liberdade, que nasce da procura de uma construção de uma comunidade de homens livres, onde cada um pode dar o melhor de si, segundo as convicções religiosas”.
Apesar de, inicialmente, o Papa ser conotado com a ala mais ortodoxa da Igreja, durante a viagem esta imagem foi-se dissipando. O Papa consegui chegar a toda a Igreja, a todo o homem e mulher, em toda a sua complexidade.
Mas, o que se afigura como mais impressionante, é que este Papa não se impõe pela sua imagem ou pela sua telegenia; é a beleza e a profundidade das suas palavras que entra no coração dos homens.
“It’s already a cliché in Rome that the crowds came to see John Paul but they come to hear Benedict”.
O Papa percebeu que a América é um país religioso. Enquanto na Europa há um número crescente de "cristãos de Café"- aqueles que escolhem dentro de um menu de opcões doutrinais e morais e que acreditam que a religião deve ser essencialmente uma espécie de validação divina para o seu estilo de vida, em vez de sacrificio e compromisso- a América continua muito receptiva aos principios religiosos e doutrinais defendidos pela Igreja. Os americanos preferem uma única verdade a um caos moral. Infelizmente, os europeus optaram pela última. É por estas e por outras razões que eu continuo a dizer que os EUA são uma grande Nação. Só diz o contrário, quem não conhece a nação americana.

Were those the days?



O nosso amigo J abriu uma caixa perigosa hoje e contagiou-me com uma terna nostalgia. Era o tempo em que bebiamos copos e "galávamos" as miudas mas, exigiamos também boa música, com mensagem e bem elaborada. O fabuloso Bobby Brown do Zappa pontuava nas noites ao lado do Solsbury Hill de Gabriel, que passa aqui acima, e do tremendo Walk on the wild side de Reed, que passa aqui abaixo. A boîte, para além de lugar de divertimento, era meio de formação musical e cultural. Estas eram as vésperas da modernidade que os 80's haveriam de trazer; com o Batô a liderar, estávamos prestes a presenciar uma das mais interessantes revoluções da música popular.
Não é que não ache muito interessantes os sons trance, techno e outros que hoje se fazem para as pistas de dança, só que este princípio de especialização retirou à boîte o carisma multifacetado que tinha. Estou careta quase ao ponto de suspirar: those were the days...


How to work better


sábado, 19 de abril de 2008

As minhas músicas - 1




A exemplo dos meus companheiros de blog, resolvi começar a contribuir para os momentos musicais que me dizem algo.
Os gostos musicais são algo de muito pessoal e que se foram formando ao longo da nossa vida.

Algumas das músicas que aqui for colocando são também uma homenagem às noites passadas no Roskoff, na Costa Nova, no início dos anos 80.
E começo por uma daquelas que ainda hoje é presença obrigatória no meu ipod.
Bobby Brown, de Frank Zappa



Vogue: PhotoshopDisasters

"Steven Klein's photoshopper goes overboard with Gwyneth Paltrow in the new Vogue. Not only does her head look detached, she gets a Stepford Wives makeover."

Carme Chacón e Teresa Caeiro


Carme Chacón tornou-se a primeira mulher Ministra da Defesa em Espanha. E esta fotografia de uma mulher séria, bonita, grávida e licenciada em Direito a passar em revista as forças de defesa de uma nação é, sem dúvida, um sinal da uma efectiva paridade de género, emancipação da mulher no acesso a cargos públicos.

Reflectindo sobre o simbolismo desta nomeação, recordei-me de Teresa Caeiro.

Há uns tempos atrás, Teresa Caeiro, a "neta de um militar", ia sendo a primeira mulher na Secretaria de Estado da Defesa, mas depois, afinal foi para a, criada á pressa, Secretaria de Estado das Artes e dos Espectáculos … lembram-se?
A escolha de Teresa Caeiro para o masculino cargo da Secretaria da Defesa chegou a ser justificada por descender de um militar (!!).
Depois, a troca para a, como direi, área mais "feminina" das "artes e espectáculos" revelou-se uma cedência aos protestos machistas e pseudo conservadores da tropa e não só.
Primeiro episódio de uma série de outras "trapalhadas" que se seguiram, a "desnomeação" de Teresa Caeiro foi, entre outras coisas, uma oportunidade desperdiçada de um Governo que se pretendia de vanguarda…..
Lamentável.

LAURINDA ALVES


Sempre gostei da Laurinda Alves, desde os tempos da revista XIS cujos exemplares guardo religiosamente. A Laurinda tem um novo Blog. É como ela: com substância, grande, humilde e, extraordinariamente humano e cristão. Chama-se a Substância da Vida.

Não posso deixar de transcrever este post. São verdadeiras palavras de alento e esperança. Obrigado Laurinda e muitas felicidades.



"Sim, podemos fazer!"

"Sempre que
Barak Obama repete a frase Yes we can! entre os seus apoiantes o efeito é contagiante e imediato. As multidões que o acompanham repetem a frase mágica e o eco é ensurdecedor. E mobilizador.
Embora seja uma frase de campanha, cirurgicamente concebida para levar os indecisos e os democratas que ainda estão divididos a votar em Obama, a convicção com que é dita e repetida acaba por cruzar fronteiras e interpelar pessoas muito para além do universo dos eleitores americanos.

Yes we can! é muito mais do que uma simples frase dita ou cantada, é uma atitude de fundo, é uma convicção transformadora e é uma crença íntima de que também está nas nossas mãos mudar o mundo. Não o mundo todo, de hoje para amanhã, mas o mundo à nossa volta.
Acima de tudo o nosso mundo interior, que é onde tudo começa e é, por isso mesmo, o motor de transformação mais poderoso de todos.

Alguém disse que Barak Obama não é um candidato, é um movimento social. Está à vista que sim. Aconteça o que acontecer na Pensilvania na próxima semana, este homem já mudou o mundo e já nos obrigou a parar para o ouvir uma e outra vez.

Obama recuperou palavras que nenhum político americano se atrevia a usar e nas quais muito poucos conseguiam acreditar. Palavras como esperança passaram a ter outro sentido depois de Barak Obama as pronunciar. Especialmente nos tempos adversos que se vivem numa América permanentemente confrontada com as frentes de guerra, as baixas em combate, as divisões políticas internas, as crises sociais, as oscilações do dólar e, last but not least, com uma vulnerabilidade nunca imaginada antes do 11 de Setembro.

Acredito em frases transformadoras porque sei que as palavras são revolucionárias.
Os mais cépticos podem dizer que o Yes we can! é apenas mais um expediente de campanha na linha do american way mas noutra latitude infinitamente mais perto de nós, existem realidades que provam todos os dias que é possível fazer mais e melhor.
A companhia inglesa de dança contemporânea
CanDo Dance Company é um exemplo activo do vigor das palavras ditas e repetidas. Can do quer dizer literalmente podemos fazer. No caso de uma companhia de dança onde metade dos bailarinos têm handicaps físicos graves, a tradução deste can do tem um alcance extraordinário. E visionário.

Assisti ao espectáculo da CanDo Company quando eles estiveram em Lisboa e confesso que vi e vivi momentos sublimes. Percebi que afinal o movimento de uma bailarina que tem apenas uma perna ou o andamento de um bailarino em cadeira de rodas podem ter a mesma souplesse dos que dançam e evoluem no ar sem pensar que precisam de alguém para os amparar quando tocam o chão. Mais, a beleza de um bailado moderno onde se misturam bailarinos com e sem handicaps físicos é impressionante. Comove profundamente e faz-nos a acreditar que sim, podemos fazer!"


Laurinda Alves

Artista - parte 3

Ei-lo de novo a escrever sobre aquilo que desconhece.
Este tipo tem uma lata do tamanho do mundo.
Quem é que ele julga que é para falar sobre o que se passa em Aveiro?
É que ele é daquelas pessoas que já me aborrece encontrar nos eventos culturais em Aveiro.
Não há um evento a que eu vá, que não o encontre lá.
Amigo (como se diz por cá), apareça, veja com os seus olhos, viva a nossa cidade (já que não vive na nossa cidade) e depois, diga de sua justiça.
Até lá, aceite um concelho, desactive o seu blog ou faça um blog sobre Freixo de Espada à Cinta ou Freixo de Espingarda às Costas, que lá também deve haver assuntos para serem criticados pelos que lá não vivem.

É BEM FEITO!




Dizem que Menezes caiu, em parte, devido às declarações de Rui Gomes da Silva relativamente à jornalista Fernanda Câncio: a sua relação com o P.M. e o conflito de interesses derivado da sua contratação pela RTP. Desculpem-me mas, tanto o PSD como a Fernanda Câncio, puseram-se a jeito. Cada um teve o que merecia.
Já se sabia que o “desnorte”, no PSD, daria em desastre.
E, uma jornalista que, sistematicamente, usa as suas crónicas e os blogs para defender interesses do governo e atacar de forma ignóbil a oposição e a Igreja?… Está à espera do quê? Que todos fiquem calados e aplaudam as suas afirmações? A liberdade de expressão funciona em ambos os sentidos.
É eticamente reprovável que um jornalista se preste a servir de "altifalante" de políticas de um governo. Ora, o contrato do jornalista é com os cidadãos e a sociedade, que esperam receber dele informação rigorosa e independente sobre o que acontece no mundo. Ser jornalista não é só ter uma carteira de jornalista, é também estar sujeito a um código deontológico, que estabelece direitos e deveres. Em troca da independência a que está obrigado, o jornalista é credor de confiança, credibilidade e autoridade, as quais lhe conferem uma legitimidade e um estatuto que o colocam acima de quaisquer interesses. É evidente que a Fernanda Câncio não tem esta legitimidade nem este estatuto que a permitam elevar à categoria de “boa jornalista”, tal como a designou o Ricardo Araújo Pereira.

L'Aurore



Chuva lá fora, fim de semana a começar, alguma coisa que nos aqueça o coração. Lisa Ekdahl. Voz quente dos frios da Suécia a cantar o marido Salvatore Poe em francês. Il y a des choses qui merveillent! Bon weekend les copains!

Quem calçará as botas do líder?

sexta-feira, 18 de abril de 2008

mas a maior de todas é o Amor


Como tema da sua segunda encíclica, Bento XVI escolheu a Esperança: Spe Salvi. No Natal de 2005 já havia falado sobre o Amor (Deus Caritas Est). É quase certo poder afirmar que, na terceira, invocará a Fé, e assim, nesta ordenação das 3 virtudes teologais confirmará as palavras de S. Paulo na Primeira Epístola aos Coríntios: "Porém a maior destas, é o Amor" (Cor.I, XII, 13) "porque tudo crê, tudo espera, tudo suporta, não acaba jamais" (Cor.I, XIII, 7).

E disse o Papa sobre o amor:
"Eu sou o bom pastor... Ofereço a minha vida pelas minhas ovelhas", diz Jesus de si mesmo (cf. Jo 10, 14 s).
Não é o poder que redime, mas o amor! Este é o sinal de Deus: Ele mesmo é amor. Quantas vezes nós desejaríamos que Deus se mostrasse mais forte. Que atingisse duramente, vencesse o mal e criasse um mundo melhor.
Todas as ideologias do poder se justificam assim, justificando a destruição daquilo que se opõe ao progresso e à libertação da humanidade. Nós sofremos pela paciência de Deus. E de igual modo todos temos necessidade da sua plenitude. O Deus, que se tornou cordeiro, diz-nos que o mundo é salvo pelo Crucificado e não por quem crucifica.
O mundo é redimido pela plenitude de Deus e destruído pela impaciência dos homens. "

A nova era do ensino...




Afinal o dinheiro dá felicidade


O dinheiro não compra a Felicidade. Mas ajuda muito .…
Esta convicção popular é agora confirmada num estudo recente que conclui que o dinheiro proporciona felicidade, sem todavia a garantir.

O estudo de dois jovens economistas americanos Betsey Stevenson e Justin conclui que o nível de rendimento das pessoas influencia o seu nível de felicidade. E que, por isso, a felicidade e satisfação com a vida são superiores nos países mais ricos do Mundo.

Esta nova tese contraria o paradoxo de Easterlin, teoria comummente aceite até este momento: em 1974 o economista Richard Easterlin publicou um estudo sustentando que o desenvolvimento económico não gera necessariamente maior satisfação. Dizia este autor que as pessoas nos países pobres são mais felizes logo que satisfeitas as suas necessidades básicas, e que o rendimento individual relativo – aferido em por comparação com rendimentos dos que me rodeiam – tem mais influència do que o rendimento individual absoluto.
O paradoxo de Easterlin tornou-se rapidamente num clássico das ciências sociais, porque justificava a convicção institiva e quase espiritual de que o dinheiro não compra a Felicidade.

O facto é que os países mais desenvolvidos são mais ricos não apenas no sentido material e superficial.
O progresso e o desnvolvimento económico não extinguiram as doenças e o sofrimento. Mas é patente que proprocionaram a cura para muitas doenças e o tratamento médico rápido e acessível. O crescimento económico pagou e paga a investigação científica em prol de uma vida mais saudável e durante mais tempo. A esperança de vida é significativamente mais alta nos países mais desenvolvidos e ricos do Mundo. E estes são também, maioritariamente, países que vivem em paz social, sem perturbações internas nem guerras com o exterior. Os seus habitantes, mais ricos, podem viajar mais, conhecer outros países, e mesmo optar por trabalhar menos porque não precisam.

Empiricamente, creio que os habitantes dos países mais ricos são ou podem ser geralmente mais felizes. Não necessariamente por serem mais ricos, porque o dinheiro realmente não compra a felicidade, que, aliás, não está á venda. Mas porque a felicidade vem também de uma base material mínima que proporciona saúde, tranquilidade, segurança, e a partir daí, dá ao individuo maior liberdade de escolha, de opções de vida.

Welcome aboard!


Assinalar a chegada de um novo amigo ao "Enguia Fresca" exige sempre alguma pompa e a circunstância possível.

O HA trará certamente o caracter genuino da Beira temperado pelo cosmopolitismo lisboeta, aguardamos ansiosamente os primeiros posts! Que sejam muitos e por muito tempo!

Bienvenido amigo!

Alchemy Forever?

Going Home - Local Hero (Dire Straits)

No final de um terrível dia de trabalho, apenas um momento de calma, ainda por cima com título sugestivo.
E depois, porque me apeteceu, com isto, recordar 19 anos da minha vida.

PSD III


“Se no passado se vê o futuro, e no futuro se vê o passado, segue-se que no passado e no futuro se vê o presente, porque o presente é futuro do passado, e o mesmo presente é o passado do futuro”

Padre António Vieira

PSD II


Não tenho especial apetência para comentar a vida interna do PSD. Agora as coisas mudaram, tornaram-se públicas, cairam na rua. As últimas 24 horas, com uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, estiveram à altura de Jack Bauer.

Que se passa com o ainda maior partido da oposição?

Muita coisa; pouca coisa de edificante. Caciquismo, guerra de barões, peixeirada, golpes e contra-golpes. Pior de tudo, ninguém conhece a nenhum dos diversos protagonistas da briga uma única ideia ou projecto sério para o país!

No meio da confusão, uma referência positiva a José Pedro Aguiar Branco; não se quedou na crítica fácil e inconsequente, dando a cara e avançando com uma candidatura à liderança. Marcou a diferença em relação aos pachecos e borges que já ninguém tem pachorra para aturar.

O que se vai seguir é previsívelmente mais do mesmo, mas com a vantagem de se saber quem é quem e o que quer de facto. Valerá isso de alguma coisa ao país?