sexta-feira, 18 de abril de 2008

Afinal o dinheiro dá felicidade


O dinheiro não compra a Felicidade. Mas ajuda muito .…
Esta convicção popular é agora confirmada num estudo recente que conclui que o dinheiro proporciona felicidade, sem todavia a garantir.

O estudo de dois jovens economistas americanos Betsey Stevenson e Justin conclui que o nível de rendimento das pessoas influencia o seu nível de felicidade. E que, por isso, a felicidade e satisfação com a vida são superiores nos países mais ricos do Mundo.

Esta nova tese contraria o paradoxo de Easterlin, teoria comummente aceite até este momento: em 1974 o economista Richard Easterlin publicou um estudo sustentando que o desenvolvimento económico não gera necessariamente maior satisfação. Dizia este autor que as pessoas nos países pobres são mais felizes logo que satisfeitas as suas necessidades básicas, e que o rendimento individual relativo – aferido em por comparação com rendimentos dos que me rodeiam – tem mais influència do que o rendimento individual absoluto.
O paradoxo de Easterlin tornou-se rapidamente num clássico das ciências sociais, porque justificava a convicção institiva e quase espiritual de que o dinheiro não compra a Felicidade.

O facto é que os países mais desenvolvidos são mais ricos não apenas no sentido material e superficial.
O progresso e o desnvolvimento económico não extinguiram as doenças e o sofrimento. Mas é patente que proprocionaram a cura para muitas doenças e o tratamento médico rápido e acessível. O crescimento económico pagou e paga a investigação científica em prol de uma vida mais saudável e durante mais tempo. A esperança de vida é significativamente mais alta nos países mais desenvolvidos e ricos do Mundo. E estes são também, maioritariamente, países que vivem em paz social, sem perturbações internas nem guerras com o exterior. Os seus habitantes, mais ricos, podem viajar mais, conhecer outros países, e mesmo optar por trabalhar menos porque não precisam.

Empiricamente, creio que os habitantes dos países mais ricos são ou podem ser geralmente mais felizes. Não necessariamente por serem mais ricos, porque o dinheiro realmente não compra a felicidade, que, aliás, não está á venda. Mas porque a felicidade vem também de uma base material mínima que proporciona saúde, tranquilidade, segurança, e a partir daí, dá ao individuo maior liberdade de escolha, de opções de vida.

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