terça-feira, 30 de junho de 2009

Desulpem qualquer coisinha...

Pedimos desculpa vezes demais. Há, aliás, o extraordinário tique português do “desculpem qualquer coisinha”. O “qualquer coisinha” não se aplica ao sorry, ao pardon, ao perdona, ao entschuldigung; estes termos são aplicados pelos povos que os usam sempre que há motivo, raramente sem causa, nunca sucedidos de um pífio “qualquer coisinha”.
Isto tem a ver com o nosso défice crónico de auto-estima, com a nossa humildadezinha.
É impensável imaginar um nórdico a começar um discurso pedindo desculpa pelo tempo que vai roubar aos ouvintes e acabar o discurso pedindo desculpa por qualquer coisa, cá em Portugal já assisti a vários assim. O problema é que nós desculpamos e, frequentemente, o discursante bem deve as desculpas; pois não tinha nada de interessante a dizer. O problema é que a culpa está em toda a parte, logo a desculpa impõe-se por tudo e por nada. São desajustamentos crónicos de atitude.
O utilizador intensivo do “desculpem qualquer coisinha” vive mal consigo e com o seu corpo, sentimo-lo como um corpo estranho e incómodo que se nos impôs por um periodo de tempo, melgou denodadamente, ocupou o nosso espaço, não nos trouxe nada de novo e no fim lá se afastou com as desculpas a sublinhar a consciência da sua impertinência. Quando se curvam ou baixam os olhos é pior ainda, imaginamos-lhes um chapéu amarrotado nervosamente nas mãos suadas.
Salazar gostava muito desta atitude geral e há quem continue a gostar, dá uma ideia de poder fácil ao desculpante, cheira a naftalina, xailes negros e gente ordeira; é o que resta de muitos anos de virtuosa pobreza, de medo e humildade forçada.
Pior que isto, só os que nos importunam sem interesse, com excesso de autoconfiança, roubam o nosso tempo, ocupam o nosso espaço e nem nos pedem desculpa no fim!

Pão e circo

Não consigo entender o mundo das notícias.
Neste momento há uma revolução de enorme significado em curso no Irão, houve um golpe de estado nas Honduras, chegam os primeiros furacões do ano ao Caribe, houve eleições na instável Guiné, a recessão continua sem que ninguém saiba honestamente até quando e onde...
Nos noticiários, tivemos a transferência de Cristiano Ronaldo durante dias a fio, depois as férias algarvias de Cristiano Ronaldo, agora a morte de Michael Jackson.
Panis et circensis...

domingo, 28 de junho de 2009

Late in the evening Sunday bluzzz

Em fim de semana de elogio funebre ad nauseum, aqui ficam uns blues inesperados para descomprimir. Improvável, electrizante, raro... Ladies & Gentlemen, The Who! Take good care of yourself, Monday's comin'....

À volta da Avenida

Nos últimos meses o estado da Avenida Dr. Lourenço Peixinho e o seu futuro foram trazidos novamente para a primeira linha das preocupações dos Aveirenses, fruto principalmente do trabalho efectuado pela Associação Comercial, pela Câmara Municipal e também de um movimento de cidadania reunido em torno do blog Amigos d’Avenida.
A realidade que todos nós constatamos é a de que a Avenida regrediu nos últimos 20 anos, tendo passado do verdadeiro centro da cidade, para uma artéria onde vamos ocasionalmente a um banco ou a um dos ainda resistentes estabelecimentos comerciais.
É pois necessário não só repensar a Avenida mas também decidir e passar à acção.
Mas o repensar da Avenida, ou pelo menos daquilo que eu tenho lido ou ouvido sobre o assunto, está, na minha opinião, a esquecer que a cidade mudou bastante e os cidadãos ainda mais.
Recuemos no tempo 20 anos. O que era a Avenida e Aveiro nessa altura?
Era onde se ia ao café (à semana e ao fim-de-semana, depois do almoço ou depois do jantar). Trianon, Tangará, Zig-Zag, Tico-Tico, Maravilhas, Bolinão ou Gelataria Recolecta eram alguns dos locais que, habitualmente estavam cheios. Quem não se lembra das esperas ao sábado, depois de almoço, para arranjar mesa no Zig-Zag? Ou de estar a jogar matraquilhos no Maravilhas à espera que vagasse uma mesa de bilhar?
Era também na Avenida o único sítio onde se ia ao banco, pois não havia balcões bancários espalhados pela cidade.
E era também na Avenida que se ia ao cinema (Aveirense, Avenida, Oita, Estúdio 2002) e, após o encerramento do Avenida enquanto cinema, podia-se ir ao bingo.
Mas Aveiro tinha outros pontos de encontro menos próximos do centro, normalmente cafés, mas onde também se encontravam regularmente vários grupos. Falo dos cafés com bilhares Taco, Ramona e Convívio ou também do Palácio que era o ponto de encontro não só das pessoas cuja vida profissional se passava junto ao Tribunal, mas também dos estudantes universitários que nele faziam uma das suas bases.
A população era menor, mas estes espaços estavam todos normalmente cheios.
Mas havia mais.
Esgueira e Beira-Mar na 1ª divisão de basquetebol, São Bernardo e Beira-Mar na 1ª divisão de andebol, Beira-Mar na 1ª divisão de futebol, com pavilhões regularmente cheios e os estádio bem composto. E o torneio de futebol de salão do Beira-Mar? Cerca de 2 meses de duração com 5 jogos diários e normalmente bastante gente a assistir.
Os Aveirenses, 20 anos atrás, iam. Saiam de casa, conviviam, iam ao cinema, ao café ou a espectáculos desportivos. Liam também mais jornais locais, como o Litoral, o Jornal de Aveiro ou o Correio do Vouga (3 semanários), o Diário de Aveiro, nascido nessa época, sem esquecer que os jornais diários do Porto tinham todos delegação em Aveiro.
Aproveito para recomendar, a quem quiser relembrar esse passado recente, para visitar o site de um projecto da Aveiro Digital que tem disponíveis em formato digital, milhares de jornais locais e regionais. Trata-se do projecto bibRia, disponível em http://bibria.cm-aveiro.pt/Forms/Highlights.aspx.
O verbo ir, hoje, tomou direcções diferentes. Perdeu-se o espírito de tertúlia, perdeu-se o hábito de sair de casa para conviver e, naturalmente, também a envolvente destes espaços que tinham uma frequência regular de pessoas, se ressentiu. É o que sucede na Avenida.
E, na minha opinião, a culpa não se pode encontrar apenas nos novos espaços comerciais da periferia que vieram naturalmente mudar a forma de vida dos aveirenses.
É necessário questionar e compreender os novos hábitos das pessoas para que se possam adaptar a esses novos hábitos, novas realidades culturais, comerciais, residenciais e de mobilidade. Quando soubermos aquilo que os Aveirenses anseiam então podemos partir de uma forma mais segura para fazer uma Avenida para o século XXI.

A ler!


A não perder a entrevista de António Lobo Xavier ao i deste sábado. ALX de regresso em grande entrevista a Maria João Avilez. Uma entrevista para ler com atenção, enquanto se espera por mais...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Problema que nunca foi resolvido

Podia não se apreciar o estilo do homem ou mesmo a sua música, mas os videos eram espectáculos a sério.
Fica este como memória e como lembrança de um problema que ficou por resolver.

Plano Estratégico

Estava eu a ler uns comentários na net sobre o negócio PT/TVI e fez-se luz.
O plano estratégico da PT está bem delineado.
Objectivo: proporcionar uma oferta mais completa aos seus clientes de conteúdos, os Meos.
Forma de conseguir: oferecer-lhes o canal a que ainda não têm direito.
Qual? A TVI24.
Os Meos agradecem penhoradamente e, já agora requisitam também, o Porto Canal, a RAI e mais alguns canais a que ainda não temos direito.

ARQUIVADO!

O caso só poderia acabar assim. João Miguel Tavares viu o processo que Sócrates lhe instaurou ser arquivado.
Na sua fase “animal feroz”, este foi um dos actos de Sócrates para intimidar a imprensa, para sublinhar uma tentativa clara de controlo pelo medo. O famoso princípio do “quem se mete connosco, leva”.
Mais uma vergonha para o primeiro-ministro que, nesta nova fase da sua vida, deve ter encarado o resultado deste processo com a maior humildade...

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Data das Eleições

O Presidente da República recebeu hoje os partidos para os auscultar quanto à data pretendida para as eleições legislativas.
A discussão em aberto, mais do que sobre a data efectivamente pretendida, versa sobre a possibilidade de as legislativas serem ou não em simultâneo com as autárquicas.
Apenas o PSD assume a opinião que as eleições devem ser em simultâneo.
De entre os argumentos contra a simultaneadade das datas, um dos mais ouvidos é o de que os eleitores podem ser levados à confusão se, no mesmo dia, tiverem que escolher os deputados do seu distrito, o presidente da câmara, os deputados municipais e o presidente da junta de freguesia.
Acontece que, desde que há eleições livres em Portugal, as eleições autárquicas promovem a eleição de 3 orgãos diferentes na mesma data e, que me lembre, nunca ouvi dizer que os eleitores se enganaram em quem iam votar.
Reparem, por exemplo, nos resultados da Freguesia da Vera-Cruz, em Aveiro, nas autárquicas de 2005:


O PS ganhou a câmara e a junta, mas perdeu a assembleia municipal. E, neste último órgão, teve cerca de 500 votos a menos do que aqueles conseguiu para a câmara, num total de 4000 eleitores.
Prova-se assim, na minha opinião, que os eleitores sabem muito bem o que está em causa no momento do voo.
Por isso, neste caso, sou contra a opinião do CDS, pois entendo que as eleições devem ser todas na mesma data, colhendo o País o benefício económico de se reduzir o tempo de campanha eleitoral e de não estar mais de um mês a discutir eleições.

San Joom II


Cabrito "tarrincho" com alecrim. 2 sardinhas. Doçaria conventual. Bailarico em Nevogilde. 2 bandas pimba. Conversa aos gritos com os amigos entre o barulho das 2 bandas pimba. 27 marteladas desesperantes. Missão cumprida!

Para onde vamos?


Devias fazer aquilo que te faz feliz. Não podes preocupar-te tanto com os outros. Pára de pensar em seguir sempre o que está correcto. São conselhos destes que ouvimos cada vez mais. O princípio do duty before self caiu irremediavelmente em desuso.
Perdeu-se o sentido de reserva, de intimidade, a reflexão faz-se com os muitos amigos superficiais que estão sempre prontos a largar um chorrilho de banalidades para afagar o potencial mal-estar dos nossos egoísmos.
Se largamos a namorada na esquina, já o deveríamos ter feito, era um peso que nos impedia de evoluir. Se deixamos os filhos para trás, é melhor para eles saberem que o pai está feliz e realizado. Se um amigo nos critica, é inveja, frustração. Se negligenciamos os pais, é o supremo direito ao nosso espaço. Se nos endividamos, a culpa é da banca.
É mesmo assim, só estamos no caminho certo quando decidimos em função do nosso prazer, do nosso sucesso, da nossa conveniência. Se sentirmos uma pitada de dúvida, há sempre um amigo do ginásio ou do reiki que entre duas cigarradas e três banalidades de ocasião nos cita o Paulo Coelho e nos reconduz ao caminho certo.
O caminho certo é o “nosso caminho”, um passeio onde vamos trocando de companhia ao sabor do momento, onde trabalhamos uma ideia de passado agradável sem lugar para os que nos foram alguma vez inconvenientes, onde o futuro será sempre risonho porque os únicos que dele farão parte são os tais que nos dizem o que queremos ouvir.

Para onde vamos?

Agentes muito especiais


A CIA está a recrutar novos agentes entre as mentes brilhantes de Wall Street. Os chamados golden boys são aliciados em anúncios para o serviço de defesa do estado. É uma novidade; procura-se os que não deram conta a tempo do crash, para, a partir de agora, perscrutarem a situação em todo mundo. Assim uma coisa tipo pôr o Dr. Constâncio a trabalhar no SIS, na investigação e controlo... Oooops.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Biba o San Joom, carago

fotografia "emprestada" por http://cidadesurpreendente.blogspot.com/

Hoje é noite de sardinha, vinho e cerveja qb+++, manjericos, alhos-porros, martelinhos, fogo de artifício e muitos balões no ar.

O maior da minha rua!


Pode alguém ser quem não é? Aparentemente, sim.
Damos uma vista de olhos pelas redes sociais e ficamos impressionados. Se no Hi5 não há quem não inflacione as maminhas com o famoso push-up, já no Linkedin são muitos os que introduzem os mais variados upgrades no seu historial de vida. Concluindo, é difícil encontrar fotografias de gente com óculos de dez dioptrias e canudos de escolas mais manhosas.
O que me intriga é o mecanismo mental associado a esta atitude, esta transição dos mecanismos mentais do chat para as redes sociais. No chat podíamos construir um personagem e sermos primos do Clark Kent, não havia problema, dificilmente se descobriria. A nossa interlocutora era tal e qual a Sharon Stone e assim se construía uma mundo de alter-egos, sem tradução real, uma teatrada que viciou muita gente e desiludiu outra tanta.
Nas redes sociais a coisa impressiona porque há uma cara e um nome, há factores de identificação concretos e facilmente se percebe o embuste. Rapidamente se descobre que a menina se fotografa sempre de boca fechada para escapar a comparações equídeas, que o jovem dinâmico e empertigado não andou na FEUP e conclui o ISEP com custo e anos de sobra; que o técnico de expedição postal é o mesmo carteiro de sempre.
O Portugal real vive em bicos de pés. De relógio falso no pulso, roupinha contrafeita, e cartão dourado para exibir. O dinheiro dos livros vai para o telemóvel de última geração, o dos legumes para o fast-food do shopping.
Agora, o Portugal das redes sociais, esse sim, enche-nos de orgulho! Um paraíso na terra!

A Paz

Confesso que precisei de tempo para digerir o último Conselho Nacional do CDS. Fui dos que defendia um gesto grande de Portas para Ribeiro e Castro. No entanto, as feridas ainda abertas sangram com o acto consumado.
Nem sempre conseguimos separar a racionalidade política da emoção. Damos por nós entusiasmados com uma ideia e amargurados com a sua concretização. As relações dentro do partido são como uma grande família, vão deixando um lastro de afectos, de mal entendidos e ressentimentos. Apagar tudo num curtíssimo espaço de tempo é difícil e raramente sincero.
Não sei como reagiria se estivesse na pele do Alvaro Castello Branco, esta é a verdade. Mas, o gesto de Paulo Portas deve fazer-nos reflectir a todos. A aceitação de Ribeiro e Castro não é só uma bofetada nos precipitados que partiram, é motivo de análise ponderada para os seus apoiantes e opositores.
Portas e Castro protagonizaram um acto de reconciliação raro no partido, pondo o interesse da instituição acima das questões pessoais; estão ambos de parabéns. Cumpre agora a todo o CDS ultrapassar as “coisas” do passado e buscar um futuro maior.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Late in the evening sunday bluzzzz....

De regresso, e sempre, aos Doors. Uma raridade para fechar o fim de semana. Génio puro!

domingo, 21 de junho de 2009

Casual, ma non troppo


Os que me conhecem sabem que, sempre que as circunstâncias o permitem, evito o uso da gravata.
Por isso, compreendo que muitos outros o façam também.
Agora, que um Ministro vá a uma inauguração de um investimento de polo e blazer... essa penso que nem se fosse um complexo dedicado ao turismo o justificaria.
Mas na nova versão do governo português suave, já dá para tudo.

Chegou o Verão

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Carlos Candal

Faleceu Carlos Candal.
É uma daquelas notícias sobre a qual não apetece escrever. Infelizmente é a lei da vida.
Vou ter saudades daquele "falar grosso" na AM, que sendo sentido e apelando ao íntimo das suas razões, nunca, das vezes que o ouvi, senti que fosse ofensivo para alguém.
Tomaram muitos, dos que apenas conseguem falar "fininho", ter 10% da capacidade que Carlos Candal tinha para argumentar.
E quando era necessário dar razão aos que se lhe opunham, tinha a capacidade para o fazer sem ressentimentos.
Aveiro sentirá a sua falta.

Autoeuropa


Quando se lêem declarações de um dirigente sindical a apelar principalmente ao bom senso e a manifestar muita preocupação pelo resultado do plenário, é caso para perguntar o que é que estes trabalhadores pretendem?
Numa situação como a que atravessamos, em que o sector automóvel é um dos que está mais vulnerável, não se justificaria algum sacrifício por parte dos trabalhadores para salvaguardar os seus postos de trabalho?
E se a VW for embora ou diminuir a sua força de trabalho, será justo que aqueles que votaram contra o acordo venham a receber subsídio de desemprego pago por todos nós?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Quando a Enguia se antecipa ao Parlamento

Há uns dias atrás manifestei aqui a minha surpresa com uma fotografia recebida por mail. Não sei se foi apenas o Enguia que divulgou o assunto ou se mais alguém o fez.
Acontece que ontem o assunto chegou ao Parlamento.
E isto prova que a blogosfera ajuda (e muito) quem tem que fazer oposição ou quem tem que governar.
Qualquer dia temos que começar a pedir umas ajudas de custo...

Hommage a Lino ou la sagesse de jamais dire jamais

terça-feira, 16 de junho de 2009

O Porto é uma naçãoee...


Pois é abriu ontem, aqui no Porto, o SEALIFE. Uma espécie de Oceanário, à nossa medida. É que nós também temos direito de "atirar migalhas ao peixes."
São estas pequenas coisas que tornam a nossa cidade um local aprazível, digno das cidades cosmopolitas. O Porto é minha cidade de adopção e, cada vez mais, gosto de viver aqui. Ainda não consigo vibrar com as vitórias do Dragão, mas adoro percorrer a Foz, a Baixa e a Ribeira e descobrir, por trás da aparente rudeza, uma cidade de pequenos encantos, acolhedora e verdadeira.
Entretanto, os tripeiros, esperam com ansiedade pela grande noite em que o céu fica coberto de pontos luminosos que dançam entre as estrelas. É o nosso S. Joãoee..! CA...!

E BIBA o PORTO.

Diário da República

Tem sido feito um esforço pelos diversos governos em desmaterializar alguns elementos que sempre nos habituámos a ver em papel.
É o caso do Diário da República, cuja consulta e acesso grátis e universal através da internet são de realçar.
No entanto, alguém se terá esquecido de um pequeno pormenor.
Se, numa edição em papel, podia fazer sentido a disposição tradicional do DR em 2 colunas, agora, na versão electrónica, esse layout não faz qualquer sentido, só contribuindo para dificultar a sua leitura.
É pois necessária a criação de uma comissão de sábios, com o pagamento das respectivas ajudas de custo e demais mordomias, para que estudem de um modo aprofundado o novo layout para o DR do século XXI.
Os leitores agradecem.

Irão


Os dias que se vivem no Irão trazem-nos à memória uma coisa velhinha do Sérgio Godinho:

Aprende a nadar companheiro,
Que a liberdade está a passar por aqui...

Os numeros da tragédia


Há alturas da vida em que detesto ter razão, esta é uma delas. Sempre acusei os abortistas victoriosos de pactuarem com o negócio da morte, de contribuirem para o aumento anunciado do flagelo do aborto. Fui na altura chamado radical, comparado aos pro-lifers mais absolutos dos Estados Unidos, os que atacam à bomba clinicas de aborto. Não advogo a violência como forma de terminar outra violência, mas, sim, sou radical na defesa da vida, aqui não há meios termos.
Os numeros divulgados ontem pela Lusa devem cobrir o país de vergonha e de culpa. Não vale assobiar para o lado. 25% de aumento do numero de abortos este ano em Portugal. É verdade, o aborto, depois de livre, não cessa de aumentar. Os abortistas sabiam que assim seria, mas mentiram sem pudor nem moral.
Onde são feitos a maioria destes abortos? Na Clinica dos Arcos. Clinica da morte privada, mega negócio que recebe os abortos enviados pelos hospitais públicos, pagos com o nosso dinheiro. Mais uma vez, infelizmente, tivemos razão quando denunciamos este negócio macabro. Mais uma vez, os abortistas compactuaram, esconderam e mentiram.
Mais 25%. Um aumento trágico que ensombraria a consciência dos defensores do aborto, se a tivessem...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

AC, DC e VC

Parece que estamos a entrar numa nova era histórica.
Tivemos AC, estamos em DC e temos VC.
VC é um caso de estudo.
A instituição que dirige (BdP) não utiliza listas telefónicas. Por isso o Banco Insular teve uma delegação em Lisboa, com morada física e número de telefone atribuído, mas o BdP não sabia de nada.
Hoje tivemos outra saída de antologia.
A recusa em divulgar a ligação de um nome a um cargo, alegando sigilo profissional, quando essa informação está disponível na internet.
Isto para não falar da forma despropositada e mal-educada com que trata quem o interpela, principalmente quando se tratam dos deputados da nação, eleitos, ao contrário de VC que foi nomeado.
Será que não há alguém que diga a este senhor que a sua permanência como governador do BdP já ultrapassou o prazo de validade?

domingo, 14 de junho de 2009

Será possível?

Recebi esta imagem via mail, indicando que se trata do posto da GNR de Armação de Pera.
A ser verdade e não se tratando de nenhuma fotomontagem, ficamos a saber que uma empresa de segurança privada é a responsável pela vigilância das instalações de uma força policial.
Isto faz algum sentido?
Será que não teria sido possível o MAI comprar e instalar câmaras de video e fazer a vigilância dentro do posto?
Se alguém souber o porquê deste sem nexo, agradeço que elucide.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

OBSCENIDADES!

D. Dolores "Ronalda" bem pode ostentar o sorrizinho maroto.
Eu continuo a achar uma verdadeira obscenidade, nos tempos que correm ou em quaisquer outros!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Para quem gosta de automóveis


Mais de 7 meses para ganhar coragem ....



Teixeira dos Santos demorou mais de 7 meses a perder o medo de vir dizer que o Governo não garante o dinheiro dos clientes do BPP.

"No nosso entendimento estes produtos financeiros de retorno absoluto não são depósitos. Resultam de contratos de gestão de património celebrados entre os clientes e o banco", afirmou Teixeira dos Santos na conferência de imprensa do conselho de ministos.
"Se a garantia foi dada pelo banco essa é uma resposta do banco e os clientes devem reclamar e exigir no banco e não aos contribuintes", disse.
"Não ignoro que há um conjunto de clientes que se sentirá enganado e vê em risco o seu interesse patrimonial", contudo, "não compete ao Estado cobrir eventuais perdas que resultem destas aplicações", acrescentou.
E eram precisos mais de 7 meses para isto?

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Zero Zero

É a nova imagem de marca da era queiroziana, futebolisticamente falando.

DIA DE PORTUGAL




Como Ulisses te busco e desespero


Como Ulisses te busco e desespero
como Ulisses confio e desconfio
e como para o mar se vai um rio
para ti vou. Só não me canta Homero.


Mas como Ulisses passo mil perigos
escuto a sereia e a custo me sustenho
e embora tenha tudo nada tenho
que em te não tendo tudo são castigos.


Só não me canta Homero. Mas como U-
lisses vou com meu canto como um barco
ouvindo o teu chamar -- Pátria Sereia
Penélope que não te rendes -- tu


que esperas a tecer um tempo ideia
que de novo o teu povo empunhe o arco
como Ulisses por ti nesta Odisseia.


Manuel Alegre

Waiting for the sun

Estou de partida, como milhares de tugas, cheio de esperança. Nada melhor para ilustrar o sentimento presente do que esta recordação dos Doors... C u next sunday!

Sinais da crise



É um sinal que vivemos em crise quando as empresas se preparam rapidamente para o pós-crise.
Como acontece com a Aston Martin e o seu novo carro, Rapide, dirigido às famílias apressadas.

terça-feira, 9 de junho de 2009

De Felipão a Felipinho

Do Brasil, campeão do Mundo a Portugal, vice-campeão europeu.
De Portugal ao Chelsea, colosso anglo-russo do futebol europeu.
E, segundo esta notícia d'A Bola, após Londres segue-se o Uzbequistão!
Com o devido respeito ao Cascalheira de Baixo Futebol Clube, qualquer dia o Felipinho está-lhes a bater à porta a pedir para treinar a sua equipa de amadores...

Credibilidade .... do Estado Português

«A imagem mediática que hoje passa em torno da situação do BPP tem implicações e consequências que vão muito para além das meras causas da situação de aparente insolvência do banco. Sobretudo, porque o que começa a passar para a opinião internacional tem muito mais a ver com a forma como o Estado Português lida com uma crise bancária do que com os problemas do banco em causa.
Entendo que o Estado lidou bem como problema da falha de pagamentos do BPP. Não o deixou cair em falha perante os credores internacionais, evitando-se assim um problema de credibilidade do nosso sistema bancário. Não o nacionalizou, e bem, porque a falência desta instituição não acarreta risco sistémico. A situação que agora se vive em tomo dos clientes do banco é, contudo, algo difícil de entender. Após a Intervenção do Estado esperar-se-ia que os depósitos fossem honrados, dentro do mecanismo do Fundo de Garantia de Depósitos. Também se esperava que o Estado não garantisse aplicações em fundos de investimento mobiliário ou em veículos extrapatrimoniais. Os contribuintes não têm de garantir tais produtos aos clientes do BPP, assim como não os garantem a mais ninguém. A questão complexa neste caso é a dos produtos com capital garantido. Aos clientes, supostamente sofisticados, competia, aquando da subscrição destes produtos questionar-se sobre se o banco teria capitais próprios suficientes para garantir os reembolsos. Às autoridades, neste caso, incumbe determinar se tal garantia de reembolso é, ou não, equiparável a um depósito (algo que pessoalmente me repugna). Se o for, aplique-se a garantia nos termos previstos. Se o não for, tal reembolso deve concorrer á massa falida com os restantes créditos com igual nível de subordinação. No limite, que seja criado um fundo especial com o património remanescente, sem que o capital fique assegurado.
O que considero inaceitável é a exigência de que a ganância estúpida de uns seja recompensada com o dinheiro dos outros, contribuintes, que foram mais cuidadosos na gestão dos respectivos riscos.
A imagem do ministro das Finanças enfrentando os clientes do banco passou uma imagem mista: se por um lado mostrou coragem, por outro, foi desastrosa ao dizer-lhes que peçam responsabilidades à administração anterior. Isto, porque há muito que passámos essa fase, sendo um dado adquirido que essa administração terá de ser responsabilizada pelos seus actos. Agora, o que se exigia às autoridades portuguesas era firmeza e determinação. Muito tempo passou desde que a instituição foi intervencionada sem que uma solução definitiva tenha sido adoptada.
O Estado passa uma imagem de desarticulação e de incapacidade de assumir uma posição. Às praças financeiras internacionais a mensagem que chega é a de um Estado incapaz de gerir uma pequena crise bancária, o que põe em causa a credibilidade do sistema financeiro português..»

in Diário Económico 09/06/2009

Diz-se...

Diz-se que Sócrates já diz por aí: "Eu? Nunca vi tal Moreira!"

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Breves sobre as eleições europeias



José Sócrates perdeu estrondosamente - ainda bem - não só porque escolheu um péssimo candidato, mas sobretudo porque os eleitores decidiram gritar o rei Sócrates vai nu - leia-se, castigar as políticas do seu Governo.


O PSD obteve uma merecida vitória que o reconduz a alternativa de Governo. Ontem Manuela Ferreira Leite colheu os frutos da sua determinação, da sua vontade férrea, e da sua resiliência. Colheu ainda o louvor de uma aposta acertada em Paulo Rangel. (Sim, sim, digam o que disserem, o gordinho tem muito jeito, e conquista a simpatia geral).


O CDS-PP sobreviveu - gloriosamente - á morte anunciada em coro pelas sondagens. Incrível a tentativa de assassinato estatistico deste partido, infundindo antecipadamente nos eleitores a convicção do seu aniquilamento! Depois de ontem, não restam dúvidas de que estas empresas de sondagens deviam ser penalizadas com multas pecuniárias pesadas na proporção directa do desvio verificado. Para aprenderem!!

Preocupante: o peso da extrema esquerda - BE mais PCP perfazem 20% do eleitorado.

O melhor de tudo: Sócrates pode perder as legislativas.

Fim de ciclo

Ao contrário do que possam pensar ao ler o título deste post, não vou escrever sobre o adeus a mais um treinador no Benfica. Já são tantos que marcham antes do fim do contrato que não é por terem dado um kick no quique que vou gastar mais palavras com o tema.
Hoje, quem se despede do blog é o tá porreiro pá!
Em primeiro lugar em respeito ao autor da frase que inspirou este pseudónimo. Desde ontem à noite que as coisas não estão porreiras ali para os lados do Largo do Rato em Lisboa.
Em segundo lugar, porque entendo que após dezassete meses de um segredo mal guardado, não fará sentido continuar com ele.
Quando me convidaram para colaborar no Enguia Fresca, entendi que devia usar um pseudónimo. Nunca o usei com o intuito de fugir às minhas responsabilidades caso algo que escrevesse pudesse ser ofensivo ou polémico. Aliás, se algum dos meus escritos foi incómodo ou ofensivo para alguém, peço desculpa, nunca foi essa a minha intenção.
Hoje, parece-me que não se justifica continuar assim.
A minha veia de escritor não é minimamente capaz de sustentar várias personalidades.
Naturalmente que vou continuar a colaborar no Enguia Fresca como o fiz até aqui, manifestando a minha concordância ou a minha discordância sobre aquilo que entender, quando entender e procurando dar a minha visão do que se vai passando à minha volta. Seja política, seja desporto, seja qualquer outro assunto sobre o qual me apeteça passar uns minutos à volta do teclado a bater um texto.
Aproveito para relembrar o que escrevi no meu primeiro post:
“Direi aquilo que me vai na alma sem preocupações de agradar a quem quer seja, mas com a convicção de que irei desagradar a alguns. E falarei de Aveiro, de enguias e de outras espécies escorregadias, do Beira-Mar e do Galitos, da música e dos restaurantes que me vão agradando, e daquilo que também me desagrada. E fico à espera das críticas e da polémica, pois isso é o combustível de qualquer blog.”
O estilo, naturalmente, continuará a ser o mesmo. A periodicidade também.

Jorge Greno

domingo, 7 de junho de 2009

Not so late in the evening sunday bluzzzz....

Em noite de grandes surpresas, aqui ficam uns inesperados blues. O berimbau a substituir a guitarra e Dinho Nascimento a fazer corar qualquer bluesman da America mais a norte...

Noite Europeia VI

Sócrates, Zapatero e Brown perderam pesadamente as eleições europeias. Os partidos de centro-direita no poder na Europa, com Merkel e Sarkozy à cabeça, aguentaram as maiorias que detinham, apesar da crise em curso. Hoje vivemos uma mudança inquívoca de ciclo, uma derrota estrondosa do socialismo e da esquerda na Europa.

Noite Europeia V

Enquanto Ferreira Leite discursa de rosto esfíngico, na sala os jotinhas não cessam de gritar: "Ninguem pára o Rangel, ninguem pára o Rangel, OH, OH OH"

Noite Europeia IV

Desnecessário e a dar tiques do "pior psd" o facto de Ferreira Leite entrar em directo em pleno discurso de Paulo Portas. Tem pouca espessura o papel de seriedade que vai represenatando...

Noite Europeia III

Reflexão: e se PSD e CDS juntos tiverem mais votos do que o PS coligado com outra força de esquerda?

Noite Europeia II


Sócrates igual a si próprio. A culpa foi de Vital e da crise. O governo só será julgado em outubro. Está porreiro pá!

Noite europeia I


As primeiras palavras da noite vão para o CDS e para Nuno Melo e Diogo Feyo. Parabéns a ambos. O resultado do CDS, against all odds, é uma prova de vida e de resistência a que não é alheio Paulo Portas. Vencendo sondagens tenebrosas, opinion makers funestos, imprensa agreste, o CDS mostrou a sua mais valia como partido sério no panorama político actual e útil ao futuro de Portugal.
Vale a pena ir buscar Mark Twain: "Os que anunciaram a minha morte, manifestamente, precipitaram-se!"

sábado, 6 de junho de 2009

Dia de Reflexão

Passar publicidade de cheques-dentista em dia de reflexão não é uma forma encapotada de fazer campanha eleitoral?

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Recebido via mail (sem comentários)


Sites




Apesar da internet já não ser uma coisa nova, há empresas e entidades para quem a actualização dos seus sites, ou de alguns dos conteúdos neles incluídos, é tratada de uma forma displicente.
Deixo aqui dois (maus) exemplos, recolhidos há poucos minutos.
No site da Câmara de Aveiro, ao consultar a informação meteorológica, somos brindados com dados do dia 1 de Junho às 7h50m. São "apenas" 63 horas de atraso para uma informação que supostamente devia estar disponível na hora.
Mas ao saltar para o site do Porto de Aveiro na sua área de webcams, somos "esmagados" pela imagem disponível do Terminal Norte.
Datada de 16 de Abril de 2008, é um grande exemplo daquilo que não deve ser feito.
Será que não há quem verifique estas situações? Ou, se há, a quem interessa não fazer as actualizações?
Ficam as interrogações e a expectativa de rápidas correcções.

AC/DC

Mais uma brigada do reumático em Portugal, demostrando que deve haver por aí muitos e bons medicamentos para o reumático e as artroses.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Nem em Português, nem em Inglês Técnico

Pensei que o PSD ou o Diário IOL se tinham enganado.
Mas afinal é mesmo verdade.
Para o Partido Socialista Europeu, Português é uma língua desconhecida. Pudera, com um Secretário-Geral do PS Português tão bem falante em Inglês técnico e em Espanhol da raia, não há qualquer necessidade de traduzir o manifesto em Português.
É a falta de respeito que têm por nós.
Só há uma resposta a dar-lhes e é no Domingo. Não votem neles.

Voo 447


A tragédia do voo da Air France deixou-nos a todos consternados. Para além da tragédia, há para lamentar o canibalismo jornalistico que a mesma gerou. Na falta do objecto da tragédia, a repetição ad nauseum de factos laterais é de um mau gosto macabro. A exploração da dor, a especulação, a gestão dos sentimentos, revelam o pior que o jornalismo tem para oferecer. Isto não é informar, é entretenimento sado-masoquista.

Ok, tuesday nite soundzzzz!

Muito bom mesmo este novo Shimmer and shine de Ben Harper. Ninguem se poderá queixar de falta de boa música este verão. Esta é perfeita para dias de praia condimentados. Enjoy!

Ciclistas e bicicletas

Tenho acompanhado com algum interesse algumas opiniões colocadas online no blog dos Amigos d'Avenida quanto à qualidade e quantidade das vias cicláveis em Aveiro.
Desde já manifesto o meu desconhecimento prático sobre a questão visto que, pela comodidade e com prejuízo para a saúde, costumo andar de carro na cidade.
Mas não deixo de contribuir com a minha opinião para a discussão. E contribuo com exemplos daquilo que vou vendo um pouco pelas cidades que conheço.
Parece-me que querer reduzir a zona central da cidade à Avenida, como local para poder pedalar é demasiado redutor. Porque será que para vir do Rossio à Estação, de bicicleta, é necessário subir toda a Avenida? Porque não vir pelo Canal de S.Roque (o piso é bom) e depois seguir pela Avenida da Força Aérea e Rua de Viseu até à Estação? É apenas um exemplo, mas certamente que se encontram mais.
Visito com alguma regularidade Bolonha. Na zona central da cidade, convivem "pacificamente" centenas de bicicletas, motas, automóveis e autocarros. Não há pistas cicláveis nem os passeios, pela sua configuração, permitem que se ande de bicicleta. O piso das ruas é, em grande parte, em paralelo. Não é por causa disso que as bicicletas não circulam.
Um exemplo diametralmente oposto é o de Londres. Onde se faz um grande esforço para substituir parte do transporte poluente pela circulação em bicicletas e cujo exemplo vem do próprio Presidente da Câmara.
Mas, apesar das ruas bem asfaltadas e do pouco trânsito, há sempre a possibilidade de acontecer um acidente estúpido. Basta ver estas imagens.
Face a estes exemplos, parece-me que o radicalismo que às vezes se empresta a algumas afirmações deve ser substituído pela mentalização das boas práticas de circulação, quer por parte dos automobilistas, mas também pelos ciclistas e pelos peões. Há espaço para todos e a mudança de mentalidades demora muitos anos.
Devemos trabalhar todos para partilhar o espaço que é de todos. E, aos poucos, certamente que cada vez mais serão os que vão optar pelos meios de transporte não poluentes. E eu talvez também alinhe nessa pedalada.

Revelation

We make ourselves a place apart
Behind light words that tease and flout,
But oh, the agitated hear
Till someone really find us out.

'Tis pity if the case require
(Or so we say) that in the end
We speak the literal to inspire
The understanding of a friend.

But so with all, from babes that play
At hid-and-seek to God afar,
So all who hide too well away
Must speak and tell us where they are.

Robert Frost

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Telhados de vidro...

Já passaram alguns dias desde o início desta toada agressiva da linha vermelha do PS. A dupla Vital e Ana Gomes, cada qual o mais simpático, desdobram-se em acusações e insinuações sobre o PSD e o BPN.
Não tenho que defender o PSD, e acho que tudo neste caso deverá ser explicado até ao fim e em pormenor.
O que me incomoda aqui são outras coisas; é o afastamento que esta dupla provoca entre o cidadão comum e a política, ao amplificar este clima de suspeição, ao contribuir para aumentar a já anunciada elevada abstenção. O que me irrita aqui, é a sobranceria, a arrogância, a lata inoxidável com que falam na superioridade da ética e moral socialista e republicana. O que deixa perplexo nestes dois, é que, estando o PS enredado e enlodado no caso Freeport, ainda tenha tal reserva de pedras para atirar aos telhados vizinhos...
Bem faz o CDS em manter-se longe deste lodo, falando para os portugueses sobre o que pode mudar para melhor nas suas vidas.

Novidades boas

Sons novos, pop a condizer com o verão, os suecos a surpreenderem pela positiva. O video a mostrar porque é matou a radiostar. A seguir, estes Mando Diao.

Pobres de nós, contribuintes !!

O «.. pobre dr. Vítor Constâncio e demais administradores do Banco de Portugal, (..) queixam(-se) de que já não são aumentados desde 2005. Tão precária deve ser a situação de todos eles que os seus salários (ao contrário do que sucede, por exemplo, na Reserva Federal americana) nem são tornados públicos para lhes evitar a vergonha.

(...), segundo a sua declaração de rendimentos de 2006, sabe-se que o dr. Vítor Constâncio ganha pouco mais de 23 mil euros por mês (o presidente da Reserva Federal ganha 15 mil).
É certo que o dr. Vitor Constâncio tem direito a carro de alta cilindrada e motorista pagos pelos contribuintes, taxas de juro bonificadas e reforma ao fim de 5 anos, mas que é isso para um licenciado pelo ISCEF e ex-secretário-geral do PS?

Por isso, mais louvável ainda é o desprendimento e apego à causa pública com que o dr. Vítor Constâncio e seus pares dolorosamente aceitaram prescindir este ano do aumento de 5% (mais 14 mil euros anuais) que chegou a ser anunciado.
Deus lhes pague.»
in Jornal de Negócios