Confesso que precisei de tempo para digerir o último Conselho Nacional do CDS. Fui dos que defendia um gesto grande de Portas para Ribeiro e Castro. No entanto, as feridas ainda abertas sangram com o acto consumado.
Nem sempre conseguimos separar a racionalidade política da emoção. Damos por nós entusiasmados com uma ideia e amargurados com a sua concretização. As relações dentro do partido são como uma grande família, vão deixando um lastro de afectos, de mal entendidos e ressentimentos. Apagar tudo num curtíssimo espaço de tempo é difícil e raramente sincero.
Não sei como reagiria se estivesse na pele do Alvaro Castello Branco, esta é a verdade. Mas, o gesto de Paulo Portas deve fazer-nos reflectir a todos. A aceitação de Ribeiro e Castro não é só uma bofetada nos precipitados que partiram, é motivo de análise ponderada para os seus apoiantes e opositores.
Portas e Castro protagonizaram um acto de reconciliação raro no partido, pondo o interesse da instituição acima das questões pessoais; estão ambos de parabéns. Cumpre agora a todo o CDS ultrapassar as “coisas” do passado e buscar um futuro maior.
terça-feira, 23 de junho de 2009
A Paz
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