quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Misteriosa contagem

Anda por aí uma inquetação com uma contagem decrescente que a páginal inical do Google, em inglês, mostra quando se carrega no botão I'm feeling lucky.
Até a rádio já noticiou tão intrigante questão e, provalvelmente, os comentadores da nossa televisão também a teriam referido não fosse hoje o dia dedicado a comentar outras mariquices.
Mas o mistério é bem simples e resolve-se com o auxílio de uma folha de cálculo. Coloquem numa célula a data e hora actual - =agora() - e noutra célula 31-12-09 23:59, e numa terceira célula calculem a diferença entre as duas anteriores. Como o resultado aparece em dias, multipliquem-no por 24 (horas) * 60 (minutos) * 60 (segundos).
Comparem o resultado obtido com a contagem do Google e há-de ser algo muito próximo.
O Google está simples a contar os segundos que faltam para a passagem de ano.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Já vai tarde..

.. Lopes da Mota que hoje finalmente se demitiu do Eurojust depois de confirmada a sanção disciplinar que lhe foi imposta.
Saiu empurrado pela força das circunstancias. E muito contrariado.

O ÚLTIMO ARTIGO? - Mario Crespo

Até quando o vão deixar escrever?

Será este o último artigo de Mário Crespo??????

O Palhaço (in JN de 14Dec2009)

O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue querendam 147,5 por cento. E acha bem.

O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaçoé absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está
em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca
agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem
dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.

Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir
estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito
barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês
dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que
estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

Ou nós, ou o palhaço.

Palavras sábias?

Na semana passada houve algum alarido com a notícia de que a Standard & Poor's classificou como negativa a estimativa de evolução da dívida pública nacional.
A notícia aparentemente não surpreendeu ninguém, políticos ou analistas, e foi rapidamente "abafada" pela situação na Grécia, bem pior do que a nossa.
No entanto, ao ler com atenção a
notícia publicada no Económico, chamou-me a atenção, no penúltimo parágrafo, a terminologia utilizada pela S&P que, a estar correctamente traduzida, reflecte aquilo que no estrangeiro pensam das contas públicas portuguesas e de quem as elabora.
Diz a S&P que as contas poderão voltar a estabilizar, ou seja, voltar ao nível anterior de estimativa, se o Governo Português apresentar um plano credível, compreensivo e significativo para a redução do défice.
Significa isto que, não tendo sido o combate ao défice a opção da política económica portuguesa face à crise que atravessamos, o que se compreende, e visto que o Governo já é bem conhecido, parece que os analistas estão com alguma dificuldade em esperar de Portugal algo mais do que medidas pouco credíveis, incompreensíves e insignificativas.
Afinal, aquilo que também em Portugal já se sabe há muito. Muito show-off, medidas fantásticas, mas que, na prática, não resultam.
Pode ser que desta vez, visto que não foi a oposição ao Governo que utilizou esta terminologia, alguém ouça estas palavras, medite sobre o significado das mesmas e aja em conformidade, a bem de todos nós.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Medicina em Aveiro


É com natural satisfação que vejo a Universidade de Aveiro aumentar a sua oferta de cursos superiores com a licenciatura em Medicina. Mesmo que seja apenas, para já, destinada a licenciados que serão, provavelmente, aqueles que não conseguiram tirar o curso quando desejavam, e porque a média de entrada não chegava, foram obrigados a optar por outras licenciaturas na área das ciências médicas.
Espanto-me com a posição da Ordem dos Médicos e da Associação de Estudantes de Medicina que dizem a uma só voz que o curso não é preciso, que há médicos suficientes, que a qualidade do ensino vai diminuir, que pode vir a gerar desemprego entre os médicos, etc. etc.
Quando dizem que o curso não é preciso, porque não explicam a razão pela qual milhares de estudantes portugueses estão em Espanha ou na República Checa a fazer os seus estudos de Medicina?
Quando afirmam que há médicos suficientes em Portugal, porque não dizem qual a razão pela qual os Centros de Saúde junto à fronteira com Espanha estão cheios de médicos espanhóis que para cá vêm trabalhar? E porque não explicam porque é que quem se dirige às urgências hospitalares no período nocturno fica também a conhecer médicos brasileiros, cubanos, angolanos, entre outras nacionalidades, podendo, com um pouco de sorte, ser atendido por médicos portugueses?
E quando referem a que qualidade do ensino de Medicina irá diminuir com o curso de Aveiro, só podem estar a passar um atestado de incompetência à Faculdade de Ciências Biomédicas do Porto que o irá supervisionar.
Finalmente e quanto ao desemprego médico, será que esta classe profissional tem algum privilégio relativamente a todas as outras, onde um recém licenciado ou mesmo um licenciado já com experiência tem de fazer pela vida para conseguir trabalhar na área na qual desenvolveu os seus estudos?
Bem sei que compete à Ordem do Médicos defender a sua classe mas, com argumentação desta, está claro que não está a fazer mais do que prestar um mau serviço aos seus associados.
Passemos à frente, esqueçamos o que estes senhores por aí vão dizendo e que o novo curso de Medicina de Aveiro venha a ser mais um caso de sucesso a exemplo de tantos outros que a Universidade de Aveiro oferece.

O PGR está à espera que a poeira assente...

para não prejudicar Sócrates....

O PSD, pela pena dos deputados Aguiar Branco e Fernando Negrão, apresentou um requerimento ao Procurador Geral da Republica Pinto Monteiro, solicitando a divulgação do teor e fundamentação dos despachos de arquivamento dos processos relativos ás escutas em que interveio o primeiro ministro, no âmbito do Face Oculta.
Passadas duas semanas - 13 dias - não obtiveram ainda nenhuma resposta "nem num sentido, nem noutro". Nada.

Pinto Monteiro tem afirmado que ainda está a decidir, e no entretanto, pretexta o segredo de justiça, esquecendo-se que se o processo dessas escutas já está arquivado, então já não está em segredo de justiça.

Conclusão:
Até Pinto Monteiro, o Procurador Geral da Republica gere cautelosamente o seu lugar, defendendo o seu interesse próprio e da sua teia de influências para agradar a Sócrates e ao Governo .... como tal, vai diferindo e adiando para que a poeira assente e o povo esqueça... Aliás, o mesmo que já fez este Verão, retendo o processo das escutas até depois das eleições.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Os 40´s

Os meus 40´s trouxeram-me a um planalto, em que me sento tranquilamente e observo em redor a vista fabulosa. Não quero voltar atrás simplemente porque estou muito bem aqui, precisamente no ponto alto, plano e suave da vida. De bem comigo, segura de mim e feliz. Não é para mim certeza nenhuma que aos vinte é que se teve tudo. Pelo contrário. 
 
Estes são mesmo tempos de chegada e (como alguém tão bem dizia), com saberes que só a idade revela, em que já aprendi a subalternizar absolutos e e a abrir certos ângulos que antes eram vértices, para ver pessoas e ideias e me ver a mim propria; em que já tenho paciência para umas coisas e já não tenho nenhuma para outras, quse me vejo liberta de dias difusos de teoremas, de teorias, e talvez tudo se torne, mais tarde, ainda mais simples.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ainda a teia política na imprensa...

22 Novembro 2009
Entrevista: José António Saraiva "Não falimos por um milagre"

José António Saraiva, director do semanário 'Sol', revela ao CM que o
Governo o pressionou para não publicar notícias do Freeport e que depoispassou aos investidores.

"Correio da Manhã - O 'Sol' foi coagido pelo Governo para não publicar notícias do Freeport?*
*José António Saraiva -* Recebemos dois telefonemas, por parte de pessoas próximas do primeiro-ministro, dizendo que se não publicássemos notícias sobre o Freeport os nossos problemas se resolviam.
*- Que problemas?*
- Estávamos em ruptura de tesouraria, e o BCP, que era nosso sócio, já tinha dito que não metia lá mais um tostão. Estávamos em risco de não pagar ordenados. Mas dissemos que não, e publicámos as notícias do Freeport.
Efectivamente uma linha de crédito que tínhamos no BCP foi interrompida.
*- Depois houve mais alguma pressão política?*
- Sim. Entretanto tivemos propostas de investimentos angolanos, e quando tentámos que tudo se resolvesse, o BCP levantou problemas.
*- Travou o negócio?*
- Quando os angolanos fizeram uma proposta, dificultaram. Inclusive
perguntaram o que é que nós quatro - eu, José António Lima, Mário Ramirez e Vítor Rainho - queríamos para deixar a direcção. E é quando a nossa advogada, Paula Teixeira da Cruz, ameaça fazer uma queixa à CMVM, porque achava que já havia uma pressão por parte do banco que era totalmente ilegítima.
*- E as pressões acabaram?*
- Não. Aí eles passaram a fazer pressão ao outro sócio, que era o José Paulo Fernandes. E ainda ao Joaquim Coimbra. Não falimos por um milagre. E, finalmente, quando os angolanos fizeram uma proposta irrecusável e encostaram o BCP à parede, eles desistiram.
*- Foi um processo longo...*
- Foi um processo que se prolongou por três ou quatro meses. O BCP, quase ironicamente, perguntava: "Então como é que tiveram dinheiro para pagar os
salários?" Eles quase que tinham vontade que entrássemos em ruptura financeira. Na altura quem tinha o dossiê do 'Sol' era o Armando Vara, e nós tínhamos a noção de que ele estava em contacto com o primeiro-ministro.
Portanto, eram ordens directas.
*- Do primeiro-ministro?*
- Não temos dúvida. Aliás, neste processo 'Face Oculta' deve haver conversas entre alguns dos nossos sócios, designadamente entre Joaquim Coimbra e Armando Vara.
*- Houve então uma tentativa de ataque à liberdade de imprensa?*
- Houve uma tentativa óbvia de estrangulamento financeiro. Repare-se que a Controlinveste tem uma grande dívida do BCP, e portanto aí o controlo é fácil. À TVI sabemos o que aconteceu e ao 'Diário Económico' quando foi comprado pela Ongoing - houve uma mudança de orientação. Há de facto uma estratégia do Governo no sentido de condicionar a informação. Já não é especulação, é puramente objectiva. E no processo 'Face Oculta', tanto
quanto sabemos, as conversas entre o engº Sócrates e Vara são bastante
elucidativas sobre disso.
*- Os partidos já reagiram e a ERC vai ter de se pronunciar. Qual é a sua
posição?*
- Estou disponível para colaborar."

Sem comentarios...
TOCA A IR COMPRAR O SOL QUE BEM MERECE !


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Mentiroso

Armando Vara demonstrou ontem publicamente para todo o país a sua vocação de Pinóquio e os seus inegáveis talentos de inventor.

Então aquela do encontro fortuito com o "Sôr" Godinho por que não dava (??) com o endereço da EDP; não havia pessoas na rua a quem perguntar????? Nada mais normal do que entrar no Banco e pedir para ser recebido pelo Sr. Administrador para este lhe vir indicar o caminho e a porta da EDP ... Pois.

E mentiu descaradamente quando negou que no BCP tinha poder de decisão de crédito: esse poder era todo seu, porque era seu o pelouro das grandes empresas, e da iniciativa de concessão / redução do crédito ás empresas.

A história do simplório de Vinhais que subiu a pulso e numa carreira de sucesso não convence ninguém. Esperteza saloia, amiguismo e partidarite aguda, isso sim!