Em Agosto, entusiasmado pelos dados do INE que indicavam um crescimento do PIB, e também entusiasmado pela pré-campanha eleitoral que então se vivia, José Sócrates proclamava alto e bom som que para Portugal aqueles dados significavam "o princípio do fim da crise".
Hoje o INE publica dados da produção industrial referente a Setembro, ou seja, imediatamente após o princípio do fim da crise.
Surpresa, face às afirmações de Sócrates, o resultado é negativo. E com um quebra de 2% relativamente a Agosto. E o 3º trimestre tem uma quebra de 1.8% relativamente ao 2º.
Vamos aguardar os comentários do Primeiro-Ministro que terá certamente, face a estes dados, algo para explicar aos Portugueses.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
O fim da crise
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Vacina (III)
Dizia hoje o deputado João Semedo (BE), médico de profissão, que os 14 deputados do BE, num total de 16, que decidiram ser vacinados deram mostras do seu grande sentido de responsabilidade ao terem tomado tal decisão, pois o País não pode parar por causa de uma (eventual) pandemia e os deputados são fundamentais para que o País não pare.
Será que o senhor deputado não sabe que todos os não eleitos são suplentes dos que foram eleitos?
Longe de mim desejar que uma pandemia se abata sobre o grupo parlamentar do BE - uma afonia, de vez em quando já era suficiente para não se ouvirem os disparates que de lá saem - mas, com o número de deputados eleitos e a sua dispersão distrital, teria de ser mesmo uma calamidade a atingir aquele partido para que perdesse completamente a sua representatividade parlamentar.
Será que o senhor deputado não sabe que todos os não eleitos são suplentes dos que foram eleitos?
Longe de mim desejar que uma pandemia se abata sobre o grupo parlamentar do BE - uma afonia, de vez em quando já era suficiente para não se ouvirem os disparates que de lá saem - mas, com o número de deputados eleitos e a sua dispersão distrital, teria de ser mesmo uma calamidade a atingir aquele partido para que perdesse completamente a sua representatividade parlamentar.
Vacina (II)
A não ser por uma razão de manifesta incapacidade produtiva, da qual ainda não ouvi falar, será que alguém me consegue explicar qual o motivo pelo qual o Estado proibiu a venda da vacina contra a gripe H1 N1 nas farmácias, ao contrário do que acontece com a vacina da gripe sazonal?
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Em Português (não) nos entendemos
Ouvi esta tarde na Antena 1 uma notícia em que a jornalista dizia:
"Foi adiada a aprovação do Tratado de Lisboa porque o Tribunal Constitucional Checo ainda não procedeu à sua rectificação."
Duas notas sobre esta frase.
A jornalista em questão ignora olimpicamente que o Tribunal Constitucional de um país não pode fazer rectificações ao Tratado de Lisboa.
A jornalista desconhece a diferença entre rectificação e ratificação.
Vindo de uma estação de rádio que até utiliza um manual que ensina aos seus jornalistas a forma de pronunciar algumas palavras também não está mal. Talvez não seja pior, além deste manual, oferecerem também um dicionário de sinónimos e umas revistas com problemas de palavras cruzadas para eles aprenderem alguma coisa.
"Foi adiada a aprovação do Tratado de Lisboa porque o Tribunal Constitucional Checo ainda não procedeu à sua rectificação."
Duas notas sobre esta frase.
A jornalista em questão ignora olimpicamente que o Tribunal Constitucional de um país não pode fazer rectificações ao Tratado de Lisboa.
A jornalista desconhece a diferença entre rectificação e ratificação.
Vindo de uma estação de rádio que até utiliza um manual que ensina aos seus jornalistas a forma de pronunciar algumas palavras também não está mal. Talvez não seja pior, além deste manual, oferecerem também um dicionário de sinónimos e umas revistas com problemas de palavras cruzadas para eles aprenderem alguma coisa.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Warren Buffett
Mais uma vez, Warre Buffett surpreende. O segundo homem mais rico do mundo destaca-se pela sua irreverência e pelo seu modo de estar na vida. Nada em Buffett, ou quase nada, se liga aos estéreotipos do dinheiro e do poder. Ainda bem que existem homens assim! A entrevista pode e deve ser lida aqui.
sábado, 24 de outubro de 2009
Vacina
Com um nome assim, até parece algo saído do caldeirão do Panoramix.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Espanha e Portugal
A propósito da candidatura conjunta ao Mundial de 2018, tem-se falado sobre o que une portugueses e espanhóis.
Mas há certamente muito mais diferenças do que semelhanças.
Uma das diferenças passa pela exaltação dos símbolos de cultura populares que os espanhóis sempre fizeram e que os portugueses só agora e timidamente, começam a fazer com o fado.
Recebi via mail o link para este concerto sinfónico com castanholas:
Isto para não falar no universalmente conhecido Concerto de Aranjuez.
Será que há algo do género com guitarra portuguesa ou cavaquinho?
Ou, como tive oportunidade de assistir numa discoteca em Madrid em que, após algumas músicas da moda, aparecia em palco um grupo de bailarinos de "Sevilhanas", dançavam 2 ou 3 músicas e toda a malta da discoteca acompanhava. Imaginam um vira ou um corridinho numa discoteca in em Portugal?
Mas há certamente muito mais diferenças do que semelhanças.
Uma das diferenças passa pela exaltação dos símbolos de cultura populares que os espanhóis sempre fizeram e que os portugueses só agora e timidamente, começam a fazer com o fado.
Recebi via mail o link para este concerto sinfónico com castanholas:
Isto para não falar no universalmente conhecido Concerto de Aranjuez.
Será que há algo do género com guitarra portuguesa ou cavaquinho?
Ou, como tive oportunidade de assistir numa discoteca em Madrid em que, após algumas músicas da moda, aparecia em palco um grupo de bailarinos de "Sevilhanas", dançavam 2 ou 3 músicas e toda a malta da discoteca acompanhava. Imaginam um vira ou um corridinho numa discoteca in em Portugal?
Serviço Público exemplar
A RTP transmitiu esta noite o jogo do FC Porto na Liga dos Campeões. Bem, pois trata-se do campeão português de futebol a jogar na principal taça europeia.
Ao longo do jogo ouvi, por mais de uma vez, o comentador a dizer que o jogo estava também a ser transmitido em alta definição no canal 12 da Zon.
Não sendo cliente da Zon mas sim de um concorrente, pago a mesma taxa audiovisual que os clientes da Zon.
Se a RTP presta um serviço público, haverá alguma razão que explique qual o motivo pelo qual apenas um operador de televisão por cabo tem acesso à programação em alta definição? E sendo a RTP tão cuidadosa, e bem, quanto a referências publicitárias, não será publicidade encapotada o comentador de serviço se referir à Zon por várias vezes?
Vou enviar esta mensagem ao provedor da RTP, pode ser que ele tenha alguma explicação para o caso.
Se houver, colocá-la-ei aqui.
Ao longo do jogo ouvi, por mais de uma vez, o comentador a dizer que o jogo estava também a ser transmitido em alta definição no canal 12 da Zon.
Não sendo cliente da Zon mas sim de um concorrente, pago a mesma taxa audiovisual que os clientes da Zon.
Se a RTP presta um serviço público, haverá alguma razão que explique qual o motivo pelo qual apenas um operador de televisão por cabo tem acesso à programação em alta definição? E sendo a RTP tão cuidadosa, e bem, quanto a referências publicitárias, não será publicidade encapotada o comentador de serviço se referir à Zon por várias vezes?
Vou enviar esta mensagem ao provedor da RTP, pode ser que ele tenha alguma explicação para o caso.
Se houver, colocá-la-ei aqui.
Para reflectir...
Publicado hoje no DN:
Não há memória de tal acontecer, desde que há Presidentes da República eleitos (1976) e desde que há sondagens. A popularidade do actual inquilino do Palácio de Belém é negativa. Pelo menos acreditando numa sondagem da Aximage ontem publicada no Jornal de Negócios. Diz aquele estudo de opinião, efectuado na semana passada (entre 12 e 16 de Outubro), através de 600 entrevistas efectivas, que, numa avaliação de 0 a 20, o Presidente da República recebeu 9,6 (nota negativa, portanto). Pior do que Paulo Portas (12,3), Sócrates (12,1), Jerónimo de Sousa (11,5) e Louçã (11,4) e apenas melhor do que Manuela Ferreira Leite (6,0). A sondagem diz que ainda 42,4% dos inquiridos acham que o PR tem actual "mal". E 15,9% "assim-assim". 35,5% consideram que tem actuado "bem". Ninguém se lembra de quando um PR foi impopular.
Não há memória de tal acontecer, desde que há Presidentes da República eleitos (1976) e desde que há sondagens. A popularidade do actual inquilino do Palácio de Belém é negativa. Pelo menos acreditando numa sondagem da Aximage ontem publicada no Jornal de Negócios. Diz aquele estudo de opinião, efectuado na semana passada (entre 12 e 16 de Outubro), através de 600 entrevistas efectivas, que, numa avaliação de 0 a 20, o Presidente da República recebeu 9,6 (nota negativa, portanto). Pior do que Paulo Portas (12,3), Sócrates (12,1), Jerónimo de Sousa (11,5) e Louçã (11,4) e apenas melhor do que Manuela Ferreira Leite (6,0). A sondagem diz que ainda 42,4% dos inquiridos acham que o PR tem actual "mal". E 15,9% "assim-assim". 35,5% consideram que tem actuado "bem". Ninguém se lembra de quando um PR foi impopular.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Saramogo
A partir de Penafiel, onde decorreu domingo o lançamento mundial do seu livro, o Nobel da Literatura de 1998 referiu-se à Bíblia como "um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana". O Corão "é a mesma coisa", segundo o escritor: "Imaginar que Corão e a Bíblia são de inspiração divina? Francamente! Como? Que canal de comunicação tinham Maomé ou os redactores da Bíblia com Deus, que lhes dizia ao ouvido o que deviam escrever? É absurdo. Nós somos manipulados e enganados desde que nascemos."
O demagogo Saramago, ou Saramogo, emerge periodicamente de Lanzarote para vociferar a sua existência para, sem olhar a meios, evitar o expectável olvido dos mediocres.
Misturadas com as relevantes notícias dos grandes da nossa cultura, como Paula Rego ou Eduardo Lourenço, surgem a espaços as lamentáveis atoardas de Saramogo.
As ofensas rasteiras a todos os crentes não são sequer novas ou originais, são um sinal da confragedora pobreza de ideias originais para este tipo de golpe publicitário barato. Antes foi o ataque a Portugal com a defesa da sua anexação por Espanha, e antes deste muitos outros disparates e ofensas que alguns tendem a aceitar ou desculpar à sombra de um Nobel imerecido.
Com alguns livros formalmente bem elaborados, o censor do PREC alcandorou-se á categoria de intocável, ao olimpo dos grandes criadores a quem tudo se permite.
Não é assim. Saramogo é mais uma anedota de mau gosto, uma voz ranhosante, um provocador barato, um homem que luta por uma, tão desfocada quanto inflacionada, ideia de si próprio. De quando em quando, tem de gritar alarvidades para se fazer lembrar, para iludir a sua irrelevância.
Pénible...
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Gravata
Ao ver esta galeria (foto retirada da Visão) de notáveis líderes chineses, resta-me a esperança de ver, daqui por uns longos anos, a malta do Bloco a usar gravata.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Palavras
Desafiado por um comentário ao meu anterior post, gostava de partilhar com que por aqui vai passando a minha opinião sobre as recentes afirmações de Ulisses Manuel, Presidente da concelhia do PSD e, a partir de amanhã, Deputado no Parlamento Português.
Obviamente que as palavras usadas, ou pelo menos as que foram transcritas pela imprensa, merecem repúdio. Não me parece que seja uma forma correcta de tratamento a quem quer que seja.
Mas também não podemos olhar apenas para o que foi dito pelo Ulisses Manuel.
Quem lê o Margem Esquerda vê por lá muitas vezes comentários de leitores que são insultuosos para aqueles a quem se dirigem, comentários esses que, na maior parte dos casos, são escritos sob a capa do anonimato.
Lê-se no Margem Esquerda, na zona dos comentários o seguinte (sublinhado meu):
"O Margem Esquerda não é responsável pelos comentários exibidos e a sua publicação não significa que concordemos com as opiniões emitidas. Removeremos, a pedido, qualquer comentário anónimo que seja considerado insultuoso desde que tal nos seja solicitado. Os comentários cujos autores estão devidamente identificados não serão censurados. Mas se está a pensar em difamar anonimamente pessoas ou grupos e assim prejudicar a utilização deste espaço (que se pretende polémico mas leal) ... não se dê ao trabalho. Se desejar que os seus comentários não passem pelo "crivo da censura" e, ao mesmo tempo, manter o anonimato junto dos outros leitores, deve criar um pseudónimo e identificar-se para raulventuramartins@gmail.com. A sua identidade não será divulgada. Raul Martins"
Ora se Raul Martins escreve isto e depois publica os comentários, não só não está a ser coerente com aquilo que afirma como, provavelmente e também de acordo com espírito do seu texto, conhecerá os autores dos comentários publicados sobre a capa do anonimato.
Ou seja, como diz o povo, com uma atitude destas, pôs-se a jeito para ouvir o que ouviu.
Em resumo, ambos estão mal na sua forma de actuar.
E nenhum deles prestigia os respectivos partidos nem Aveiro, pois ambos são presidentes das respectivas concelhias e deviam ter um comportamento mais elevado, de acordo com os cargos que ocupam.
Para mim, nada disto é política. Em política temos muitas vezes opiniões diferentes, podemos discutir sobre elas, mas devemos respeitar os nossos opositores. E nem Ulisses Manuel nem Raul Martins o fizeram.
Obviamente que as palavras usadas, ou pelo menos as que foram transcritas pela imprensa, merecem repúdio. Não me parece que seja uma forma correcta de tratamento a quem quer que seja.
Mas também não podemos olhar apenas para o que foi dito pelo Ulisses Manuel.
Quem lê o Margem Esquerda vê por lá muitas vezes comentários de leitores que são insultuosos para aqueles a quem se dirigem, comentários esses que, na maior parte dos casos, são escritos sob a capa do anonimato.
Lê-se no Margem Esquerda, na zona dos comentários o seguinte (sublinhado meu):
"O Margem Esquerda não é responsável pelos comentários exibidos e a sua publicação não significa que concordemos com as opiniões emitidas. Removeremos, a pedido, qualquer comentário anónimo que seja considerado insultuoso desde que tal nos seja solicitado. Os comentários cujos autores estão devidamente identificados não serão censurados. Mas se está a pensar em difamar anonimamente pessoas ou grupos e assim prejudicar a utilização deste espaço (que se pretende polémico mas leal) ... não se dê ao trabalho. Se desejar que os seus comentários não passem pelo "crivo da censura" e, ao mesmo tempo, manter o anonimato junto dos outros leitores, deve criar um pseudónimo e identificar-se para raulventuramartins@gmail.com. A sua identidade não será divulgada. Raul Martins"
Ora se Raul Martins escreve isto e depois publica os comentários, não só não está a ser coerente com aquilo que afirma como, provavelmente e também de acordo com espírito do seu texto, conhecerá os autores dos comentários publicados sobre a capa do anonimato.
Ou seja, como diz o povo, com uma atitude destas, pôs-se a jeito para ouvir o que ouviu.
Em resumo, ambos estão mal na sua forma de actuar.
E nenhum deles prestigia os respectivos partidos nem Aveiro, pois ambos são presidentes das respectivas concelhias e deviam ter um comportamento mais elevado, de acordo com os cargos que ocupam.
Para mim, nada disto é política. Em política temos muitas vezes opiniões diferentes, podemos discutir sobre elas, mas devemos respeitar os nossos opositores. E nem Ulisses Manuel nem Raul Martins o fizeram.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Seu Jorge
É com algum atraso, mas com absoluta justiça, que aqui deixo umas linhas sobre o concerto do Seu Jorge no Coliseu do Porto.
Seu Jorge é um ser fascinante; eclético, mas coerente; inteligente, mas humilde; brilhante, mas próximo.
Foram 3 horas, sim 3 horas, de concerto. Uma hora de funk/rock/samba moderno contagiante, uma hora de "voz e violão" arrepiante e uma hora de samba puro de abanar o Coliseu!
A sala esgotada respondeu ao rubro. Foi uma noite memorável!
Esteve a chover muito
Esteve a chover muito. Mas foi no início da semana passada. E foi longe de Aveiro.
É o que se depreende do tempo que o caudal de cheia demorou a chegar cá.
Por isso é que a Margem Esquerda deixou de dar notícias.
Desde Domingo.
Vamos esperar que as águas baixem para saber o que se terá passado daquele lado.
É o que se depreende do tempo que o caudal de cheia demorou a chegar cá.
Por isso é que a Margem Esquerda deixou de dar notícias.
Desde Domingo.
Vamos esperar que as águas baixem para saber o que se terá passado daquele lado.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Seu Jorge
Ele está prá chegar! Os bilhetes já cá cantam!
terça-feira, 6 de outubro de 2009
O remédio
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
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