A propósito da candidatura conjunta ao Mundial de 2018, tem-se falado sobre o que une portugueses e espanhóis.
Mas há certamente muito mais diferenças do que semelhanças.
Uma das diferenças passa pela exaltação dos símbolos de cultura populares que os espanhóis sempre fizeram e que os portugueses só agora e timidamente, começam a fazer com o fado.
Recebi via mail o link para este concerto sinfónico com castanholas:
Isto para não falar no universalmente conhecido Concerto de Aranjuez.
Será que há algo do género com guitarra portuguesa ou cavaquinho?
Ou, como tive oportunidade de assistir numa discoteca em Madrid em que, após algumas músicas da moda, aparecia em palco um grupo de bailarinos de "Sevilhanas", dançavam 2 ou 3 músicas e toda a malta da discoteca acompanhava. Imaginam um vira ou um corridinho numa discoteca in em Portugal?
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
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3 comentários:
E cá venho eu expor uma teoria armada em esperta. É assim: Tenho cá para mim que o falecido Salazar assassinou o nosso folclore nos anos 40. Cometeram-se actos como vestir os campinos de verde e vermelho e outros ainda piores. Já li sobre isto mas de repente não me lembro das mais cómicas, deve ser da idade. A verdade é que o nosso orgulho ficou ferido de morte e só se reerguerá com muita dificuldade. E com tempo. O que era genuíno passou a ser parolo. É mau.
Acho que felizmente já começamos a perder os complexos. Estive há dias num espectáculo do Júlio Pereira que bem o mostrou. Quanto ao fado, não concordo que seja canção nacional. É canção de Lisboa e não me diz nada a mim, pessoalmente.
Já uma vez escrevi sobre isto. Se tiver pachorra para ler, está aqui: http://farinhamparo.blogspot.com/2005/09/as-melhores-tcnicas-para-fazer-sexo.html
Ah, e o título é só engodo.
Com cavaquinho, há. Temos o maior executante de ukelele do mundo, Julio Pereira, que actuou em Aveiro na passada sexta-feira (a casa não estava cheia). Há muita coisa boa que em todo o país resiste, os festivais de música folk que pupulam (e com muito sucesso como Sines) são exemplo disso. Às vezes as análises sobre nós próprios como povo caiem neste foco redutor, mas um olhar mais exaustivo faz perceber que em Portugal se fazem coisas boas e com grande noção da identidade e do que é realmente tradicional (só não estão nas televisões e no grande público. Numa discoteca não passa corridinho, mas em Espanha não há uma mega discoteca como é o Andanças, em São Pedro do Sul. As diferenças entre Portugal e Espanha neste ponto residem na visibilidade e na vontade do grande público.
Cumprimentos,
JV
E VIVA ESPANHA!
Aqui tão perto e ao mesmo tempo tão longe!
Teresa
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