Muita tinta tem sido gasta nos últimos dias pelo facto da Dra. Manuela Ferreira Leite ter usado um carro do Governo Regional da Madeira na deslocação a este arquipélago.
Acresce a este caso a deslocação do Secretário de Estado da Saúde a Aveiro para participar num debate, utilizando o carro oficial e, notícia de hoje, o facto de José Sócrates ter estado no Palácio de S. Bento a preparar o debate de hoje.
Todos estes casos são, na minha opinião, pura palermice.
Reconheçamos todos, sem excepção, que um governante ou um autarca, que se recandidata ao seu lugar, não vai deixar o cargo para o qual foi eleito para ser candidato, sob risco de o Governo ou as Autarquias pararem nas últimas semanas antes das eleições.
Deixemo-nos todos de tretas e denunciemos a tão habitual duplicidade de cargos, normalmente sob a capa de Fulano de Tal, na sua qualidade de líder partidário, etc...
Se um Primeiro-Ministro, seja ele qual for, estiver num acto partidário e houver uma catástrofe ou uma situação anómala, alguém criticará que ele, desde o local onde se encontra, comece de imediato a tratar da situação?
Julgo que após 35 anos de democracia é tempo de sermos todos honestos e reconhecermos com naturalidade que estas situações ocorrem, são comuns, e não criam vantagem nenhuma a quem ocupa esses cargos.
A alternativa para esta situação é que um qualquer titular de um cargo político seja obrigado a suspender o seu mandato se for recanditato numas quaisquer eleições.
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