Foi com pena que li o comunicado da Comissão Administrativa do Beira-Mar em que sé dá conta do encerramento do complexo de piscinas, por falta de condições higieno-sanitárias.
Esta falta de condições resulta certamente da falta de manutenção que deveria ter sido efectuada ao longo dos anos e também da obsolescência da maquinaria que, provavelmente, já teria cumprido o seu ciclo de vida útil.
As próprias exigências a que os equipamentos estão hoje sujeitos a nível de balneários, implicariam igualmente obras de remodelação que não deixariam de aumentar os custos com aquele equipamento.
Os clubes desportivos esquecem, muitas vezes, que os equipamentos que utilizam para a prática das suas modalidades, têm custos. Já não se esquecem de comprar mais um brasileiro para reforçar o ataque do futebol, ou um poste americano para a equipa de basquete ou um ponta montenegrino para a equipa de andebol. Como o dinheiro não é elástico, naturalmente que a gestão do património é relegada para último lugar. E não devemos esquecer que, se na área desportiva já há muitos casos em que a gestão é profissional, a gestão do património é feita com a boa vontade das direcções e de alguns amigos dos clubes.
A dúvida que me assola é qual o papel que o Estado – seja ele representado pelo poder central ou autárquico – pode (deve) assumir nestas situações.
Será que se o Estado assumisse a propriedade das instalações desportivas e as colocasse à disposição da sociedade civil, teríamos melhores instalações? Ou, se fossem pertença do Estado, não estariam sujeitas às mesmas regras que o Estado impõe para as instalações privadas?
Será que já alguém se preocupou em comparar o que se passa em Aveiro com o que se passa noutros concelhos? Ou comparando o que se passa em Portugal com o que se passa noutros países?Voltando às piscinas do Beira-Mar, para mim ficará a recordação dos Campeonatos Nacionais de Natação que ali se realizaram em 2007, com um ambiente fantástico aproveitando as condições que a envolvente oferecia e com resultados fantásticos a nível desportivo.
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2 comentários:
Num momento em que a cidade aposta na construção do seu Parque da Sustentabilidade, não é paradoxal que esteja disposta a abdicar de um equipamento desportivo que se localiza bem no coração do Parque (próximo das escolas e da
universidade)?
O que têm os responsáveis e os cidadãos a dizer sobre isto?
José Carlos Mota
Nada, não vale a pena dizer nada, é preciso é reagir e votar bem, pois no limite a responsabilidade é de todos. Quem não tem estratégia para o Concelho e para a cidade tem que arranjar emprego noutra àrea.
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