segunda-feira, 29 de setembro de 2008

The King of Cool


Em boa verdade, não se pode ter pena de quem parte depois dos oitenta com uma vida tão completa. Paul Newman deixará em todos uma boa memória; é isso a imortalidade, o que perdura de nós nos outros depois da partida. De muito do muito e bom que fez, ficam-nos os registos: os filmes magistrais, as obras que ergueu, o testemunho que deixou. A apologia corajosa que fez da compatibilidade entre ser um gigante e um regular guy ao mesmo tempo.
Quando se fala dele, vejo de imediato uma cena de Gata em telhado de zinco quente, intenso, visceral and yet, cool.
Paul Newman era o último sobrevivente de um trio maior do que o mundo, todos diferentes, porque personalidades fortíssimas e únicas, mas todos com um denominador comum: uma revolução interior em curso, duma dimensão que podiamos adivinhar, mas nunca perceber totalmente. Boys with the thorn inside. Dean, Brando e Newman.
Mas, há todo um legado que não realizamos à primeira. Sem pensar nisso, dou por mim embevecido com os Shooters deste retrato, que ele sempre usou, que eu comprei e uso sem pensar nisso, aparentemente. O Daytona cronografo que todos desejamos (e o MCF já tem!) leva o nome de Paul. As gravatas de malha, os blazers de bombazine, as camisas oxford, as 501... Todos, de alguma maneira, o copiamos. Falta-nos aquele olhar. A bem dizer, quase tudo.

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