Há fins de semana que nos fazem ansiar por segunda-feira.
Sexta ao final do dia descobri que é bem melhor ter uma empregada de Cabo Verde ou dum qualquer país de leste em vez duma portuguesa genuina dos suburbios. As empregadas de fora do país não voltam para as suas casas ao final do dia, as dos suburbios acham isso natural. Do Porto a Gondomar ir-se-ia num instante, em menos de meio charuto de Valentim, nada mais errado. Chega-se mais rápido a Londres do que a S. Pedro da Cova. As estradas não acabam, são todas iguais, e, quando finalmente chegamos, percebemos o nome e passa-nos pela cabeça o pensamento de S. Pedro, contemplando a cova... No regresso rezamos com todas as nossas forças a S. Pedro, para não nos perdermos, para chegarmos a casa sãos e salvos, uma hora e quarenta e cinco depois da partida. A D. Natália vale bem o esforço, mas espero não ter de repetir.
A madrugada foi de debate, interessante sem ser estimulante, com Obama num bom registo esperado e McCain a surpreender pela positiva. Empate tecnico, dizem os especialistas e eu concordo. Foi pouco para manter uma Obamista acordado até às cinco...
8h30 de sábado comecei a mudança de casa. Ressacado da quase directa, comecei a ver despir-se triste a casa onde fui feliz nos últimos seis anos. Acauteladas as peças mais queridas, decidi mudar eu o sistema de som, o.k., os sistemas de som, também fiz trabalho braçal.
13h00, almoço de homenagem ao Eng. Louis Fanchamps. Não poderia faltar, a P. compreendeu e aguentou sozinha parte da mudança. Que a mudança de vida do Eng. Fanchamps lhe traga também ainda muitos bons momentos de felicidade e realização, é que homens assim fazem sempre falta, marcam sempre as pessoas e os sítios por onde passam.
17h00, mais mudanças, o fim da parte heavy-duty. A casa antiga já não é, e a nova ainda não está. Vamos ser hospedes até quarta-feira, ou quinta.
21h00, festa de anos da Marta. 18 anos. Como poderiamos faltar? Tios que se prezam não perdem momentos destes. A Zé e o Zé, mais uma vez surpreenderam, desta vez à beira-rio. Sítio muito bem escolhido, paparoca deliciosa, vinhos do melhor e companhia inexcedível. Aguantámos até à uma! Iamos adormecendo a caminho de casa...
Domingo, 7h30, ouvimos um estrondo. A Francisca, a caminho dum quarto de banho desconhecido, deu um tombo, rachou a cabeça. 15 longos minutos para chegar o INEM. Ida ao Sto. António. Telefonemas a acordar os bons amigos de sempre, perguntas de pais aflitos. Graças a Deus, tudo bem, apenas uma marca de guerra com dois centimetros.
Voltamos à mudança e deixamos os outros na praia. Hoje só nós, roupas, livros, discos... pó, muito pó, tosse e alergias...
E chegamos aqui, no estado que facilmente se imagina, mas com um restinho de energia para postar esta fantástica aventura, este fim-de-semana que também acontece a gente normal, como nós. Até amanhã.
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