domingo, 24 de agosto de 2008

Restart


É facto que Obama, com a luta sem tréguas que sofreu dentro do próprio partido, teve uma over-exposure que o fragilizou junto do eleitorado. A obamamania excedeu o razoável e foi o próprio a decidir férias recatadas para dar descanso à opinião pública. De outra forma não se consegue explicar o insólito empate técnico com McCain que as sondagens anunciam.
Ainda é muito cedo e Obama revela novamente a sua inteligência e pragmatismo político com a escolha do candidato à Vice-Presidência; Joe Biden is the man for the Job.
Obama precisa de gente experiente. Biden é senador do Delaware desde 1973. Precisa de gente com experiência em política externa. É a especialidade de Biden. Obama sai desajeitado quando bate em McCain. McCain bate com um sorriso. McCain é que está certo: política não é uma arte para os frágeis. Ao não responder os ataques que lhe dirigem, Obama parece fraco. Biden bate bem – e com um sorriso. Obama mantém a imagem de bom rapaz e resolve o problema sem parecer fraco. Biden foi a favor da guerra, também. Mas, como McCain, é um poço de ideias de como resolver o imbróglio. Biden tem cabelos brancos.
Governadores não trazem a experiência nacional e internacional. Jovens reforçam a imagem de inexperiência. Biden complementa Obama nos seus pontos fracos. Fecha o argumentário.

Que fará agora McCain? Arranjará nas fileiras repúblicanas um jovem idealista e mobilizador para a candidatura à vice-presidência?

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