quinta-feira, 28 de agosto de 2008

"Just a regular guy"


Como disse o RA, no post anterior, a Vanity Fair deste mês está soberba, uma obra prima do bom gosto e da qualidade jornalística. Só pelas fotografias, vale a pena ser vista; a começar pelo portfolio do fotografo Mark Seliger; Carla Bruni, fotografada por Annie Leibovitz; as fotografias das supermodelos Naomi Campbell, Cindy Crawford, Linda Evangelista; Claudia Schiffer, Stephanie Seymour e Christy Turlington; as fotografias do vale de Katmandu pelo fotografo Robert Polidori.... Mas, as peças jornalísticas também merecem uma leitura atenta. Destaco, aqui, a reportagem de Patricia Bosworth sobre o actor Paul Newman: fala da pessoa, do homem, na sua essência, e do porque da sua longevidade como actor. Paul Newman, em fim de vida (diz-se que veio para casa para morrer de cancro), foi mais do que um actor premiado e sex-simbol. O respeito que granjeou ao longo décadas deve-se a uma nobreza de carácter que conquistou milhões de pessoas. Paul Newman é um homem multifacetado; acima de tudo, um homem de família empenhado em preservar a sua privacidade; corredor de automóveis; realizador e argumentista; activista político; empresário de sucesso; e um empenhado filantropo. É desta faceta do seu carácter que gostaria de falar, de seguida.
Na vida real, Paul Newman tem desempenhado o papel do "Bom Rapaz", usando a sua notoriedade para apoiar causas nas quais acredita.
Em 1980, uma semana antes do Natal, Paul Newman decidiu fazer o seu famoso molho de saladas para oferecer aos seus amigos como presentes de Natal. A ajudá-lo estava o seu amigo Hotch. De repente, Paul teve a ideia de começar a comercializar os seus molhos de saladas. Com a ajuda do seu amigo Hotch fundou um império que vale milhões. Hoje em dia, comercializam molhos para saladas, molhos para esparguete, limonadas, bolachas… Todos os lucros deste negócio são canalizados para ajudar instituições de caridade. Vinte e cinco anos depois, as doações para diversas organizações excedem os 250 milhões de dólares. Mas, Paul Newman, queria fazer mais: queria criar a sua própria instituição de caridade. Em 1985 criou um campo de férias para crianças com doenças terminais: cancro, Sida...Um campo onde as crianças possam usufruir das alegrias da infância sem comprometer as suas necessidades médicas; um campo que seja "um mundo de possibilidades e não de limitações". Neste Campo, as crianças não pagam nada. Newman chamou a este campo de férias:"Hole in the Wall Gang Camp". Até hoje, mais de 114.000 crianças frequentaram este campo.
“Michael Brockman, colega nas corridas de carros, define Paul Newman desta forma: "one of the best guys I ever met."... "He’s just a regular guy".

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