segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O Governador do desgoverno

Mais uma vez o Governador, não o Civil mas o do Banco de Portugal, falou.
E, mais uma vez, para não variar, disse asneira.
Está correcto que estamos em crise, está correcto que temos de fazer sacrifícios. Todos estamos de acordo.
Agora quando o cavalheiro se refere a aumentos de salários, talvez fosse melhor fazê-lo apenas no que respeita à chafarica que lhe pagam para dirigir mas que, aparentemente, não o faz.
E quando vem falar de aumento de impostos, deve estar a relembrar os seus tempos em que fazia parte do Governo.
Surpreendente mesmo é o facto de não referir, nem por uma vez, que a despesa pública tem de diminuir, muito, e que o Estado, no seu todo, tem de procurar ser eficiente e fazer as poupanças por essa via, acabando de vez com o desperdício que todos nós, todos os dias, vemos quando contactamos com serviços públicos.
Se fosse esse o discurso de alguém com as responsabilidades de Vitor Constâncio, certamente que todos estariam de acordo com ele. Da forma como o faz, só o PS aplaude. E Portugal vai muito além dos interesses socialistas.
Esperemos que o BCE o chame para um belo tacho em Frankfurt e que alguém competente o substitua por cá.

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