O "Caso Provedor" é mais um escândalo da República. PS e PSD andaram a brincar com o assunto e foi preciso Nascimento Rodrigues perder as estribeiras para perceberem que o assunto tem mesmo de ser resolvido.
O bloco central encarou o processo como a nomeação de mais um boy: não só colocariam mais um amigo, como garantiriam o controlo de mais uma instituição do estado. Pequeno pormenor, a Provedoria deveria ser um poder independente...
A sucessão de nomes na praça pública só serviu para ir queimando os possíveis provedores. As propostas vincadamente partidárias como António Arnault ou Freitas do Amaral, foram de imediato incineradas; o problema é que a contenda permitiu que se queimassem do mesmo modo nomes credíveis como Jorge Miranda.
O bloco central já provou a absoluta incapacidade para resolver a questão.
Paulo Portas esteve bem ao propor a mediação de Jaime Gama, segunda figura da hierarquia do estado, e a participação séria e discreta de todas as forças parlamentares. Manuela Ferreira Leite, consciente do beco sem saída em que se encontra o processo, aderiu responsávelmente à proposta de Paulo Portas. O PS recusou. Apesar de ter motivo óbvios para confiar em Jaime Gama.
Mas, o problema é outro. Para o PS de Sócrates, tudo serve para afirmação de força e de teimosia, tudo vale para tentar controlar todas as vias do funcionamento do estado. Até a magistratura!
Sem comentários:
Enviar um comentário