Mas será que quando o primeiro ministro vai á ópera, é suposto esperar pela sua chegada e retardar o início do espectaculo até que ele esteja bem sentado no seu lugar? Obviamente NÃO.
Um espectáculo de ópera não é um acto oficial, nem Sócrates vai a ópera na veste de primeiro ministro, em funções oficiais. Mesmo que a opera seja um programinha social nocturno para entreter um qualquer dignitário estrangeiro.
Por isso, o que se passou no CCB foi pura e simplesmente uma falta de respeito de Sócrates pelos concidadãos, que, indignados reagiram em conformidade pateando a entrada em cena – no camarote VIP – do cidadão primeiro ministro e respectiva namorada.
Uma reacção justa e á medida, portanto.
Convenhamos que esta mania de Sócrates se ter em alta conta e se considerar bem acima dos demais concidadãos é directamente proporcional á sua enorme intolerância e irritação face a noticias incómodas e opiniões críticas, e aos esforços que desenvolve para condicionar e intimidar o exercício do direito a informar dos jornalistas, o exercicio correcto do poder judicial, e para condicionar empresas e instituições aos interesses partidários e eleitorais.
A julgar por aquela vaia, parece que finalmente os eleitores se dão conta e se mostram fartos da sobranceria oca de José Socrátes.
Aquela vaia foi um sintoma e um bom ensaio para as eleições que se avizinham.
1 comentário:
Quanto ao último parágrafo, espero que tenhas razão. Quanto ao resto, uma cena deprimente típica daqueles paises de quarto mundo ficcionados no McGiver... E a Câncio que se apregoa tão civilizada!
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