quinta-feira, 19 de março de 2009

O CDS e a Europa


Como ponto prévio, quero deixar claro que o facto de já se conhecerem alguns cabeça de lista ao Parlamento Europeu, em nada deve condicionar o tempo de escolha e a qualidade de escolha do CDS.
Tal, não livra o partido da escolha e, sendo as europeias o primeiro de três rounds, convêm que vá a votos a melhor equipa disponível. Não acho que estas eleições determinem as seguintes, mas podem criar um factor de conforto importante.

De entre os militantes activos, o partido tem dois nomes fortíssimos: António Lobo Xavier e Luis Nobre Guedes (pela amizade que me une aos dois, a ordem de apresentação foi meramente alfabética). Com personalidades diferentes, são ambos homens do partido com uma projecção social que ultrapassa largamente as fronteiras do aparelho. Têm ambos percurso profissional de topo e independente da política, pensamento próprio e espirito livre. Lobo Xavier e Nobre Guedes têm o perfil daqueles que os portugueses gostariam de ver mais envolvidos na política.
Partidáriamente, é conhecida a independência e algum distânciamento de ambos em relação a Paulo Portas; a candidatura de qualquer um dos dois seria sinal de união e engrandecimento do partido. Geralmente, estas uniões de esforços e compromissos são compensadas em votos.

Outra via, será Paulo Portas recrutar um valor da dita sociedade civil. Ao fazê-lo, teria de surpreender; uma figura esgotada como Bagão Felix pouca ou nenhuma mais valia traria em termos eleitorais.
Paulo Portas mantém a capacidade de surpreender, é muito atento e é um bom "head-hunter". Personalidades independentes e com nitido desejo de participação cívica, como por exemplo Rui Moreira, ou numa geração diferente Ludgero Marques, seriam uma mais valia em face do painel de concorrentes para já conhecido.

De fora, ficarão dois candidatos a que reconheço qualidade: Maria José Nogueira Pinto e José Ribeiro e Castro. Infelizmente, cada um à sua maneira, encarregaram-se de inviabilizar perante o partido e perante o país qualquer tentativa de recuperação, por mais bem intencionada que fosse...

Ao escrever isto, não faço a menor ideia da disponibilidade pessoal e profissional dos citados, tão pouco o partido discutiu o que quer que seja sobre a matéria, tudo não passa duma reflexão sobre o que considero os cenários mais desejáveis.

1 comentário:

Anónimo disse...

"A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes." - Winston Churchill.
CP- Friday13