sexta-feira, 20 de março de 2009

Gran Torino


Não acredito que este seja o último filme de Eastwood. Talvez como actor. Aí sim, há um final para o personagem que se confunde demais com o actor. Walt aparece declaradamente como o fim da linha de todas as encarnações anteriores de Eastwood.
O filme é brilhante a todos os níveis: música de excepção, fotografia de luxo, timing perfeito, uma optima história, bons actores e Clint Eastwood a realizar e protagonizar. Alguem quer mais alguma coisa??? Não hesito em declara-lo a obra-prima da temporada.
Em alguma coisa este filme tocou o Vale de Elah e o Lions for lambs: são filmes de guerra, do que perdura da guerra dentro dos homens. São filmes de uma americanidade interior, tão orgulhosa quanto amarga e dificil.
Na essencia, há um percurso de expiação e redenção. Mas, é também um ritual de iniciação, uma passagem de testemunho, um manifesto de esperança na natureza humana, frio e realista, mas suficientemente sensível e emotivo.
Em torno deste percurso complexo, há uma história lindíssima e intensa.
Há um homem solitário, independente e, acima de tudo contraditório, que nos fala como muito poucos sabem.
Como diria Walt, a hell of a fuckin great movie!

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