quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

OAmbassadors


Nunca tive dúvidas sobre o maior activo dos Estados Unidos: a sociedade civil. Desde os chamados "pais fundadores", há com naturalidade uma consciência cívica intrinseca que prepassa toda a sociedade americana.
Estava hoje a zappar e, uma breve paragem no programa da Oprah, fez-me ficar. A comunicadora de massas, figura incontornável política e social, lançou mais um interessante projecto: os OAmbassadors.
Um pouco à semelhança dos nossos Leigos para o Desenvolvimento, Oprah lança uma mega operação de mobilização de jovens e de captação de fundos para ajuda a comunidades sub-desenvolvidas em pontos críticos do globo.
O testemunho dos primeiros 12 OAmbassadors, que estiveram no Quénia a construir uma escola e a abrir um poço para uma pequena comunidade, foi revelador e tocante. É a receita perfeita porque todos dão a todos, todos crescem e melhoram com a experiência.
Francamente, não sei se ganhou mais o menino que tem uma escola nova, se o jovem a quem foi dada a oportunidade de apreender a vida de forma muito mais rica e completa. Por um lado, dar escolas a África é o modo mais sério e sustentável de apostar no desenvolvimento; por outro lado, levar jovens do dito primeiro mundo a tomar contacto com as diferentes realidades do mundo, abre horizontes e pode criar a mudança de mentalidade necessária para a tão almejada solidariedade norte-sul, um desenvolvimento mais harmonioso do mundo no seu todo. Entre os milhares de jovens americanos envolvidos neste mega-movimento, estarão muitos que ocuparão cargos de poder a diversos níveis, a intensidade desta experiência poderá fazer a diferença no futuro.
Para além das carencias urgentes conhecidas, África precisa deste investimento de raiz e a prazo, a tal aposta em dar a cana e ensinar a pescar. Neste sentido, trabalham também muitos jovens portugueses nos já mencionados LPD. Pena é que, apesar do razoável mediatismo do Pe. António Vaz Pinto, não haja uma divulgação correcta do excelente trabalho desenvolvido, o que certamente serviria de estímulo a muitos jovens que precisam de um "empurrãozinho". Ficariamos todos a ganhar. É que África precisa de ajuda, mas Portugal precisa desesperadamente de gente bem formada.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bravo! Apoiado.
MV