Hoje, todos os nossos ilustres colaboradores falaram do tempo; metereológico, político, vivencial, quotidiano, biográfico, cultural e civilizacional. Há o tempo mensurável, e há o nosso, feito por nós, à nossa medida, pontuado por tempos fortes e tempos fracos, numa linha continua inexorável a caminho do desconhecido.. Eu, só tenho pena, de não ter tempo para desperdiçar tempo.
Não resisto a deixar este curioso poema sobre o tempo:
Deus pede estrita conta do meu tempo
E eu vou, do meu tempo, lhe dar conta;
Mas, como dar, sem tempo,tanta conta,
Eu que gastei, sem conta, tanto tempo?
Para dar minha conta feita a tempo
O tempo me foi dado e não fiz conta;
Não quis, sobrando tempo, fazer conta,
Hoje quero acertar conta e não há tempo.
Oh vós que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passa-tempo;
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta.
Pois aqueles que, sem conta gastam tempo,
Quando o tempo chegar de prestar conta,
Chorarão como eu, o não ter tempo.
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