sexta-feira, 6 de junho de 2008

YSL


Hoje o Los Angeles Times publicava uma fotografia de Sarko e Bruni de luto. Era o enterro de Yves Saint Laurent e toda a França o chora. O mundo não é indiferente. As palavras de Bergé, seu sócio e amante de longa data, sublinharam na justa medida o génio do mestre e ecoaram na imprensa à escala global. Na cerimónia fúnebre, para além do casal Sarkozi e de Pierre Bergé, destacavam-se Bernard Henry-Levy, Mme. Chirac, Bertrand Delanoe, Catherine Deneuve e reputados estilistas e modelos. A cerimónia terminou com "La chanson des vieux amants" de Jacques Brel.

Saint Laurent, sem dúvida o mais inspirado estilista da segunda metade do século passado, teve o condão de transformar a moda em cultura. A sua influência chega às ruas de hoje e encontra-se na Zara ou na H&M; mais do que uma linha caracteristica, criou uma forma de estar para a mulher do seu tempo.

Sempre admirei a elegância intemporal das criações de Saint Laurent, pessoalmente sinto que lhe devo a mulher de smoking, pináculo da elegância feminina, e a coragem de nunca ter preterido a sua musa de sempre Catherine Deneuve, mostrando ao mundo a sua admiração pela beleza das diferentes épocas da vida da mulher. Não é pouco.

No fim do seu elogio, Bergé, de voz embargada, constatava que não mais se comoveriam juntos perante um quadro descoberto, mas acalentava a esperança de se encontrarem um dia passeando numa palmeraie do seu Marrocos adoptivo. Que assim seja.


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