O primeiro-ministro José Sócrates enfrenta hoje a terceira moção de censura no Parlamento e mais uma manifestação nas ruas.
Numa conjuntura económica que piora de dia para dia, o Governo já reconheceu que poderá não conseguir cumprir as promessas feitas no início da legislatura.
Numa conjuntura económica que piora de dia para dia, o Governo já reconheceu que poderá não conseguir cumprir as promessas feitas no início da legislatura.
Apesar de ter reduzido o défice público, é patente que as famosas reformas da segurança social, da administração pública, da simplificação administrativa e da educação apenas se iniciaram e logo ficaram incompletas ou suspensas, com o recuo do Governo perante a contestação dos sectores em causa.
Em 2009 quando enfrentar novamente eleições legislativas, José Sócrates corre sério risco de oferecer nada mais do que quatro anos sem prosperidade económica, com aumento da carga fiscal, subida dos preços dos bens essenciais e o acentuar de desigualdades e pobreza social.
Neste momento, os consumidores estão mais pessimistas do que no início de 2005, ano em que o PS venceu as eleições contra Santana Lopes em Fevereiro: os valores de Maio de 2008 medidos pela Comissão Europeia expressam um pessimismo só registado em 2003, ano da última recessão.
Segundo as últimas previsões de Bruxelas, a economia deverá estar agora a crescer 1,6%, um valor que é praticamente igual ao registado em 2004, ano do consulado repartido entre Durão Barroso e Santana Lopes.
Os grandes números revelam poucos progressos nestes ultimos 4 anos. Ou seja, são 4 anos perdidos: uma legislatura com saldo zero.
A única grande vitória, até agora, é o défice público, mas até essa pode não durar:
A crise da economia pode levar o défice a subir de novo, perdendo-se o esforço feito na primeira metade da legislatura. Além disso, José Sócrates pode cair na tentação de combater a crise com mais despesa ou corte de impostos.
Portanto, é bem provável que até no défice público, José Sócrates vá terminar o seu mandato pior do que começou. Com o que, seria uma legislatura com saldo zero, ou menos ainda....
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