sexta-feira, 13 de junho de 2008

Arte


Tem havido nos últimos anos uma aposta das grandes sociedades de advogados (algumas clínicas também) na constituição de um espólio de arte. É bom, estimula a criação, promove as artes e aproveita aos próprios que usufruem das obras, partilham-nas e ainda asseguram um bom investimento.
Mais interessante ainda, é quando um advogado de topo, sócio de uma das maiores sociedades do país, faz o percurso inverso e passa de mero consumidor a produtor de arte; falo do artista plástico Eduardo Verde Pinho.
Conheço o Eduardo Verde Pinho há muitos anos e sempre o vi como uma pessoa com uma capacidade invulgar de agarrar e saborear a vida, talvez seja esta a receita do seu sucesso. Da música à pintura, das viagens à comida e aos vinhos, o Eduardo é um verdadeiro connoisseur. Esta atitude de conhecimento e exigência perante o que consome terá condicionado certamente a sua produção artística. A expor desde 2005, nunca senti, desde o início, o factor "primeira exposição"; cada trabalho exposto revelou sempre uma criação pensada e amadurecida, momentos de inspiração que transcendem o momento fisico da criação. O factor novidade e a diversidade temática de exposição para exposição estimulam o interesse e fazem-nos correr a cada uma com grande expectativa. Hoje tive o prazer de assistir ao desvendar de mais uma exposição do artista, mais uma vez diferente, mais uma vez brilhante. A única linha condutora evidente, para além da qualidade constante da obra, que me atrevo a arriscar é a sua absoluta contemporaneidade, a interpelação do presente, tão forte como só Basquiat me fez sentir.

- Eduardo, desculpa a eventual selvajaria das minhas apreciações!

Corram lá a ver! Está na Galeria Minimal, na Rua Miguel Bombarda, 221, aqui no Porto. Abre ao público no próximo Sábado 14 e estará até 15 de Julho das 14 às 19h (Sábados das 15 às 19.30).

1 comentário:

Anónimo disse...

Lá estarei R., obrigado pela dica! Abraços, PLS