Há quem lhe chame perfil; prefiro outros termos, qualificações, competências, arte, chamem-lhe o que quiserem.
Tenho dado por mim, ao longo destes dias de pausa na "escrita" a pensar, ou reflectir, acerca da falta de aptidão, capacidade, qualificação, enfim, perfil, de gente que conheço e que não conheço para ser o que é e para estar onde está, fazendo o que faz e, sobretudo, almejando ser mais, querer mais, ir mais longe, interagir de uma forma mais directa com a vida dos que os rodeiam.
Incluo-me a mim próprio nesse leque, obviamente e como não podia deixar de ser.
A algumas conclusões cheguei, talvez por não ser destituído de todo de alguma capacidade de pensar...
E talvez a mais importante, para mim logicamente, foi a de que todos nós nos achamos sempre no direito de ir mais além (seja em que aspecto das nossas vidas for) e ser mais importantes do que aquilo que efectivamente somos. Algo que não pode deixar de ser considerado um legítimo direito, desde que e sempre quandoesse direito não contunda com os direitos ou liberdades de outros.
Esquecemo-nos, no entanto e a maior parte das vezes, de algo tão fundamental como a autocrítica e a autoavaliação constantantes e diárias, ferramentas de tal forma importantes que, se as não utilizarmos com a exigida regularidade, transformamos algo que até poderá ser uma legítima ambição - o sonho de chegar um pouco mais longe na vida de cada um de nós - em algo que um dia alguém, com alguma propriedade resolveu chamar "umbiguismo".
Do mais alto e mais importante governante deste País, ao mero aspirante a sê-lo, num qualquer burgo perto de nós, ao simples e contudo importante amigo ou amiga, é triste e às vezes amargo reconhecer que o mal ou a doença é ou são os mesmos e têm um só nome: umbiguismo.
1 comentário:
Notável exercício de autocrítica!
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