O Economist traz hoje um relato impressionante sobre as actuais dificuldades de ser Mulher na Arábia Saudita. De acordo com as imposições legais ali vigentes, as mulheres são consideradas incapazes e, por isso, impedidas de estudar, trabalhar, viajar, casar, testemunhar perante um Tribunal, celebrar um contrato ou até de submeter-se a tratamento médico sem o consentimento expresso de um parente do sexo masculino que será o pai, o marido, ou, menos frequentemente, o avô, o irmão, ou mesmo o próprio filho.
É esta imposição de um "guardião" masculino sobre mulheres adultas o maior obstáculo dos direitos fundamentais da mulher como ser humano.
O seguinte relato verídico é ilustrativo:
"Da primeira e da segunda vez que o marido a alvejou a tiro, ela – mulher de cerca de trinta anos - foi aconselhada a apresentar queixa. Ela explicou que só o poderia fazer - apresentar queixa – na presença obrigatória do seu guardião masculino que é o…. marido. Sem ele, o testemunho dela não seria legalmente válido. Além disso, os polícias (todos homens) poderiam acusá-la de "se misturar" com o sexo oposto, o que é um crime aos olhos dos Tribunais da Arábia Saudita. A terceira vez que o marido a alvejou ela morreu."
"Da primeira e da segunda vez que o marido a alvejou a tiro, ela – mulher de cerca de trinta anos - foi aconselhada a apresentar queixa. Ela explicou que só o poderia fazer - apresentar queixa – na presença obrigatória do seu guardião masculino que é o…. marido. Sem ele, o testemunho dela não seria legalmente válido. Além disso, os polícias (todos homens) poderiam acusá-la de "se misturar" com o sexo oposto, o que é um crime aos olhos dos Tribunais da Arábia Saudita. A terceira vez que o marido a alvejou ela morreu."
Apesar de ter subscrito vários acordos e proclamações internacionais sobre os direitos das mulheres, o governo saudita pouco faz para modificar este sistema vigente, que decorre da sharia (lei religiosa islâmica).
Não é demais repetir e amplificar que por causa do fundamentalismo islâmico as mulheres continuam privadas de direitos fundamentais em pleno século XXI.
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