quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

No Country for Anxious Men

É já mais do que uma trilogia. Mas acho piada. Acho piada ao facto de uma expressão se tornar, subitamente, tão flexível e adaptável a realidades tão distintas.

Lazy men, Old men, Anxious men, o que mais virá por aí?

E pego nisto, em jeito de desabafo, simplesmente porque este é o meu estado de espírito relativamente a este País, a este estado das coisas, ao estado a que gente como aquela a que o R. se refere abaixo, nos trata todos os dias, todos os meses, todos os anos. Sem remorsos, sem sentimentos de culpa, sem qualquer tipo de consciência, sequer, do que estão a fazer a todos quantos, todos os dias, procuram e se esforçam ainda por acreditar que é possível acreditar.

Não neles, gente fraudulenta, mas no conjunto de forças e vontades que, desde Afonso Henriques decidiu que é Portugal que vale a pena, uno e inteiro.

Alguém me dizia ou escrevia, já nem me recordo, que talvez eu seja bastante ansioso e algo impulsivo; concordo. Em absoluto. E ainda bem que assim sou. Aliás, porque não somos todos assim, um pouco? Será que tudo não andaria um pouco melhor, agora?

Claro está que o contra argumento é sempre válido: a razão vencerá sempre o coração; a lógica e a frieza de raciocínio levarão a melhor sobre a forma apaixonada de viver e sentir um País, as pessoas, as causas, os efeitos que decisões, certas ou erradas, podem ter sobre aqueles que somos todos nós ou sobre os que nos estão perto.

Claro está também que nada nem ninguém me pode impedir de pensar; e pensar é a única arma que nos vai restando, limpa e livre, neste Portugal de hoje; “incomoda, como andar à chuva, quando o vento cresce e parece que chove mais”, como alguém escreveu, mas aí está, quem se resignar, acomodar, quem “engordar” e acumular calorias lá, onde o exercício deveria ser permanente, o máximo que poderá aspirar é vir a tornar-se um declarado oportunista, um triste e anódino ser amorfo, um pequenino rato de sacristia que, talvez em bicos de pés, seja notado; e muitos por aí saltitam…

É tão-somente por isto, e desculpem outra vez o desabafo, que vos digo, pegando na expressão de que passei a gostar: acho que para mim, este País deixou de ser. Nunca me resignarei, nunca me acomodarei, nunca deixarei de ir atrás daquilo em que acredito, como este nunca deixará de ser o meu País; mas vou tentar a minha sorte, talvez aqui, porque todos temos o direito de ser felizes.
So, this is No Country for Anxious Men, no more. At least for this one.

3 comentários:

RA disse...

Pués Diego, hombre, que con Zapatero las cosas no estan para grandes vuelos, todavia hay cosas que ni Zapatero las puede ensombrar. Por ejemplo, el salero andaluz, la afición a los toros, los pinchos y tapas, un buen tempranillo y un abanico anunciando una sonrisa de promesas mil...

zé das enguias disse...

Sempre me hás-de explicar quem é esse Diego...

Tá porreiro, pá! disse...

Com esse nome, e pesquisando no Google, só encontro futebolistas