quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Fini... to


Em dias de grande aperto para Romano Prodi, olho para Itália e não deixo de ver um pouco de Portugal. Os italianos, tão extremos na conduta e radicais no gesto, quedam-se pela limitada escolha do centrão sempre que vão a votos; diria que toda aquela exuberância se apaga à entrada da cabine de voto. Um passo adiante de Portugal, lá se livraram de um primeiro-ministro icontrolável e com tiques despóticos, para quê? Para, sem rasgo de imaginação, se lançarem na alternativa parda do centrão sem rasgo, imaginação, pior de tudo, sem esperança. Isto lembra-me alguma coisa...

Ali ao lado, Fini, mais jovem que Prodi ou Berlusconi, dinâmico, desempoeirado e com provas dadas. Fini, como muitos da sua geração, começou no jornalismo, reforçou com certificado académico, e, tendo começado com algum radicalismo tipico da juventude, evolui sem complexos tornando-se membro de pleno direito da nova geração de homens de estado. Partilhou o governo com Berlusconi, conseguiu o improvável: provou ser confiável sem chancelar os delírios da bête. Tive o privilégio de assistir a dois momentos públicos de Fini e de o conhecer, entre as escolhas disponíveis para os italianos, fiquei sem dúvidas. Não preciso de conhecer os outros.

Lá, como cá, se Fini fosse do centrão...

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