sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Condenada à Vida!


Bastards! Fuckin' bastards! Desculpem! A sério, desculpem! Quem me conhece sabe que não sou de praguejar, procurei a língua Shakespeare para não parecer tão forte, mas tinha de encontrar uma forma de verbalizar a minha raiva, o meu inconformismo.
Fui intimamente e publicamente um combatente da causa da vida, ainda sou, cada vez mais. Sou um democrata cumpridor e com critérios de auto-exigência elevados, sujeito-me a ser governado e representado por quem não gosto com cara alegre porque, a liberdade e a democracia para todos valem mais do que as minhas opções pessoais. A única questão que este apego à democracia não contorna é a defesa da vida; sou dos que acreditam firmemente que a vida humana não é referendável, não reconheço a ninguém capacidade para legislar atentando contra a vida, não sinto qualquer tipo de respeito pela lei do aborto, a lei quando é imoral não é lei.
Quando o grande debate se deu, tive a noção clara, que á semelhança de países como a Espanha, era o abrir da "caixa"; há por toda a Europa um pacote anti-vida muito acarinhado pelos jacobinos que dominam o poder socialista e de esquerda que infelizmente desgoverna países como o nosso. O famoso pacote abre com o aborto livre e compreende no seu seguimento o casamento de homossexuais e a eutanásia. O casamento homossexual não visa o reconhecimento de direitos e dignidade a quem quer que seja, visa a destruição do conceito cristão de familia, só. A eutanásia completa o ciclo eugénico começado com o aborto, virá com conceitos de ortotanásia primeiro, com cargas de romantismo e sentimentalismo encenados, até ao seu propósito único: a morte.
Era uma questão de tempo e de oportunidade, aconteceu hoje, depois das 8, na SIC. Uma pequena vitima, aos nove anos, de um avc, uma mãe que acha que os médicos não a deveriam ter mantido viva, os psicólogos a louvarem a "honestidade" da mãe como natural e saudável, um padre indefeso que ajuda uma mãe cada vez mais ateia, e um casting que corrobora que a pequena criança, hoje frágil e dependente, não deveria ter sido salva! Duas coisas falham nesta encenação insidiosa da SIC, primeiro, quem tem o minimo de sensibilidade não deixou de ver na criança o factor humano, o bem que faz aos outros nos sentimentos e acções que lhes desperta apesar de deitada, inerte e aparentemente silenciosa; segundo a máscara que cai quando bastonária dos enfermeiros e Rui Nunes, da suposta bioética, convergem no pensamento elevado que a sociedade portuguesa está muito mais preparada para a eutanásia depois de ter aprovado aborto livre!
Mundo triste e pequeno este em que vivemos! Hitler, há não muito tempo, aniquilava com base na raça, hoje, para uma sombria corrente com demasiada força, não importa a raça desde que sejam todos perfeitos, auto-suficientes e não corram o risco de sobrecarregar quem quer que seja. A solidariedade, para esta nova tribo do relativismo ético, faz-se através de um NIB que acalma estas consciências tão pequeninas.

Condenada à Vida era o titulo da noticia, que nojo!

2 comentários:

Anónimo disse...

Não vi a reportagem, mas a ser assim é mau demais. Mas não é novidade dada a parcialidade que asic teve na legalização do aborto.

Anónimo disse...

É o socialismo no seu melhor! O balseminho não estava zangado com a concessão do novo canal? Se calahar já está tudo arranjadinho!