Francamente, tive até agora coisas mais interessantes para fazer do que escrever sobre a nova presidência do PSD.
Pedro Passos Coelho venceu sem brilho, triunfou sem glória. Foi a vitória dos caciques. Não teve a seu lado Rui Rio, Pacheco Pereira, Arnault, Balsemão, Veiga, Marcelo nem precisou; teve Miguel Relvas e Marco António Costa e isso bastou! É este o PSD destes dias, de costas voltadas para o país, dedicado ao domínio do aparelho partidário.
Das ideias de Passos Coelho não falo, são vagas, frágeis e correria o risco de este post amanhã já estar desactualizado.
Contudo, é interessante dar uma vista de olhos á entrevista de Angelo Correia hoje a Mário Crespo.
O "padrinho" e mentor de Passos Coelho fez as únicas declarações políticas relevantes da nova presidência.
De forma surpreendente, preveniu Cavaco e não se coibiu de deixar bem patente uma ameaça numa formulação bem ao seu jeito: "é grave que Cavaco apoie o PEC do PS e que Alegre esteja em sintonia com o novo PSD..."
Para tentar pôr ordem na casa, admoestou violentamente Jardim.
Para fingir um lastro e cativar alguns barões, anunciou um senado de papelão.
Pelo meio, ficaram avisos, notas e promessas.
Se alguem tinha dúvidas, ficamos a saber quem manda em quem manda neste novo PSD, com a ajuda dos notáveis Miguel Relvas e Marco António Costa, claro está!
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