segunda-feira, 1 de março de 2010

Um Filme Singular

A Single Man (tradução portuguesa: Um homem singular) é o filme do ano. Refinado no gosto, com uma realização excepcional, é uma história intemporal sobre o amor, a vida e a morte. Para um estreante, Tom Ford, não se saiu nada mal! Brinda-nos com um filme universal, verdadeiramente humano, verdadeiramente perfeito e singular. Uma história que facilmente podia resvalar para o vulgar, nas suas mãos é de uma beleza única…Uma obra-prima.
Tom Ford consegue olhar para as pessoas para além das aparências: teologicamente falando, não olha, apenas, mas vê. Talvez por isso o olhar esteja sempre presente, com a câmara a penetrar, intimamente, nos olhos das personagens. E depois há o sublime discurso sobre o medo; o medo das minorias que nos torna desumanos.
E Colin Firth…uau… está um espanto e, apesar de representar um personagem gay, com certeza, não haverá mulher que não suspire ao vê-lo neste filme. Assim como os homens suspirarão por Julianne Moore, também sublime neste filme.
Ainda que não sendo um filme onde se evidencie algum tipo de militância gay, como o Brokeback Mountain, haverá sempre um punhado de espectadores que, vítimas do preconceito e da associada estreiteza mental, perderão o essencial desta obra-prima. Tanto pior para eles.
A ver, a rever e a reter.

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