Hoje é o Dia sem Carros (como é óbvio, ninguém deu por isso)
As actividades relacionadas com este dia, que há meia dúzia de anos bloqueavam por completo a cidade de Aveiro (e outras), para que alguns pudessem disfrutar o centro da cidade, cairam no esquecimento.
E se em Lisboa e no Porto ainda se continuam a proporcionar borlas nos transportes públicos neste dia (pudera, com o que as empresas de transportes recebem do Estado, bem que podem oferecer estas benesses ao povo), não haverá muito mais para além disto.
Mas será que já alguém fez as contas ao custo do transporte público ser gratuito? Sempre. Permanentemente. E de qualidade.
Que resultados traria para a vida nas cidades?
Certamente que os custos operacionais dos transportes aumentariam um pouco, pois um autocarro cheio gastará mais do que um vazio, mas os custos de pessoal e de manutenção seriam praticamente os mesmos.
E quais as receitas que uma medida destas poderia trazer à sociedade?
Certamente que com transportes grátis e de qualidade, a opção de deixar o carro em casa iria aumentar exponencialmente. Logo, o consumo de combustíveis iria diminuir e, por consequência, a qualidade ambiental aumentaria.
E, quem quisesse usar o seu carro particular, teria, neste caso, de pagar para entrar nas cidades e para estacionar.
Mas também o número de horas de trabalho "perdidas" no trânsito iria diminuir.
Como é que estes dois aspectos poderiam compensar o ligeiro aumento de custos e a diminuição de receitas dos operadores de transportes?
Dificilmente o fariam em termos directos e objectivos. Mas, a médio prazo, talvez pudesse vir a compensar no aumento da qualidade de vida das populações.
Haja alguém que tenha a coragem de experimentar. Não um dia, mas um mês, por exemplo. E assim já poderá haver um modelo real para analisar mais aprofundadamente.
Uma última palavra para a fotografia deste post. Saudades dos tempos do Colégio dos Carvalhos e dos autocarros da UTC de Domingo e 6ª feira.
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