quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Saúde 24


Tem sido recorrente nos últimos dias ouvir acusações por parte do Ministério da Saúde relativamente ao mau funcionamento da Linha Saúde 24.O problema desta linha, assim como de muitas outras linhas de informação/ajuda/atendimento, é a sub-contratação que as entidades/empresas fizeram relativamente a estes serviços, sendo que, no caso em apreço, a gravidade do problema é maior, pois trata-se de uma linha de apoio à saúde, cujo atendimento terá de ser imediato e eficaz.
Quem nunca teve uma experiência de ligar para um destes números, da PT, da EDP, até mesmo para o 112, onde, para além de tempos de espera mais ou menos prolongados até que seja efectuado o atendimento telefónico, é depois necessário contar a mesma história uma série de vezes ou explicar uma localização com todo o detalhe pois que está a atender não conhece o local em questão.
Se colocarmos uma questão ou uma dúvida que não esteja prevista nos guiões de atendimento, então passamos a ter um grande problema. O operador não sabe o que dizer, pois não trabalha sem rede, falar com um supervisor nem sempre é fácil, pois ou não estão ou não é possível ao operador transferir a chamada e nós, clientes ou utentes, ficamos sem qualquer hipótese de resolução do problema, pois estamos perante uma barreira intransponível.
Do lado do fornecedor, a preocupação parece ser apenas a da diminuição dos custos. A qualidade perceptível do serviço prestado não interessa minimamente e o cliente/utente que aguente.
Em resumo, parece-me que estamos perante um caso em que a sub-contratação não resulta, pelo menos para o cliente/utente.
No caso da Saúde 24, com o desemprego existente (ou pelo menos que nos fazem crer que existe) entre os enfermeiros, seria assim tão difícil colocar rapidamente em funcionamento um serviço específico para a Gripe A que desse respostas a quem o contactasse?
Provavelmente não, não me parece é que haja vontade para o fazer.

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