Poucas coisas me têm estimulado a escrita nos últimos dias. Ontem, em final de noite e de hopeless zapping, parei num biopic do Rat pack. Peça interessante, com Ray Liotta e Don Cheadle a destacarem-se nos papeis de Sinatra e Davis Jr..
A história de Sinatra e do Rat Pack é uma das mais estimulantes do século XX, um grupo de homens com génio e poder que decidiram viver a vida a 200% sempre, ou quase sempre, á margem, em desafio claro das regras e preconceitos.
Mas, não é de Sinatra que hoje quero falar. Foi a figura de May Britt que me inspirou nesta história; a mulher que se apaixonou por Sammy Davis Jr..
Britt, sueca, loira e belíssima, viera para Holywood com um contrato com a 20th Century Fox, contracenara com Brando e Falk e a tudo renunciou por renunciar ao preconceito racial e casar com Sammy Davis Jr..
O filme mostra-nos Sammy numa cena tocante, a lembrar-nos alguns episódios da nossa vida; perante um pelotão de cretinos ignorantes, a sonhar cantar o I've got you under my skin e a correr os racistas cobardes a tiros de revolver de prata.
Tenho a maior admiração por quem luta contra o preconceito, por quem compreende a verdadeira essência da humanidade. Sammy Davis foi um verdadeiro ground breaker com a ajuda de Sinatra e de Martin, mas a pressão maior esteve sobre May Britt.
É devido a gente desta qualidade que o mundo pode agradecer Obama e um pouco mais de justiça.
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