Das coisas que mais me irritaram em Sarah Palin foi o ar de infalibilidade moral, muito típica dos radicais dos costumes americanos. Prefiro, de longe, o conservadorismo tolerante de McCain.
Contudo, parece que, com o tempo e a saída do Alasca para um mundo maior, Palin tem progressivamente vindo a crescer em humanidade. É bom sinal.
Num discurso perante uma associação pro-life do Indiana, Palin admitiu ter vivido momentos de grande dúvida ao saber, a meio da gravidez, da deficiência do seu último filho. Depois da tempestade interior, tomou a decisão certa.
A rectidão e a justiça nem sempre são decisões obvias do ser humano; o caminho certo é, grande parte das vezes, o mais difícil. A dúvida, a dureza de alguns processos interiores de decisão, a adesão à regra que a moral nos aconselha, são processos naturais dos homens e mulheres normais. O importante é encontrar e ter força para seguir o caminho certo.
Nunca acreditei nos que se apresentam ostensivamente iluminados e sem duvidas, hoje fiquei a gostar um bocadinho mais de Sarah Palin.
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