segunda-feira, 30 de março de 2009

Vida


Não sendo um particular apaixonado pelos nossos vizinhos espanhois, reconhêço-lhes uma extraordinária capacidade de mobilização e de defesa das suas convicções. Não são gente de pantufas, nem de meias tintas.
Ao mesmo tempo que o canal National Geographic passava o fascinante filme sobre a vida do bébé na barriga da mãe, ontem, nas pricipais cidades espanholas, o povo saiu á rua em defesa da vida. Seguramente, mais de um milhão de espanhois trocou as rotinas domingueiras pelo protesto contra o aborto livre que o socialista Zapatero se prepara para legalizar.
Em Madrid, já não se via uma manifestação de tal dimensão desde as grandes manifestações pela paz, a organização fala em mais de meio milhão de pessoas.
Os números da policia controlada pelo governo socialista são infinitamente menores, porém, desmentidos pelas imagens e chegando ao ridículo de, em Granada, onde a policia reportava uma máximo de mil manifestasntes, foram 3.678 os que assinaram no local uma petição pró-vida!
Zapatero foi o primeiro governante ocidental cuja chegada ao poder foi determinada por um acto terrorista, desde então, tem sido um bogalho na enchente: se os ventos sopram favoráveis, fica quieto, não prepara o futuro, toma aqui e ali uma atitude para dar nas vistas sossegando a esquerda e vai cortando as fitas da obra que o PP começou; quando os ventos fustigam, mostra-se a sua incapacidade e incompetência para governar, vai daí, a receita é velha e gasta, chama à arena as causas fracturantes. Tal como o seu bom amigo Sócrates.
A lei que liberaliza o aborto até ás 14 semanas é retrógrada e criminosa, divide a sociedade, mas, pensa Zapatero, segurará a esquerda militante que lhe começa a fugir.
O anúncio do fim da curta era da esquerda em Espanha começou nos últimos actos eleitorais. A incapacidade de governar em crise, vem reforçar esta tendência. O descrédito público em começa a caír o pilar desta área, o inquisidor-mor Garzon, é assustador para a esquerda. Pouco resta a Zapatero e aos socialistas para inverter esta queda, mas não vale tudo, usar como arma política a vida de inocentes dá-nos a certeza absoluta da urgência com que Espanha se tem de livrar desta corja.

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