Não vos falo das pontes de calendário, que são bastantes este ano, mas sim das pontes de Lisboa. Ou melhor, das pontes que dão acesso a Lisboa para todos aqueles que optaram por morar na chamada Margem Sul (como se todos os outros rios não tivessem também uma margem sul) e trabalhar em Lisboa.
Como é do conhecimento geral, para circular naquelas pontes é necessário pagar portagem quando se entra em Lisboa. E essa portagem é tributada à taxa reduzida de IVA, tal como outros bens essenciais como os alimentares, os medicamentos ou os livros.
Acontece que quem circula em todas as outras estradas portajadas em Portugal tem de pagar o IVA a 20% e não a 5%, havendo aqui um claro favorecimento dos habitantes da Grande Lisboa.
Toda esta conversa a propósito de pontes e portagens tem a ver com algo que ouvi num noticiário da rádio esta manhã.
Reúne-se hoje o Conselho de Ministros das Finanças da Comunidade Europeia para discutir algumas propostas de redução das taxas de IVA na contrução e na restauração. E o nosso Governo ameaça vetar estas propostas se os outros países insistirem na tributação das portagens das pontes do Tejo à taxa normal de IVA.
Ou seja, temos um Governo que se preocupa em defender uma minoria de cidadãos, não se preocupando com aquilo que as medidas em discussão podem trazer de positivo à economia nacional e que aproveita esta situação para chantangear os nossos parceiros europeus.
segunda-feira, 9 de março de 2009
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