Não tive oportunidade de conhecer o novo código laboral, para já só apreendi alguns dados dispersos. Por isso, não me aventurarei irresponsávelmente em considerações sobre o documento em si.
Contudo, sinto-me impelido a comentar as reacções ao documento.
Nos juristas reina a confusão, entre o optimismo e os que asseguram o caos e o entupimento dos tribunais por lacunas e falhas graves de regulamentação.
Na classe trabalhadora, reina a dúvida e a incerteza, mas o medo do desemprego na actual conjuntura tudo abafa.
Da parte dos sindicatos, para mim, nunca há sinais credíveis; infelizmente!
O que realmente mais me preocupou foi a reacção do patronato. A entrevista de Francisco Van Zeller no Jornal das Nove da Sic Notícias foi, no minimo, exótica. O entusiasmo mal disfarçado, a concordância quase total e o optimismo quanto à aplicação futura do documento, deixaram-me intrigado.
Quando um jornal económico de referência faz capa com o contentamento do patronato com o novo código, volto a ficar intrigado.
O PS sempre foi hábil em governar para os mais ricos, invocando os pobres. Sócrates, com infinita demagogia, anunciou a possibilidade de uma lei Robin Hood num futuro incerto, uma coisa a dar ares de "os ricos que paguem a crise"; até lá, os pobres suportarão a factura...
Sem comentários:
Enviar um comentário