sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Vestido para matar


Por falta de tempo, não pude escrever antes sobre a prestação de Miguel Cadilhe ontem na Comissão de Inquérito do caso BPN. Pensei que ao escrever hoje, já o faria sobre Cadilhe e sobre a demissão de Victor Constâncio. Apesar do apego despudorado de Constâncio ao cargo, pensei que agora é que era, tal a gravidade indesculpável dos factos.
Se a visível irritação de Cadilhe deixa margens interpretativas no plano político, dando alguma possibilidade de argumentação a Teixeira dos Santos; no plano do cumprimento dos deveres do Banco de Portugal e do seu governador, a coisa foi gravíssima, letal.
Da parte de Constâncio, o dia de hoje só poderia trazer duas coisas: um desmentido formal, bem estruturado e inquestionável, ou, obviamente, a demissão e um pedido de desculpas aos portugueses. Não fez uma coisa, nem outra. Não desmentiu porque não pode, não se demite porque perdeu a vergonha minima. Quando anda o país a negociar ratings, quando a credibilidade é imprescindível, o Banco de Portugal é o albergue do pior que se vê na vida pública portuguesa.

Basta! Se não sai pelo próprio pé, empurrem-no!

1 comentário:

Anónimo disse...

palavras que são punhais....