O escritor e censor do prec, José Saramago, saiu-se com mais uma extraordinária ideia. Desafiou Hillary Rodham Clinton a deixar cair o nome Clinton, como forma de se afirmar com plena individualidade na vida política. Mais, desafiou todas as mulheres casadas a deixarem cair os nomes dos maridos. Só não o decretou porque o prec já lá vai...
Compreendo que, vivendo num naco de terra espanhol perdido no meio do mar em frente ao grande deserto africano, Saramago tenha de vociferar para ser lembrado. Berrar o disparate tem sido uma técnica suficiente e lá vai relembrando o velho censor.
O caso escolhido é, no mínimo, infeliz. Os Clinton são assumidamente uma marca; se alguem aspirasse à emancipação seria Bill. Sou insuspeito para falar de Hillary, de quem não gosto, mas o seu carisma, a sua personalidade e protagonismo remeteram Bill para a história. Clinton hoje é Hillary. Saramago não percebeu.
Este claro complexo de Saramago poderá ter a ver com dois factores bem claros. Primeiro a sublimação da frustração pela sua Pilar... DEL RIO. Depois, por mais uma bajulação saloia à tradição castelhana, onde o nome matriarcal prevalece sobre o do homem.
A escolha e adopção de nomes, é hoje um acto de vontade e liberdade; Saramago, ao fim de tantos anos, continua a não conseguir compreender este tipo de atitudes.
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