Não sei se o primeiro ministro José Sócrates andou envolvido em suborno e corrupção no caso Freeport, mas estou ciente de cinco factos indesmentidos:
1) O processo de aprovação do estudo de impacto ambiental do Freeport foi o mais rápido de entre todos os processos da Agência Portuguesa do Ambiente;
1) O processo de aprovação do estudo de impacto ambiental do Freeport foi o mais rápido de entre todos os processos da Agência Portuguesa do Ambiente;
2) A essa velocidade supersónica, esse estudo de impacto ambiental foi aprovado 3 dias antes das eleições que retirariam o PS do Governo;
3) João Cravinho, que pertence ao PS, quer saber o que terá levado um governo de gestão a tomar essa decisão de aprovação;
4) Foram formalizadas no mesmo dia de Março de 2002 a decisão de licenciamento do Freeport e a decisão de alteração da zona de protecção especial do estuário do Tejo, e esta última, despachada pelo então secretário de Estado Pedro Silva Pereira, já tinha por objectivo expresso “uma intervenção urbanística requalificadora da área”- ou seja, o Freeport.
5) As autoridades britânicas enviaram uma carta rogatória às autoridades portuguesas onde afirmam que o Eng. Sócrates é suspeito de ter "facilitado, pedido ou recebido" o pagamento de subornos.
Com a declaração de ontem, Sócrates explicou as dúvidas que estes factos geram para si próprio? Não me parece.
Sabendo-se que a crise económico-financeira é grave, e que o País precisa de um Primeiro Ministro com liderança forte, este estado de coisas é inquietante. Porque o primeiro-ministro devia estar concentrado nas soluções para a crise e não a defender-se de acusações.
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