quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Desígnio Nacional

Não é uma ideia nova, nem minha. Contudo, se antes era uma opção entre várias, hoje afigura-se-me como um imperativo moral, um desígnio nacional.
O Eng. Sócrates, para mim, não é um bom primeiro-ministro, muito longe disso. Tal não faz dele uma pessoa menos séria, ou menos respeitável quanto à sua honorabilidade. Contudo, a teia confusa para onde o seu nome é arrastado, com toda a injustiça que possa estar implicita, fere gravemente a sua imagem política.
Não estamos a falar de um ministro, de um ex-ministro, muito menos de um periodo normal da governação. Trata-se do primeiro-ministro encarregado de governar, com medidas dificeis, num tempo de excepcionais dificuldades. Podemos discordar de opções políticas, mas estamos todos de acordo que quem lidera o governo da nação tem de ser forte, inquestionável no caracter e ter a estabilidade suficiente para se concentrar nos grandes objectivos; Sócrates não reune estas condições.
Sendo público e notório que o país não se revê, nem confia, na Dra. Ferreira Leite;
Que a tradição eleitoral não permite a expectativa realista de uma transferência massiva de votos para um dos partidos de menor dimensão;
É urgente que o espaço político não socialista faça um esforço sério para oferecer aos portugueses uma alternativa credível para o governo da nação.
Tal esforço passaria pela elaboração de um programa de governo conjunto das forças democráticas à direita do PS. Um programa sério, rigoroso, abrangente, que possa apelar à maioria dos portugueses.
Depois, com abnegação, com a coragem de afrontar barões e aparelhos, encontrar o mais capaz entre os melhores e apresentar ao país um candidato comum a primeiro-ministro. Um candidato apoiado pelos líderes partidários, que se comprometa com o país, garanta o cumprimento do programa comum de governo e, de preferência, dê a conhecer o essêncial da sua equipa.
Dir-me-ão que nunca tal foi feito; pois não. Também é a primeira vez que vivemos um momento de tão profunda gravidade, chega como motivo.
É um desígnio nacional. Os portugueses saberiam corresponder.

1 comentário:

Anónimo disse...

100% de acordo! Haja coragem!