terça-feira, 25 de novembro de 2008

Ser e Parecer

Perante rumores e perguntas de jornalistas, Cavaco Silva sentiu-se na necessidade de publicar um esclarecimento demonstrando que nada tem ou teve a ver com a gestão daquele Banco. Mas, subsiste o incómodo desconforto que reina em Belém sobre Dias Loureiro. Depois da sua desastrada entrevista e do desmentido público de que foi alvo pelo então vice-presidente do Banco de Portugal António Marta, Dias Loureiro é olhado como um parceiro de negócios de Oliveira e Costa. Partners in crime? A sombra e dúvida ficam e mancham irremediavelmente a reputação do Conselheiro de Estado.
Quando o Presidente da República remete para a leitura das normas que regem a destituição dos seus membros - renúncia, morte, incapacidade permanente ou deliberação do órgão - Dias Loureiro deveria concluir o óbvio: a decisão pertence-lhe, e ele bem sabe que a sua presença no Conselho de Estado continuará a ser perturbadora para Cavaco Silva e para ele próprio.

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