terça-feira, 25 de novembro de 2008

Ser e parecer III


A crise do BPN ameaça provocar um rombo sério na credibilidade de políticos e instituições. O maior problema é ninguém mostrar o minimo respeito pelo povo. António Vitorino fez ontem o supremo malabarismo; ao comentar o diferendo entre Loureiro e Marta, adiantou uma extraordinária teoria: ambos dizem a verdade! Loureiro, na tal conversa, disse o que queria dizer a Marta; por sua vez, na mesma conversa, Marta ouviu o que queria ouvir e não o que Loureiro lher queria dizer! Assim, Loureiro disse o que disse e Marta ouviu o que ouviu. Confuso? Nada disso, desencontro de comunicação normalíssimo. Duas pessoas, não surdas, conversam durante um determinado periodo de tempo, na mesma lingua, sobre um caso concreto, e, no final da conversa, uma pensa que estiveram a falar de alhos e a outra de bogalhos.
O que é que havemos de pensar de Vitorino? Que é fantástico por dizer estas coisas sem se rir? Que o primeiro de Abril é sempre que Vitorino quiser? Que acha que somos todos parvos?
Fica a nú mais uma vantagem desta moda dos comentadores alinhados. Valem bem o que lhes pagamos.

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