ou confissões de uma ex-governante socialista:
«A elaboração do Orçamento de Estado (OE) para 2009 está em curso.
(....) poderíamos afirmar que o Governo manteria no próximo ano a sua grande prioridade: a descida continuada do défice público (o que não significa necessariamente consolidação, como já foi demonstrado no inicio da presente década). O quadro macroeconómico internacional, o fraco crescimento da economia portuguesa e o aumento continuado do desemprego não impediram esta opção até ao momento.
«A elaboração do Orçamento de Estado (OE) para 2009 está em curso.
(....) poderíamos afirmar que o Governo manteria no próximo ano a sua grande prioridade: a descida continuada do défice público (o que não significa necessariamente consolidação, como já foi demonstrado no inicio da presente década). O quadro macroeconómico internacional, o fraco crescimento da economia portuguesa e o aumento continuado do desemprego não impediram esta opção até ao momento.
Porém, existe uma variável não económica que pode influenciar as opções do Governo no próximo OE: as eleições legislativas, claro. Estamos, com efeito, na fase do ciclo político-económico que tem justificado, em quase todos os países cem quase todas as épocas, uma tomada de decisão orientada para a captação do eleitorado decisivo. Aspecto importante neste momento em Portugal face à possibilidade de não renovação de uma maioria absoluta.
As expectativas sobre o OE são, este ano, reforçadas. Será que o Governo resistirá ao efeito-eleições e prosseguirá a sua opção política, de redução do défice público? Ou será que alivia o esforço de contenção com o argumento da macroeconomia? Bom, também existe urna terceira hipótese: manter a opção, mas anunciar muitas medidas, sem inscrição orçamental, e que poderão nunca vir a ser concretizadas. Não é bonito, mas não seria a primeira vez.»
Jornal de Negócios, 08.09.2008, pág. 34
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