quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Choro

Em finais de Novembro fará um ano, voltará a ser quase inverno cá e quase verão lá. Era sábado e a meio da tarde trocamos o efervescente posto 9 de Ipanema pelo relvado do Centro de Cultura da Fundação António Carlos Jobim, mesmo coladinho às jacas frondosas do jardim botânico. Na relva, cariocas de fino gosto e penetras de ocasião como nós, encontram os seus lugares entre o deitado e poses mais ayurvédicas. O palco é simples, a expectativa enorme. Cinco e meia em ponto, chega o Trio Madeira Brasil, expoente máximo do choro.
Foi uma hora e um quarto de puro deleite. Percorrendo um portfólio que vai das composições próprias aos clássicos de Villa-Lobos, o Trio reabilita de forma deliciosa esta outra música menos internacional do Rio. A proximidade, o sentimento e o humor, o virtuosismo técnico, são ingredientes para uma experiência única e para o conhecimento urgente deste Trio Madeira Brasil. A não perder em disco ou, de preferência num botequim carioca com uma cachaça geladinha. Que tal no Bip-bip do Seu Alfredo?

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