Todas as crises económicas e financeiras servem para por em causa o único modelo económico que permitiu desenvolver o crescimento e desenvolvimento das civilizações, sem comprometer a democracia (promovendo o mérito e a igualdade). O único que inclusivamente permitiu a possibilidade de atingir melhor nível de vida, e alargar a riqueza a todos, sem prejudicar o próximo (chama-se a isto um óptimo de Pareto).
Mas quando o sistema inevitavelmente se retrai e se auto-redimensiona, surgem imediatamente as vozes da desgraça e crítica fácil, como se fosse possível retornar ao Estado toda a economia e decisões dos agentes económicos e como se - fosse isso possível - a alternativa fosse melhor. A alternativa não é nem nunca foi melhor. O Estado é ineficiente a tomar decisões.
Contudo, não vou perder-me a responder a demagogias socalistas. Vou apenas relembrar a posição do Estado neste modelo nao totalmente liberal, porque intervem (ainda e muito) e portanto interfere. O Estado é parceiro activo dos ganhos de eficiencia da economia e dos agentes, mas nao participa nos prejuizos. Ou seja, cobra impostos (e muitos) quando as empresas estão a ter sucesso e lucros, mas nada perde quando estas falham.
Estranha esta filosofia que nao reclama quando os agentes contribuem activamente para o bem estar da sociedade como um todo (pagam impostos, muitos impostos, e empregam cidadãos, que - espante-se! - também pagam impostos), mas que quando há uma crise, se refugia na ideia que o Estado afinal não devia ter deixado que os agentes tivessem cometido a "loucura" de procurar o lucro.
Ora, se o Estado se preocupasse mais em regular bem (por outras palavras, fazer muito menos, mais muito melhor) em vez de continuar a interferir e criar ineficiencias ridiculas; e se os socialistas tivessem vergonha de assobiar para o lado quando o capitalismo gera prejuizos, e no entanto assumir as suas vantagens em seu proprio beneficio, estariamos bem melhor...
terça-feira, 16 de setembro de 2008
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